Honda BR Manual de Serviços [pt]

COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

COMO UTILIZAR ESTE MANUAL

Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

SÍMBOLOS

Os símbolos utilizados neste manual mostram os procedimentos de serviços específicos. Se necessitar de uma informação suplementar pertencente a estes símbolos, será explicada especificamente no texto sem utilizar os símbolos.
Substitua a(s) peça(s) por uma nova antes de montar.
Use a ferramenta especial.
Use a ferramenta comum.
Especificação de torque: 10 N.m (1,0 kg.m)
10 (1,0)
Use o óleo do motor recomendado.
Use a solução de óleo com molibdênio (mistura de óleo do motor e graxa à base de molibdênio com a relação de 1:1).
Use a graxa multi-purpose (graxa multi-purpose à base de lítio NLGI # 2 ou equivalente).
Use a graxa à base de bissulfeto de molibdênio (contendo mais de 3% de bissulfeto de molibdênio, NLGI # 2 ou equivalente).
Use a pasta à base de bissulfeto de molibdênio (contendo mais de 40% de bissulfeto de molibdênio, NLGI # 2 ou equivalente).
Use graxa à base de silicone.
Aplique trava química. Use trava química de intensidade média, exceto quando um outro esteja espe­cificado.
Aplique junta líquida.
Use o fluido para freio DOT 4. Use o fluido do freio recomendado.
Use o fluido de suspensão.
FERRAMENTA
ESPECIAL
FERRAMENTA
ÓLEO
Óleo Mo
GRAXA
M
M
PM
S
TRAVA
FREIO
ATF
NOVO
JUNTA

1. INFORMAÇÕES GERAIS

NORMAS DE SEGURANÇA 1-1 NORMAS DE SERVIÇO 1-3
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO 1-6 SUBSTITUIÇÃO DE ROLAMENTOS
DE ESFERAS 1-14

NORMAS DE SEGURANÇA

MONÓXIDO DE CARBONO
Se houver necessidade de ligar o motor para realizar algum tipo de serviço, certifique-se de que o local é bem ventila­do. Nunca acione o motor em áreas fechadas.
c
Ligue o motor em uma área aberta ou utilize um sistema de exaustor em áreas fechadas.
Gasolina
Trabalhe em uma área ventilada. Não fume no local de tra­balho e mantenha a gasolina afastada de chamas ou faís­cas.
c
Eletrólito e Gás de Hidrogênio da Bateria
c
Líquido de arrefecimento do motor
Sob certas condições, o glicol de etileno no líquido de arre­fecimento do motor torna-se combustível e sua chama é in­visível. Se o glicol de etileno inflamar, você não verá qual­quer chama, mas pode sofrer queimaduras.
c
Evite o contato com a pele, olhos ou roupas. Se houver contato com a pele, lave imediatamente a região atingida com sabão e água. Se houver contato com os olhos, lave-os com bastante água fresca e procure assistência médica imediatamente. Se este for ingerido, a pessoa deve ser forçada a vomitar e em seguida enxaguar a boca e a garganta com água fresca antes de obter assistência médica. Por causa desses perigos, o líquido de arrefecimento do motor deve ser guardado em local seguro, longe do alcan­ce das crianças.
Fluido de freio
a
Pó do sistema de freio
Nunca use um jato de ar ou escova seca para limpar o con­junto do freio. Use um aspirador de pó ou método alternati­vo, projetado para minimizar o risco causado pelo pó de fi­bra de amianto.
Se derramar o fluido de freio nas peças pintadas, plásticas ou de borracha pode danificá-las. Cubra es­sas peças com um pano sempre que efetuar manu­tenção no sistema. MANTENHA-O FORA DO ALCAN­CE DAS CRIANÇAS.
• Evite derramar o líquido de arrefecimento do motor no sistema de escapamento ou nas peças do motor. Eles podem estar suficientemente aquecidos para inflamar o glicol de etileno e causar queimaduras com uma chama invisível.
• O líquido de arrefecimento do motor (glicol de etile­no) pode causar irritação na pele e é venenoso se ingerí-lo. MANTENHA-O FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
• Não remova a tampa do radiador enquanto o motor estiver quente. O líquido de arrefecimento do motor está sob pressão e pode queimá-lo.
• Mantenha as mãos e as roupas distantes do ventila­dor, pois ele inicia o giro automaticamente.
• A bateria produz gases explosivos. Mantenha-a dis­tante de faíscas, chamas e cigarros acesos. Mante­nha ventilado o local onde a bateria estiver receben­do a carga.
• A bateria contém ácido sulfúrico (eletrólito). Conta­to com a pele ou os olhos pode causar graves quei­maduras. Utilize a roupa de proteção e um protetor no rosto. – Se o eletrólito atingir a pele, lave com bastante
água.
– Se o eletrólito atingir os olhos, lave com água por 15
minutos no mínimo e procure assistência médica.
• O eletrólito é venenoso. – Se ingerir o eletrólito, tome grande quantidade de
água ou leite. Procure assistência médica imedia­tamente.
• MANTENHA A BATERIA FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
A gasolina é extremamente inflamável e até explosiva sob certas condições. MANTENHA A GASOLINA FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Os gases do escapamento contêm monóxido de car­bono, um gás venenoso que pode causar a perda de consciência e pode resultar em morte.
1-1
1
INFORMAÇÕES GERAIS
c
Pressão do nitrogênio
Para os amortecedores com reservatório de gás.
c
Para evitar a possibilidade de explosão, alivie a pressão do nitrogênio pressionando o núcleo da válvula. Em seguida remova a haste da válvula do reservatório do amortecedor e retire o óleo. Jogue o óleo de maneira que seja aceitável pela Secretaria de Proteção do Meio Ambiente.
Antes de se desfazer do amortecedor, alivie sempre a pres­são do nitrogênio pressionando o núcleo da válvula.
Componentes quentes
c
Óleo usado do motor de transmissão
c
O óleo usado do motor (ou óleo de transmissão para motores de dois tempos) pode causar câncer na pele se deixar em contato com a pele por períodos prolon­gados. Embora esse perigo só exista quando você manusear óleo usado diariamente, ainda é aconse­lhável lavar as mãos completamente com sabão e água o mais rápido possível após manusear óleo usado. MANTENHA O ÓLEO USADO FORA DO AL­CANCE DAS CRIANÇAS.
O motor e as peças do sistema de escapamento tor­nam-se muito quentes e permanecem quentes por al­gum tempo após desligar o motor. Use luvas de pro­teção ou espere até o motor e o sistema de escapa­mento esfriarem antes de manusear estas peças.
• Use somente nitrogênio para pressurizar o amorte­cedor. O uso de um gás instável pode provocar in­cêndio ou explosão com conseqüências perigosas.
• O amortecedor contém nitrogênio sob alta pressão. Deixar o fogo ou calor próximo ao amortecedor pode provocar uma explosão resultando em aciden­te grave.
• Alivie a pressão do amortecedor antes de se desfa­zer do amortecedor para evitar possível explosão e acidente grave se este for aquecido ou perfurado.
Doenças respiratórias e câncer têm sido atribuídas à inalação de fibras de amianto.
1-2
INFORMAÇÕES GERAIS
NORMAS DE SERVIÇOS
Use somente as ferramentas com medidas em milímetro
(sistema métrico) para efetuar serviços de manutenção e re­paros na motocicleta. Parafusos e porcas com medidas em milímetros (sistema métrico) não são intercambiáveis com parafusos e porcas com medidas em polegadas (sistema inglês). O uso incorreto de ferramentas ou de elementos de fixação pode danificar a motocicleta.
Ferramentas especiais são projetadas para remover ou substituir uma peça ou um conjunto específico sem provo­car danos. O uso de outro procedimento, sem utilizar as fer­ramentas especiais especificadas, pode danificar as peças.
Limpe a parte externa da peça ou do conjunto antes de retirá-los da motocicleta ou antes de abrir a tampa para efe­tuar o serviço. A sujeira acumulada na parte externa pode cair dentro do motor, na parte interna do chassi ou do siste­ma de freios, causando danos posteriormente.
Limpe as peças após a desmontagem, mas antes de medi-las para verificar o desgaste. As peças devem ser la­vadas em solvente não inflamável e secadas com ar com­primido. Tenha cuidado com as peças que contêm anéis de vedação ou retentores de óleo, já que essas peças são afe­tadas negativamente pela maioria dos solventes.
Cabos de controle não devem ser dobrados ou torcidos. Isto poderá dificultar o movimento e causar danos prematu­ros dos mesmos.
As peças de borracha podem deteriorar com o tempo e têm enorme facilidade em ser danificadas por solventes e óleo. Verifique essas peças antes de remontá-las e substi­tua-as se for necessário.
Para remover uma peça fixada com parafusos e porcas de diversos tamanhos, deve-se começar a desapertar de
fora para dentro em seqüência cruzada, soltando primeiro os parafusos e as porcas de menor diâmetro. Se desapertar primeiro os parafusos e as porcas de diâmetros maiores, a força exercida sobre os menores será excessiva.
Os conjuntos complexos, como as peças de transmissão, devem ser guardados na ordem correta de montagem e amarrados firmemente com arame. Isto irá facilitar o traba­lho posterior de montagem.
A posição de montagem das peças essenciais deve ser anotada antes de desmontá-las. Isto permitirá que as di­mensões (espessura, distância ou posição) sejam correta­mente duplicadas no momento da montagem.
As peças não reutilizáveis devem ser substituídas sempre que forem desmontadas. Essas peças são as juntas, arrue­las de vedação, anéis de vedação, retentores de óleo, anéis elásticos e cupilhas.
a
O líquido de arrefecimento do motor e o fluido do freio poderão danificar as superfícies pintadas das peças. Esses fluidos também podem danificar a integridade estrutural das peças plásticas ou de borracha.
1-3
INCORRETOINCORRETO INCORRETO
INFORMAÇÕES GERAIS
Os rolamentos de esferas são removidos utilizando as ferramentas que aplicam forças em uma ou ambas (interna ou externa) pistas de esferas. Se aplicar a força somente em uma pista (interna ou externa), o rolamento será danifi­cado durante a remoção e deverá ser substituído. Se apli­car a força em ambas as pistas de maneira igual, o rola­mento não será danificado durante a remoção.
Em ambos os exemplos danifica o rolamento
A limpeza do rolamento de esferas deve ser feita em sol­vente não inflamável e em seguida secá-lo com ar compri­mido. Aplique o ar comprimido segurando as duas pistas de esferas para evitar que ele gire. Se permitir o giro do ro­lamento, a alta velocidade gerada pelo jato de ar pode ex­ceder o limite de velocidade do rolamento, causando assim dano permanente.
Os rolamentos de esferas são testados (após a limpeza) girando lentamente a pista interna enquanto segura a pista externa. Se sentir alguma folga radial ou aspereza, este ro­lamento deve ser substituído. O rolamento não deve ter fol­ga axial e se houver, o rolamento deve ser substituído.
Os rolamentos são instalados sempre com o nome do fa­bricante ou código de medida voltado para fora (isto signi-
fica que o nome ou código da medida deve ser visível pelo lado em que o rolamento está sendo instalado).
Esta recomendação é válida para os rolamentos abertos, selados simples e selados duplos. Aplique a graxa apro­priada para os rolamentos abertos e selados simples antes da remontagem.
Anéis elásticos são instalados sempre com as bordas chanfradas (laminadas) voltadas para a peça que está limi­tando. Dessa forma, a pressão sobre o anel elástico será exercida na área onde a borda do anel está paralela à pare­de da canaleta. Se instalar incorretamente, o anel elástico exercerá pressão sobre as bordas chanfradas ou laminadas que podem comprimir o anel elástico e com a possibilidade de desalojá-lo da canaleta. Nunca reutilize o anel elástico, já que sua função normal é controlar a folga da extremidade e desgaste com uso nor­mal. O desgaste é crítico especialmente nos anéis elásticos que retêm as peças que giram como as engrenagens. Após a instalação do anel elástico, sempre gire-o em sua canaleta para certificar-se de que ele está assentado corretamente.
Aplique graxa ou óleo nas peças deslizantes ou giratórias com o lubrificante recomendado antes de remontar.
As peças ou fluidos para reposição devem ser genuínas HONDA ou recomendadas pela HONDA. O uso de peças não originais HONDA ou fluido não recomendado pode di­minuir o rendimento e a durabilidade.
Após a remontagem do conjunto deve ser testado seu funcionamento e suas fixações, sempre que possível antes de instalar na motocicleta.
1-4
SELADO SIMPLES
ABERTO
SELADO DUPLO
NOME DO FABRICANTE Nº DO ROLAMENTO
BORDAS CHANFRADAS
INFORMAÇÕES GERAIS
O comprimento dos parafusos pode variar para monta­gem de tampas ou carcaças. Esses parafusos com diferen­tes comprimentos devem ser instalados nas posições corre­tas. Se você tiver dúvidas, coloque os parafusos nos orifí­cios e compare o comprimento das partes dos parafusos que estão fora do orifício. Todos os parafusos devem ter comprimento exposto igual.
O aperto dos parafusos e porcas de diferentes medidas
deve ser feito como segue: Aperte todos os parafusos e as porcas com a mão e em se­guida aperte os parafusos e as porcas com as medidas maiores antes dos menores. Aperte-os em seqüência cruza­da de dentro para fora em duas ou três etapas, a menos que seja determinada uma seqüência particular. Não utilize óleo nas roscas dos parafusos e as porcas.
Os retentores de óleo são sempre instalados aplicando a graxa nas cavidades do retentor e o nome do fabricante voltado para fora (lado seco). Durante a montagem, certifi­que-se de que as bordas do retentor não estejam dobradas para fora e que não haja nenhuma rebarba na superfície onde será instalado o retentor para não danificá-lo.
Os restos do material da junta e vedadores devem ser re­movidos antes da remontagem. Se a superfície de assenta­mento da junta estiver ligeiramente danificada, corrija esta área danificada com pedra de afiar (lubrificada com óleo).
As mangueiras (de combustível, vácuo ou líquido de arre­fecimento) devem ser instaladas de modo que a extremida­de da mangueira alcance a parte inferior da junção. A presi­lha deverá ser instalada abaixo da extremidade com diâme­tro maior da junção.
As capas de borracha e de plástico devem ser recoloca­das exatamente nas posições designadas.
1-5
GRAXA
EXTREMIDADE DA MANGUEIRA
PRESILHA
JUNÇÃO
CAPAS
NOME DO FABRICANTE
INFORMAÇÕES GERAIS

ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

Uma motocicleta é composta de várias peças conectadas uma na outra. Diferentes tipos e tamanhos de elementos de fixação são utilizados para conectar essas peças. Ao contrá­rio dos métodos de fixação permanente como a solda, rebite ou cola, os elementos de fixação rosqueados são indispen­sáveis como meio de fixação não permanente, pois eles per­mitem a remoção das peças sempre que for necessário.
Calculando de maneira aproximada, o diâmetro da rosca é o diâmetro externo da rosca macho ou diâmetro interno da parte mais baixa da canaleta da rosca fêmea. O passo é a distância entre as roscas em que se move um parafuso macho ou fêmea em uma volta.
TIPOS DE ROSCAS
As roscas métricas especificadas pela Organização de Nor­mas Internacionais (ISO) são utilizadas nas motocicletas HONDA.
As roscas ISO mais comuns encontradas nos produtos HONDA têm as seguintes medidas de roscas e passos.
As peças que não possuem roscas métricas normalizadas (ISO) estão listadas abaixo.
* As medidas dadas na tabela acima representam os tama­nhos dos parafusos. Um exemplo é apresentado para cada tipo de parafuso e roscas.
AS MEDIDAS DAS ROSCAS
As medidas das roscas são representadas pelo diâmetro da rosca macho. A distância entre os flancos da cabeça sextavada representa a medida da ferramenta aplicável. Nas motocicletas HONDA, a medida do parafuso e a porca é representada pelo diâmetro da rosca.
Diâmetro (mm) Passo (mm) Diâmetro (mm) Passo (mm)
3 0,5 12 1,25 4 0,7 14 1,5 5 0,8 16 1,5 6 1,0 18 1,5 8 1,25 20 1,5
10 1,25
1-6
Estas roscas não são INTERCAMBIÁVEIS com as roscas métricas convencionais (ISO)
Descrição *Símbolos (exemplos típicos) Exemplos da aplicação
Roscas paralelas para tubos PF 1/8 Interruptor da pressão de óleo Roscas de perfil cônico para tubos PT 1/8 Unidades termostáticas
Tipo de roscas usadas na bicicleta BC 3.2 Raios e niples Haste da válvula TV 8 Haste da válvula do pneu
dos pneus de automóvel
FÊMEA
PASSO
DIÂMETRO
60°
MACHO
DISTÂNCIA ENTRE OS FLANCOS
MEDIDA DA FERRAMENTA
DIÂMETRO DA ROSCA MACHO (MEDIDA DA ROSCA)
INFORMAÇÕES GERAIS
A DISTÂNCIA ENTRE OS FLANCOS
A distância entre os flancos é a porção onde as ferramentas, como uma chave, são aplicadas. O tamanho da ferramenta aplicável é determinado por esta medida. A denominação de uma chave fixa de 10 mm, por exemplo, representa uma chave para ser utilizada em um parafuso com a cabeça sex­tavada com a distância entre os flancos de 10 mm.
A tabela ao lado apresenta as medidas da distância entre os flancos e das roscas mais usadas nas motocicletas HONDA.
Outras medidas da distância entre os flancos mais comuns são 22, 24, 27, 30, 32 mm, etc. As velas de ignição têm dis­tância diferenciada entre os flancos. Elas devem ser removi­das com as chaves especiais para vela de ignição (16, 18 e 20,6 mm).
MARCAS DE RESISTÊNCIA DOS PARAFUSOS COM CABEÇA SEXTAVADA
As marcas de resistência, que indicam o tipo de material, são visíveis na cabeça de alguns parafusos sextavados. Os parafusos são classificados como parafusos normais e pa­rafusos de alta tensão de acordo com os tipos de materiais utilizados. Durante a montagem, tenha cuidado para não instalar os parafusos de alta tensão no local inadequado. Note-se que os parafusos normais são apertados de acordo com o torque padrão, a menos que outro valor seja especifi­cado, enquanto que os parafusos de alta tensão sempre têm seu próprio valor de torque. Os parafusos SH 6 mm sem a marca de resistência (parafusos com flange de cabe­ça pequena com a distância entre flancos de 8 mm e o diâ­metro das roscas de 6 mm) são todos considerados parafu­sos comuns.
Os parafusos do tipo DR (cabeça abaulada), sem as mar­cas de resistência (parafusos flange, com a cabeça sexta­vada e com o orifício de redução de peso) são classifica­dos pelo diâmetro externo do flange. Tenha cuidado quan­to ao local de instalação e o torque dos parafusos de alta tensão, pois eles têm as mesmas distâncias entre os flan­cos como os parafusos normais, mas os diâmetros dos flanges maiores.
Marca Sem marca ou 10 12
Classificação Resistência 5,8 8,8 10,9 12,9
Tensão 50-70 80-100 100-120 120-140
kg /mm2kg /mm2kg /mm2kg /mm
2
Classificação Parafusos normais Alta tensão
Parte sextavada
Distância (Diâmetro da rosca)
entre flancos x (passo)
8 5 x 0.8
8 6 x 1.0 10 6 x 1.0 12 8 x 1.25 14 10 x 1.25 17 12 x 1.25 19 14 x 1.5
5 6 x 1.0
6 8 x 1.25
8 10 x 1.25 12 12 x 1.25
1-7
MARCA DE RESISTÊNCIA
CABEÇA ABAULADA
PARAFUSO TIPO DR
PARAFUSO TIPO DR
PARAFUSO DE ALTA TENSÃO
1-8
Os parafusos UBS pertencem à categoria dos parafusos de alta tensão. Eles podem ser reconhecidos pela estria sob a cabeça. Os parafusos UBS podem ter ou não as marcas de resistência. Além disso, esses parafusos são estruturados de tal maneira que não afrouxam facilmente, devido à ligeira inclinação de 5 a 60’ na base do flange.
VALORES DE TORQUE (Força de Aperto)
Quando duas ou mais peças são conectadas por um parafuso, suas conexões não devem ser afetadas por forças externas e não pode haver folgas entre as peças que são apertadas uma contra a outra. A prioridade para os parafusos e as porcas é a força de aperto. Quando a força de aperto for suficiente para que as peças fixadas realizem suas funções pretendidas, isto é chamado de “força de aperto apropriada”.
A força de aperto de um parafuso é igual à resistência de tração axial do parafuso. Portanto, a força de aperto do parafuso é cha­mada também de força axial do parafuso.
A redução de força de aperto (força de aperto inicial) com o passar do tempo, causada pelas forças externas ou vibrações durante o uso é chamada de “afrouxamento de parafusos”. Mes­mo quando a força de aperto inicial do parafuso estiver correta, com o uso pode afrouxá-lo e ocasionar danos às peças. Como medida preventiva contra o afrouxamento do parafuso, o reaper­to deve ser executado após algum tempo. O aperto periódico dos raios das rodas é um exemplo dessa operação.
As forças de aperto corretas são determinadas de acordo com a resistência do parafuso, a resistência das peças fixadas e a in­tensidade das forças externas. O aperto deve ser executado exatamente de acordo com sua especificação, principalmente nos pontos importantes. Se apertar o parafuso de fixação da capa da biela com uma força maior do que o valor correto, por exemplo, irá deformar a peça fixada (capa da biela) tornando o filme de óleo menor do que o especificado, o que pode causar o engripamento no rolamento. Uma força de aperto insuficiente, porém, pode afrouxar as porcas ou a capa da biela e pode sol­tar-se durante o funcionamento do motor, causando sérios da­nos ao motor.
INFORMAÇÕES GERAIS
PARAFUSO UBS
F: FORÇA DE APERTO f : FORÇA AXIAL
DO PARAFUSO F = f
ESTRIA
FILME DE ÓLEO
BRONZINA
CAPA DA BIELA
ÁRVORE DE MANIVELAS
FILME DE ÓLEO REDUZIDA
5
60’
INFORMAÇÕES GERAIS
1-9
Como foi mencionado rapidamente na página anterior, o ponto mais importante nos elementos de fixação é a força de aperto. O problema é que é difícil mensurar essa força de aperto (tensão axial). Portanto, o uso de um torque de aperto predeterminado é o mé­todo mais comum de controlar a tensão dos elementos de fixa­ção.
Deve-se observar também que, nesse método de controle ao usar os valores de torque, a tensão axial é proporcional ao tor­que sob certas condições. Em outras condições, esta tensão axial varia mesmo quando os parafusos são apertados com o mesmo valor de torque.
A tabela ao lado mostra alguns exemplos de coeficiente de atrito quando há aderência de óleo na parte rosqueada do parafuso. Sob as mesmas condições, no que se refere ao material e tor­que de aperto, o “µ” sofre grandes variações. O torque de aper­to aplicado às roscas secas, de 88 a 92% é consumido pelo atri­to do flange e da superfície rosqueada e somente de 8 a 12% é transformado efetivamente em tensão axial. Essa porcentagem de transformação em tensão axial aumenta à medida que o atri­to diminui. Isso quer dizer que quanto menor for o atrito maior será a tensão axial, portanto a tensão axial pode variar mesmo que aplique um valor de torque igual. Além disso, no estado seco (sem lubrificação) o intervalo de variação do “µ” é maior, e este intervalo tende a crescer conforme os procedimentos de aperto e desaperto forem repetidos.
É importante aplicar óleo às roscas do parafuso quando houver instrução para fazê-lo no Manual de Serviços Específico. A lubri­ficação nas roscas desse parafuso assegura a estabilidade da tensão axial. Nenhum outro parafuso deve ser lubrificado sem a indicação no manual de serviço do modelo específico.
Lubrificação nas roscas ou na parte inferior do flange reduz o atrito e o efeito contra o afrouxamento. Entretanto, aumenta a tensão axial do parafuso e obtém uma resistência de aperto suficiente, diminuindo assim a probabilidade de o parafuso afrouxar.
2
ABC
A
B
C
1
TORQUE DE APERTO
SECO
(µ = 0,35–0,54)
QUEROSENE
(µ = 0,22–0,34)
ÓLEO
(µ = 0,09–0,14)
ÓLEO
TENSÃO AXIAL
TORQUE DE APERTO
TENSÃO AXIAL
1-10
Os valores de torque são determinados de acordo com o tama­nho e a resistência do parafuso e a resistência das peças que serão fixadas juntas. Em nossos manuais de serviço anteriores, os valores de torque são especificados dentro de uma certa fai­xa. Devido à ligeira variação na precisão do torquímetro e no coeficiente de atrito, deve-se considerar o valor correto, a média dos valores de torque mínimo e máximo. Nos manuais de servi­ço específicos do modelo será apresentado somente o valor mé­dio do torque especificado. Nas unidades de torque e aperto são utilizados kg.m e N.m. Exemplo: Um torque de 1 kg.m se refere ao momento de força obtido quando uma chave de 1 metro de comprimento recebe uma carga de 1 quilograma-força. Para obter o mesmo momento de força, quanto menor for o comprimento efetivo da chave ne­cessitará de maior carga. 1 kg.m = 10 N.m 1 kg.m = 7 ft.lb
AFROUXAMENTO DOS ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
Na maioria dos casos, o afrouxamento do parafuso é causado pelas forças externas repetitivas ou atuando contra o parafuso (vibração), reduzindo a tensão axial do parafuso.
Em certas áreas de uma motocicleta estão sujeitas as repetidas e severas forças externas. Parafusos especiais, com alta por­centagem de capacidade de deformação elástica, são usados para estas áreas.
Instalação de parafusos comuns nestas áreas com requisitos es­peciais pode provocar o afrouxamento ou ruptura nos parafusos. Portanto, é importante identificar esses parafusos especiais e suas posições de instalação onde esses são indicados.
Limpe completamente os parafusos se houver qualquer sujeira em qualquer parte do parafuso.
Instalação de parafusos com sujeira ou outros objetos nas ros­cas do parafuso ou da porca resultará em tensão axial incorreta, mesmo empregando o torque de aperto correto.
Ao desprender a sujeira ou outros objetos devido a vibração e atuação mútua das peças fixadas, o parafuso irá se afrouxar ra­pidamente.
Há várias maneiras de evitar o afrouxamento dos parafusos. Al­guns exemplos mais representativos são apresentados na pági­na seguinte, com as instruções necessárias para o uso adequa­do desses métodos.
INFORMAÇÕES GERAIS
1 m (100 cm)
1 kg
5 kg
FADIGA
PARAFUSOS ESPECIAIS
OBJETOS ESTRANHOS
FOLGA
= 1 kg-m
(100 kg-cm)
= 1 kg-m
(100 kg-cm)
0,2 m (20 cm)
INFORMAÇÕES GERAIS
Tipos de Elementos de Fixação Aplicação Precaução
1. ARRUELA DE PRESSÃO (Tipo fendido convencional)
Quando a arruela é comprimida sob pressão pela superfície da porca, a elasticidade da mola e as bordas da extremidade do anel impedem o afrouxamento.
2. PORCA AUTO-TRAVANTE
Esta é uma porca com uma placa de mola na parte superior. Esta placa de mola pressiona as roscas, dificultando o afrouxamento da porca. Este tipo de porca pode ser reutilizado após a remoção.
3. DUAS PORCAS
A contraporca, aplicada à porca de ajuste pelo lado de fora, exerce pressão contra a porca de ajuste, impedindo assim o afrouxamento.
4. ARRUELA CÔNICA DE PRESSÃO
A superfície da porca exerce a pressão sobre a arruela cônica e a reação da mola pressiona a porca para impedir o afrouxamento.
1-11
Fixação
• Vários pontos do chassi (Parafusos incorporados às arruelas também são disponíveis.)
• Nos pontos importantes do chassi – Porcas do ponto de
articulação do PRO-LINK
– Porcas dos eixos
• Ajustadores da corrente
• Ajustadores dos cabos (Elas são usadas também para instalar ou remover os prisioneiros)
• Nos pontos importantes da parte interna do motor – Porca-trava da embreagem – Porca-trava da engrenagem
primária
• Parafusos do pinhão
ARRUELA DE PRESSÃO
PLACA DE MOLA
PORCA
ARRUELA DE PRESSÃO
ARRUELA LISA
CONTRAPORCA
PORCA DE AJUSTE
ARRUELA DE PRESSÃO TIPO CÔNICO
• Não utilize as arruelas de pressão que perderam a elasticidade ou estão deformadas ou excêntricas.
• Um torque excessivo abrirá ou deformará a arruela tornando-a sem efeito.
• Use um tamanho adequado para o diâmetro da rosca ou pontos sextavados.
• Quando utilizar a arruela lisa, coloque sempre a arruela de pressão entre a porca e a arruela lisa.
• Evite utilizar as porcas com as placas de molas deformadas ou danificadas.
• A cabeça do parafuso ou do eixo deve ser fixada durante a instalação e a remoção da porca devido à resistência da placa de mola contra o parafuso.
• Se o comprimento do parafuso for muito curto, a parte da placa de mola da porca não encaixará completamente nas roscas.
• Segure a porca de ajuste firmemente e aperte a contraporca.
• Qualquer tentativa de afrouxar as duas porcas (porca de ajuste e contraporca) simultaneamente danificará as roscas das porcas.
• A instalação incorreta diminui a eficiência da trava. Instale as arruelas cônicas sempre com suas marcas “OUT SIDE” voltadas para fora. Se não possuir a marca, monte a arruela cônica de pressão conforme mostra a ilustração abaixo.
• Não utilize se ela estiver deformada ou danificada.
• Quando utilizar uma porca chanfrada somente de
um lado, instale a porca com o lado chanfrado voltado para a arruela cônica como mostra a ilustração abaixo.
CONTRA PORCA
BORDA CHANFRADA
O
U
T
S
I
D
E
INFORMAÇÕES GERAIS
1-12
Tipos de Elementos de Fixação Aplicação Precaução
5. PLACA DE TRAVA COM LINGÜETA
Dobre as lingüetas (garras) sobre a face plana ou na ranhura da porca para travar a porca ou a cabeça do parafuso.
6. PORCA-CASTELO
Introduza a cupilha pelo orifício do parafuso e pela ranhura da porca para travar a porca.
7. PINO-TRAVA/CUPILHA
Introduza o pino-trava ou a cupilha no orifício do parafuso para evitar que a porca se afrouxe.
• Os pontos importantes da parte interna do motor
– Porca-trava da embreagem
• Os pontos importantes de segurança do chassi
– Porca do rolamento superior
da coluna de direção
– Porcas da coroa
• Os pontos importantes de segurança do chassi
– Porca do eixo – Braço de ancoragem do
freio
• Os pontos importantes de segurança do chassi
– Vareta do freio
• Certifique-se de que a lingüeta esteja travando corretamente a porca.
• As operações repetidas de dobrar/desempenar danificarão a lingüeta. Substitua a placa de trava por uma nova sempre que ela for removida.
• Alinhe a lingüeta com a porca perfeitamente quando o torque correto é aplicado, ou então a porca deve ser apertada um pouco mais até alinhar com a lingüeta.
• Não alinhe a porca com a lingüeta da trava com o torque menor do que o especificado.
• As operações repetidas de dobrar/desempenar danificam as cupilhas. Sempre utilize uma cupilha nova durante a montagem.
• Aperte a porca até o torque especificado. Em seguida alinhe o orifício do parafuso com a ranhura da porca, apertando a porca um pouco além do torque especificado.
• Não alinhe o orifício do parafuso e a ranhura da porca com o torque menor do que o especificado.
• Dobre as cupilhas como mostra a figura abaixo.
• As operações repetidas de dobrar/desempenar danificam as cupilhas. Sempre utilize uma cupilha nova durante a montagem. Entretanto, o pino-trava pode ser reutilizado. Substitua o pino­trava por um novo se ele deformar ou danificar.
• Quando utilizar uma cupilha ou pino-trava nos componentes da roda ou da suspensão, instale o pino com a cabeça voltada para a dianteira da motocicleta. Se instalar a cupilha ou pino na direção contrária, os pinos podem ser dobrados e eventualmente quebrados, desprendendo-se da motocicleta devido ao impacto com os outros objetos estacionários ou com as pedras atiradas. Certifique-se de que as cupilhas estejam dobradas corretamente como mostra a figura abaixo.
• Coloque a cabeça do pino em qualquer posição dentro da faixa A mostrada acima.
A
A
CERTO
CERTO ERRADO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CUPILHA
PINO­TRAVA
DIANTEIRA
CERTO
ERRADO
INFORMAÇÕES GERAIS
1-13
Tipos de Elementos de Fixação Aplicação Precaução
8. PORCA-TRAVA COM LINGÜETA
Alinhe a lingüeta da porca com a ranhura do eixo e dobre a lingüeta para dentro da ranhura.
9. TRAVA QUÍMICA
Aplique trava química às roscas do parafuso para evitar o afrouxamento.
10. PARAFUSO UBS
As roscas são pressionadas pela reação da flange inclinada do parafuso.
• Nos pontos importantes da parte interna do motor – Porca-trava do cubo da
embreagem
• Limitador do rolamento da roda
• Posicionador de marchas
• Pontos rotativos da parte interna do motor, os pontos que se afrouxarem, podem entrar em contato com as peças giratórias – Parafuso da bobina do
estator
– Parafusos do limitador de
rolamento
– Parafuso do posicionador de
marchas
• Chassi – Parafuso Allen do
amortecedor dianteiro
– Parafusos do disco de freio
• São usados nas áreas críticas do motor e chassi onde não pode ser utilizada uma contraporca Motor; – Cilindro – Cabeçote
• Chassi; – Pedal de apoio – Suporte
• Durante a desmontagem, desempene a lingüeta antes de soltar a porca.
• Substitua a porca se a dobra anterior da lingüeta alinhar com a ranhura do eixo, após o aperto da porca até o torque especificado.
• Depois de apertar a porca até o torque especificado, dobre a lingüeta da porca batendo-a levemente para dentro da ranhura do eixo. Certifique-se de que a lingüeta da porca ocupa pelo menos 2/3 da profundeza da ranhura.
• Aplicação de trava química aumenta o torque de desaperto. Tenha cuidado para não danificar o parafuso durante a remoção.
• Antes de aplicar a trava química, limpe completamente o óleo ou resíduo adesivo que permanece nas roscas e seque-as completamente.
• Aplicação excessiva de trava química pode danificar a rosca ou quebrar o parafuso durante a remoção. Aplicando uma pequena quantidade à extremidade das roscas do parafuso, a trava química será distribuída totalmente ao rosquear o parafuso.
• A superfície onde assenta a flange do parafuso deve ser plana e uniforme.
APLIQUE TRAVA QUÍMICA
PONTO DE TRAVA
1-14

SUBSTITUIÇÃO DO ROLAMENTO DE ESFERAS

REMOÇÃO DO ROLAMENTO DE ESFERAS
Os rolamentos de esferas são removidos usando ferramentas que aplicam a força em uma ou duas pistas de esferas. Se apli­car a força somente em uma pista (interna ou externa), o rola­mento será danificado durante a remoção e deve ser substituí­do. Se a força for aplicada a ambas as pistas igualmente, o rola­mento pode ser reutifizado.
Se o rolamento estiver instalado em um orifício blindado na car­caça do motor e não pode ser removido golpeando pelo lado oposto, remova-o com um extrator de rolamento.
a
Não reutilize os rolamentos que foram removidos.
• Use o extrator de rolamento com as roscas do eixo en­caixadas corretamente. Um ajuste incorreto pode danífi­car as roscas.
• Substitua o extrator se estiver gasto ou danificado.
Se o uso do extrator não for possível, remova o rolamento por di­latação térmica do alojamento, aquecendo o alojamento lenta­mente e uniformemente com um aquecedor (secador industrial).
c
a
O uso de maçarico para aquecer a carcaça pode causar a deformação da mesma.
Para evitar a queimadura, use luvas de proteção ao ma­nusear as peças aquecidas.
Remova o rolamento do eixo utilizando um extrator. Não reutilize o rolamento que foi removido com o extrator aplicado somente à pista externa.
INFORMAÇÕES GERAIS
GUIA
EIXO
EIXO
PESO DO EXTRATOR
CABO
PISTA EXTERNA
PISTA INTERNA
PODE SER REUTILIZADO
NÃO REUTI­LIZE
EXTRATOR
EXTRATOR
AQUECEDOR
F. E.
F. E.
F. E.
EXTRATOR DE ROLAMENTO
F. E.
INFORMAÇÕES GERAIS
1-15
Remova o rolamento da roda usando um eixo e um cabeçote do extrator.
Não reutilize o rolamento removido.
INSTALAÇÃO DOS ROLAMENTOS DE ESFERAS
Limpe o alojamento do rolamento antes de instalá-lo para asse­gurar que ele esteja isento de pó e outras sujeiras.
Preste muita atenção quanto à posição de instalação do rola­mento. Os rolamentos de esferas são sempre instalados com o nome do fabricante e o código de medida voltados para fora.
Isto vale para rolamentos abertos, selados simples e selados du­plos.
Aplique a graxa no rolamento antes da remontagem. Instale o rolamento utilizando o instalador, a guia e o cabo.
a
Substitua a carcaça se o rolamento novo não assentar firmemen­te no seu alojamento.
a
Para instalar o rolamento em um eixo, a força deve ser aplicada na pista interna do rolamento com a guia interna e o cabo da guia interna.
Limpe completamente o alojamento do rolamento antes de insta­lar um rolamento novo.
a
Substitua o eixo se o rolamento novo não assentar firmemente no eixo.
a
Uma instalação incorreta do rolamento no eixo pode da­nificar o rolamento.
O alojamento do rolamento sujo ou uma instalação incor­reta pode resultar em funcionamento defeituoso do rola­mento.
Não utilize a guia do rolamento para instalá-lo se houver uma placa de guia de óleo na parte interna do rolamento. Antes de remover o rolamento, verifique se pode ou não utilizar a guia do rolamento.
O alojamento do rolamento sujo ou uma instalação incor­reta pode resultar em funcionamento defeituoso do rola­mento.
EIXO DO EXTRATOR
CABEÇOTE DO EXTRATOR
F. E.
F. E.
F. E.
PISTA INTERNA
NOME DO FABRICANTE/ Nº DO ROLAMENTO
CABO
F. E.
F. E.
F. E.
INSTALADOR
GUIA
GUIA
PISTAS DO ROLAMENTO
APLIQUE GRAXA ANTES DE MONTAR
PISTA EXTERNA
PLACA DE GUIA DE ÓLEO
INSTALADOR INTERNO
1-16
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

2. MANUTENÇÃO

TUBOS DE COMBUSTÍVEL 2-2 TELA DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL 2-2 FUNCIONAMENTO DO ACELERADOR 2-3 BOMBA DE ÓLEO E TUBOS DE ÓLEO 2-4
(para motocicletas de 2 tempos com alimentação de óleo separado)
AFOGADOR 2-5 FILTRO DE AR 2-6 TUBO DE DRENAGEM DA CARCAÇA
DO FILTRO DE AR (motocicletas off-road) 2-7
RESPIRO DO MOTOR 2-7 VELA DE IGNIÇÃO 2-8 FOLGA DAS VÁLVULAS 2-9 ÓLEO DO MOTOR 2-11 FILTRO DE ÓLEO DO MOTOR 2-13 TELA DO FILTRO DE ÓLEO
DO MOTOR 2-14 DESCARBONIZAÇÃO 2-15
(motor de 2 tempos) SINCRONIZAÇÃO DOS CARBURADORES 2-16 MARCHA LENTA 2-17 LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO DO
RADIADOR 2-17 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO 2-18 SISTEMA DE SUPRIMENTO DE AR 2-19
SECUNDÁRIO (aplicável aos modelos com sistema de controle de emissões)
SISTEMA DE CONTROLE DE EMISSÃO 2-19 EVAPORATIVA (aplicável aos modelos com controle de emissões)
ÓLEO DE TRANSMISSÃO 2-20 (motor de 2 tempos)
CORRENTE DE TRANSMISSÃO 2-21 CURSOR DA CORRENTE DE
TRANSMISSÃO/GUIA DA CORRENTE/ CURSOR DA GUIA E ROLETES 2-24
CORREIA DE TRANSMISSÃO 2-24 FILTRO DE AR DA CARCAÇA
DA CORREIA 2-25 NÍVEL DE ÓLEO DA TRANSMISSÃO
FINAL 2-25 BATERIA 2-26 FLUIDO DO FREIO 2-27 DESGASTE DA SAPATA DO FREIO 2-28 DESGASTE DAS PASTILHAS DO FREIO 2-28 SISTEMA DO FREIO 2-29 INTERRUPTORES DA LUZ DO FREIO 2-30 FACHO DE LUZ DO FAROL 2-31 SISTEMA DE EMBREAGEM 2-31 CAVALETE LATERAL 2-33 SUSPENSÃO 2-34 PARAFUSOS/PORCAS/ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO 2-35 RODAS/PNEUS 2-36 ROLAMENTOS DA COLUNA
DE DIREÇÃO 2-38 ALINHAMENTO DAS RODAS (TRX) 2-38
NOTA
Este capítulo descreve os serviços de inspeção e ajustes normais necessários para manter o veículo em ótimas condições de uso. Efetue esta manutenção de acordo com o período estabelecido na tabela de manutenção. Consulte o manual de serviços do modelo específico para obter o período correto de manutenção e os itens aplicáveis.
2-1
2
2-2

TUBOS DE COMBUSTÍVEL

Verifique o tubo de combustível quanto a: – Vazamento de combustível. – Presilha do tubo solta ou posicionamento incorreto. – Tubos deteriorados ou danificados. Substitua as peças com defeito.

TELA DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL

Coloque a válvula de combustível na posição OFF. Remova o copo do filtro da válvula de combustível e drene o combustível em um recipiente.
c
Trabalhe em uma área bem ventilada. Mantenha os cigarros acesos, chamas ou faíscas distantes da área de trabalho ou qualquer área onde a gasolina é armazenada.
Remova o anel de vedação e a tela do filtro de combustível. Limpe o copo e a tela do filtro com solvente não inflamável ou
com baixo ponto de inflamação. Substitua o anel de vedação por um novo. Reinstale a tela do filtro, o anel de vedação e o copo e em segui-
da aperte o copo de acordo com o torque especificado.
a
Coloque a válvula de combustível na posição “ON” e certifique­se de que não há vazamentos.
Apertar excessivamente o copo de combustível pode da­nificar ou deformar o anel de vedação causando o vaza­mento de combustível.
A gasolina é extremamente inflamável e até explosiva sob certas condições.
MANUTENÇÃO
COPO DO FILTRO
TUBOS DE COMBUSTÍVEL
VÁLVULA DE COMBUSTÍVEL
ANEL DE VEDAÇÃO
TELA DO FILTRO
NOVO
MANUTENÇÃO
2-3

FUNCIONAMENTO DO ACELERADOR

Verifique se há deterioração ou danos no cabo do acelerador. Certifique-se de que a manopla do acelerador retorna automati-
camente para a posição completamente fechada em todas as posições de manobra.
Se a manopla do acelerador não retornar corretamente, lubrifi­que o cabo do acelerador, inspecione e lubrifique a carcaça da manopla do acelerador. Se a manopla do acelerador ainda não retornar corretamente, o cabo deve ser substituído.
Mantenha o motor em marcha lenta e vire o guidão para direita e esquerda para certificar-se de que a rotação da marcha lenta não se altera em todas as posições de manobra. Se a rotação de marcha lenta aumentar, verifique a folga da ma­nopla do acelerador e a conexão do cabo.
c
A folga da manopla do acelerador deve ser verificada e ajusta­da como segue:
A folga da manopla do acelerador está correta se houver uma quantidade especificada de folga no movimento circunferencial do flange da manopla do acelerador.
A reutilização do cabo do acelerador danificado, com tor­ção anormal ou dobrado pode interferir no curso normal de funcionamento do cabo e pode provocar a perda de controle do acelerador durante a rodagem.
A folga da alavanca do acelerador está correta se houver uma quantidade especificada de folga na extremidade da alavanca.
Os ajustes menores da folga podem ser obtidos por meio do ajustador superior localizado na proximidade da manopla.
Solte a contraporca e gire o ajustador no sentido desejado até obter a folga correta. Aperte a contraporca em seguida. Se o ajustador tiver uma capa, recoloque-a corretamente após o ajuste.
Os ajustes maiores são obtidos no carburador, na extremidade do cabo.
No carburador com o acelerador do tipo abertura/fechamento forçado, o ajuste da folga deve ser feito no cabo de tração, afrouxando a contraporca e girando o ajustador.
Aperte a contraporca após o ajuste da folga.
ACELERADOR DO TIPO MANOPLA
ACELERADOR DO TIPO ALAVANCA
FOLGA
CONTRAPORCA AJUSTADOR
AJUSTADOR AJUSTADOR
CONTRA PORCA
FOLGA
2-4
Se o cabo do acelerador tiver um ajustador na posição interme­diária entre a manopla e o carburador, os ajustes maiores de­vem ser feitos neste ajustador.
Ajuste a folga soltando a contraporca e girando o ajustador. Após efetuar o ajuste, aperte a contraporca. Se o ajustador tiver uma capa, recoloque-a corretamente após
efetuar o ajuste.

BOMBA DE ÓLEO E TUBOS DE ÓLEO

(para motores de 2 tempos com alimentação de óleo separado)
A alimentação de óleo, em alguns motores de 2 tempos, é con­trolada por um cabo do acelerador que está acoplado a uma bomba de óleo. A passagem de óleo é regulada, na relação direta com o movi­mento e a posição do acelerador, por um cabo combinado de controle de óleo/ acelerador que movimenta simultaneamente o cursor de aceleração no carburador e o braço de controle na bomba de óleo.
Quando o cabo interno de controle de óleo estica, altera a quan­tidade de fluxo de óleo em relação à abertura do acelerador e portanto há necessidade de inspecionar e reajustar o cabo pe­riodicamente.
Na bomba de óleo há marcas de referência no braço de contro­le e na carcaça da bomba para efetuar o ajuste do cabo. Con­sulte o manual de serviços do Modelo Especifico (para casos específicos).
Tubo de óleo
Verifique se há vazamentos no tubo de óleo, ou deterioração ou danos. Substitua a peça se for necessário.
Filtro de óleo
Solte a presilha do tubo localizado na parte inferior do tanque de óleo.
Drene o óleo em um recipiente apropriado. Remova a junção do filtro de óleo da parte inferior do tanque de
óleo. Remova a tela do filtro de óleo.
MANUTENÇÃO
JUNÇÃO
CABO DO ACELERADOR
CARBURADOR
AJUSTADOR
CONTRAPORCA
CABO DO ACELERADOR
CAIXA DE JUNÇÃO
BRAÇO DE CONTROLE
CABO DE CONTROLE DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
FILTRO DE ÓLEO
JUNÇÃO DO FILTRO DE ÓLEO
PRESILHA
TUBO DE ÓLEO
MANUTENÇÃO
2-5
Limpe a tela do filtro de óleo com ar comprimido. Para instalar a tela do filtro, siga a ordem inversa da remoção. Após abastecer o tanque de óleo do motor 2 tempos, não es-
queça de retirar o ar do tubo e da bomba de óleo (veja a página 4-11).
NOTA

AFOGADOR

AFOGADOR MANUAL
No sistema de afogador manual, verifique se a alavanca (ou bo­tão) do afogador abre e fecha completamente.
Verifique se o cabo do afogador está torcido ou danificado e toda sua extensão.
c
Certifique-se de que o movimento do cabo está correto, operan­do o afogador manualmente.
Verifique se há uma folga de no máximo 1-2 mm no cabo interno do afogador empurrando a extremidade inferior do cabo com o dedo e com a alavanca do afogador na posição OFF.
Se a folga não for suficiente, solte o parafuso da presilha do cabo e ajuste a folga do cabo interno alterando a posição do cabo externo. Após efetuar o ajuste, aperte o parafuso da presi­lha firmemente.
AFOGADOR BYSTARTER
O funcionamento do afogador de uma motocicleta equipada com o sistema de afogador automático bystarter pode ser inspe­cionado, verificando as condições de partida e o rendimento do motor.
NOTA
Quando ocorrerem os sintomas mencionados acima, inspecio­ne, o sistema de afogador de acordo com o procedimento des­crito no Manual de Serviços Específicos. Não encontrando qual­quer anormalidade, inspecione os outros itens descritos na lista de diagnóstico de defeitos.
• Dificuldade em dar a partida com motor frio (com o motor aquecido a partida é fácil): a válvula de partida não está completamente aberta (OFF)
• A marcha lenta é irregular mesmo após o aquecimento do motor (combustão imperfeita): a válvula de partida não está completamente fechada (ON).
A reutilização do cabo do acelerador danificado, com tor­ção anormal ou dobrado pode interferir no curso normal de funcionamento do cabo e pode provocar a perda de controle do acelerador durante a rodagem.
Verifique cada peça quanto a vazamento após terminar a lim­peza do filtro de óleo e o procedimento de sangria do ar do tubo e da bomba de óleo.
CABO INTERNO DO AFOGADOR
TELA DO FILTRO DE ÓLEO
ALAVANCA DO AFOGADOR
OFF
ON
PRESILHA DO CABO
2-6

FILTRO DE AR

Quando o elemento do filtro de ar estiver sujo, a mistura ar/com­bustível se torna muito rica.
A limpeza ou substituição periódica do elemento do filtro é ne­cessária. Veículos utilizados nas áreas com muita poeira reque­rem os serviços de manutenção com mais freqüência.
Ao substituir o elemento do filtro de ar, tome cuidado nos se­guintes pontos:
NOTA
• Para os filtros de ar que dispõem de um vedador de borra­cha na sua junção, aplique uma pequena camada de graxa no vedador para melhorar a vedação do sistema.
• Certifique-se de que o filtro de ar e o suporte estão fixados firmemente e que não há sujeira ou pó.
Elemento de espuma poliuretano banhado em óleo
Remova o elemento do filtro de ar do suporte e lave-o com sol­vente não inflamável e deixe-o secar bem.
c
a
Certifique-se de que o elemento está completamente seco antes de aplicar óleo. Caso contrário, o óleo será diluído por solvente e diminuirá a capacidade de filtração.
Aplique óleo de transmissão (SAE 80-90) no elemento até satu­rá-lo e retire o excesso de óleo espremendo-o.
a
O uso de óleo no filtro de ar é muito importante para evi­tar o desgaste prematuro do motor quando a motocicleta é utilizada em áreas com muita poeira. Aplique o óleo em toda superfície do elemento do filtro de ar e esfregue-o com as mãos até saturar o elemento com óleo. Retire o excesso de óleo.
Limpar o elemento do filtro de ar com gasolina ou qual­quer substância ácida, alcalina ou orgânica, óleo tipo vo­látil pode causar ignição incorreta, deterioração do ele­mento ou então pode soltar os elementos adesivos.
O uso de gasolina ou solventes inflamáveis para limpar as peças pode resultar em incêndios ou explosões.
MANUTENÇÃO
(óleo para transmissão SAE # 80 - 90 para 4 tempos
e óleo de 2 tempos HONDA para motor de 2 tempos)
TAMPA DO FILTRO DE AR
CARCAÇA DO FILTRO DE AR
CARBURADOR
TUBO DE CONEXÃO
ELEMENTO
LAVE COM SOLVENTE
DEIXE SECAR
APLIQUE ÓLEO
RETIRE O EXCESSO
ESPREMA
ÓLEO
MANUTENÇÃO
2-7
Elemento de papel
Se a superfície do elemento estiver suja, remova o pó primeira­mente batendo-o levemente. Em seguida retire as sujeiras res­tantes nas superfícies do elemento aplicando o jato de ar com­primido pela parte de dentro (lado do carburador).
Elemento de papel viscoso
Este tipo de elemento de papel não pode efetuar a limpeza pois contém adesivo de pó. O elemento do filtro de ar deve ser subs­tituído periodicamente.

TUBO DE DRENAGEM DA CARCAÇA DO FILTRO DE AR

(motocicleta off-road)
Solte a presilha, remova o tubo de drenagem e retire em um re­cipiente apropriado as sujeiras ou fluidos acumulados da carca­ça do filtro de ar.
Verifique se o tubo de drenagem está danificado e substitua-o se for necessário. Reinstale o tubo de drenagem e fixe-o com a presilha.

RESPIRO DO MOTOR

Em algumas motocicletas, os motores são equipados com o sis­tema de respiro fechado para evitar a descarga de emissão de gases na atmosfera. Os gases do cilindro são devolvidos para a câmara de combustão através do filtro de ar e do carburador.
Dentro do sistema é necessário um separador de respiro para evitar a entrada de umidade no motor. O vapor passa pelo filtro de ar e volta para o motor para ser queimado. A umidade é cole­tada no tubo fechado. Periodicamente, é necessário remover o bujão de drenagem do tubo e drenar os depósitos em um reci­piente apropriado. Reinstale o bujão de drenagem.
Uma parte do tubo de drenagem é transparente para que a acu­mulação de depósitos seja visível.
ELEMENTO
CARCAÇA DO FILTRO DE AR
TUBO DE DRENAGEM
PRESILHA
CARBURADOR FILTRO DE AR
SEPARADOR
TUBO DE DRENAGEM
BUJÃO DE DRENAGEM
2-8

VELA DE IGNIÇÃO

NOTA
Retire o supressor de ruídos, remova a vela de ignição e inspe­cione ou substitua de acordo com a descrição da tabela de ma­nutenção do Manual de Serviço do Modelo Específico.
Inspeção
Verifique os itens abaixo e substitua-os se for necessário
• Isolador danificado
• Desgaste dos eletrodos
• Verifique a condição de combustão pela cor:
– Uma cor entre escuro e marrom claro indica boas condições. – Uma cor excessivamente clara indica o ponto de ignição in-
correto ou mistura pobre.
Limpe as proximidades do assento da vela de ignição com ar comprimido antes de removê-lo, para evitar que entre sujeira na câmara de combustão.
REUTILIZAÇÃO DE UMA VELA DE IGNIÇÃO
Limpe os eletrodos da vela de ignição com escova de aço ou jato de areia.
Verifique a folga entre os eletrodos central e lateral com lâmina calibradora. Se a folga estiver incorreta, ajuste-a dobrando o eletrodo lateral.
Reinstale a vela de ignição no cabeçote e aperte-a com a mão. Em seguida dê o aperto final com a chave de vela.
a
SUBSTITUIÇÃO DE UMA VELA DE IGNIÇÃO
No caso de uma vela de ignição nova, ajuste a folga com cálibre de lâminas. Instale a vela de ignição e aperte-a manualmente e em seguida aperte-a com a chave de vela aproximadamente 1/4 de volta após a arruela de vedação encostar no assento do orifí­cio da vela. As velas usadas devem ser apertadas até o torque especificado.
Não aperte excessivamente a vela de ignição.
a
O aperto excessivo na vela de ignição pode danificar o cabeçote. Certifique-se de que o torque aplicado à vela de ignição esteja correto.
• Certifique-se de que não há sujeira no assento da vela de ignição antes de instalá-la.
• Para evitar danos no cabeçote, aperte a vela de ignição com a mão antes de utilizar a chave de vela para dar o aperto final até o torque especificado.
MANUTENÇÃO
ARRUELA DE VEDAÇÃO
ELETRODO CENTRAL
ELETRODO LATERAL
ISOLADOR
ELETRODO LATERAL
FOLGA
MANUTENÇÃO
2-9

FOLGA DAS VÁLVULAS

As motocicletas equipadas com os ajustadores hidráulicos auto­máticos (tucho hidráulico) não necessitam de ajuste de folga das válvulas. Entretanto, é necessário uma folga adequada entre as válvulas de admissão e escape e os mecanismos de abertura e fechamento das válvulas em todos os motores de 4 tempos restantes. Essa folga tolera a alteração de tamanho da válvula devido à dilatação térmica provocada pelo calor transmitido da câmara de combustão para a válvula.
Se a folga for excessiva, isto pode resultar em ruídos no motor. Se a folga for muito pequena, a válvula será empurrada durante o período em que o motor estiver com a temperatura elevada, pro­vocando a queda de pressão de compressão e resultando em marcha lenta irregular ou eventualmente queima das válvulas.
NOTA
A inspeção e o ajuste da folga das válvulas devem ser efetua­dos com o pistão no ponto morto superior na fase de compres­são. Esta posição pode ser determinada verificando se os ba­lancins estão soltos quando a marca “T” do rotor do alternador estiver alinhada com a marca de referência fixa da tampa da carcaça do motor. Se estiverem presos, é porque o pistão está movendo da fase de escape para o ponto morto superior. Gire o rotor uma volta completa e faça coincidir novamente a marca “T” com a marca de referência fixa. O pistão estará na fase de com­pressão. Nos motores de 4 cilindros em linha com a ordem de ignição 1-2-4-3, a inspeção da folga das válvulas pode ser realizada gi­rando a árvore de manivelas duas vezes. Depois de efetuar os procedimentos acima corretamente, a inspeção e o ajuste de to­dos os cilindros estão completos.
(Nos motores de 4 cilindros em linha são numerados os cilindros 1-2-3-4 começando pelo lado esquerdo)
Nos motores V-twin e V-4, a inspeção e o ajuste são efetuados colocando cada cilindro na fase de compressão, no ponto morto superior.
Pistão no ponto
morto superior Número do cilindro
na fase de
compressão
# 1 # 2 # 3 # 4 # 1 ADM/ESC ESC ADM — # 4 ADM ESC ADM/ESC
Inspecione e ajuste a válvula com o motor frio (abaixo de 35° C)
PARAFUSO DE AJUSTE
FOLGA DA VÁLVULA
CONTRA PORCA
FOLGA DA VÁLVULA
MARCA DE REFERÊNCIA
ÁRVORE DE MANIVELAS
ÁRVORE DE MANIVELAS
MARCA DE REFERÊNCIA
MARCA “T”
MARCA “T”
2-10
O ajuste da folga das válvulas está correto quando o cálibre de lâ­minas de espessura especificada penetra entre o parafuso de ajuste e a haste da válvula e outras lâminas maiores não penetram.
NOTA
A inspeção da folga das válvulas nos motores com ajustadores comuns do tipo parafuso é efetuada introduzindo o cálibre de lâ­minas diretamente entre a extremidade da haste da válvula e o parafuso de ajuste.
Nas motocicletas que têm um mecanismo de descompressor que suspende a válvula quando dá a partida no motor, deve­se efetuar o ajuste do mecanismo de descompressor primeiro para proporcionar uma inspeção de folga das válvulas correta.
Nos motores do tipo junta articulada em um lado, a folga é ins­pecionada introduzindo-se o cálibre de lâminas entre o balancim e o comando.
Nos motores do tipo empuxo direto com tucho de válvulas, a fol­ga entre o ressalto do comando e o tucho ou pastilha é inspecio­nada com um cálibre de lâminas.
Se necessitar de ajuste, solte a contraporca e o parafuso de ajus­te e introduza o cálibre de lâminas com espessura especificada. O valor correto das folgas das válvulas de admissão e escape está descrito no Manual de Serviços do Modelo Específico.
Gire o parafuso de ajuste até que haja uma pequena pressão sobre o cálibre de lâminas.
Com o cálibre de lâminas introduzido e tomando o cuidado de não girar o parafuso de ajuste, aperte a contraporca até o torque especificado.
a
Utilize sempre as ferramentas especiais especificadas para o
ajuste da válvula.
Uma contraporca apertada incorretamente pode soltar-se e causar danos ao motor.
MANUTENÇÃO
CÁLIBRE DE LÂMINAS
PARAFUSO DE AJUSTE
RESSALTO DO COMANDO
CÁLIBRE DE LÂMINAS
CÁLIBRE DE LÂMINAS
HASTE DA VÁLVULA
BALANCIM
TUCHO
RESSALTO DO COMANDO
PARAFUSO DE AJUSTE
CONTRAPORCA
AJUSTADOR
FERRAMENTA
PASTILHA DE AJUSTE
F. E.
F. E.
Loading...
+ 493 hidden pages