Honda BR Manual de Serviços [pt]

COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

COMO UTILIZAR ESTE MANUAL

Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1
2
3
4
5
6
7
8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

SÍMBOLOS

Os símbolos utilizados neste manual mostram os procedimentos de serviços específicos. Se necessitar de uma informação suplementar pertencente a estes símbolos, será explicada especificamente no texto sem utilizar os símbolos.
Substitua a(s) peça(s) por uma nova antes de montar.
Use a ferramenta especial.
Use a ferramenta comum.
Especificação de torque: 10 N.m (1,0 kg.m)
10 (1,0)
Use o óleo do motor recomendado.
Use a solução de óleo com molibdênio (mistura de óleo do motor e graxa à base de molibdênio com a relação de 1:1).
Use a graxa multi-purpose (graxa multi-purpose à base de lítio NLGI # 2 ou equivalente).
Use a graxa à base de bissulfeto de molibdênio (contendo mais de 3% de bissulfeto de molibdênio, NLGI # 2 ou equivalente).
Use a pasta à base de bissulfeto de molibdênio (contendo mais de 40% de bissulfeto de molibdênio, NLGI # 2 ou equivalente).
Use graxa à base de silicone.
Aplique trava química. Use trava química de intensidade média, exceto quando um outro esteja espe­cificado.
Aplique junta líquida.
Use o fluido para freio DOT 4. Use o fluido do freio recomendado.
Use o fluido de suspensão.
FERRAMENTA
ESPECIAL
FERRAMENTA
ÓLEO
Óleo Mo
GRAXA
M
M
PM
S
TRAVA
FREIO
ATF
NOVO
JUNTA

1. INFORMAÇÕES GERAIS

NORMAS DE SEGURANÇA 1-1 NORMAS DE SERVIÇO 1-3
ELEMENTOS DE FIXAÇÃO 1-6 SUBSTITUIÇÃO DE ROLAMENTOS
DE ESFERAS 1-14

NORMAS DE SEGURANÇA

MONÓXIDO DE CARBONO
Se houver necessidade de ligar o motor para realizar algum tipo de serviço, certifique-se de que o local é bem ventila­do. Nunca acione o motor em áreas fechadas.
c
Ligue o motor em uma área aberta ou utilize um sistema de exaustor em áreas fechadas.
Gasolina
Trabalhe em uma área ventilada. Não fume no local de tra­balho e mantenha a gasolina afastada de chamas ou faís­cas.
c
Eletrólito e Gás de Hidrogênio da Bateria
c
Líquido de arrefecimento do motor
Sob certas condições, o glicol de etileno no líquido de arre­fecimento do motor torna-se combustível e sua chama é in­visível. Se o glicol de etileno inflamar, você não verá qual­quer chama, mas pode sofrer queimaduras.
c
Evite o contato com a pele, olhos ou roupas. Se houver contato com a pele, lave imediatamente a região atingida com sabão e água. Se houver contato com os olhos, lave-os com bastante água fresca e procure assistência médica imediatamente. Se este for ingerido, a pessoa deve ser forçada a vomitar e em seguida enxaguar a boca e a garganta com água fresca antes de obter assistência médica. Por causa desses perigos, o líquido de arrefecimento do motor deve ser guardado em local seguro, longe do alcan­ce das crianças.
Fluido de freio
a
Pó do sistema de freio
Nunca use um jato de ar ou escova seca para limpar o con­junto do freio. Use um aspirador de pó ou método alternati­vo, projetado para minimizar o risco causado pelo pó de fi­bra de amianto.
Se derramar o fluido de freio nas peças pintadas, plásticas ou de borracha pode danificá-las. Cubra es­sas peças com um pano sempre que efetuar manu­tenção no sistema. MANTENHA-O FORA DO ALCAN­CE DAS CRIANÇAS.
• Evite derramar o líquido de arrefecimento do motor no sistema de escapamento ou nas peças do motor. Eles podem estar suficientemente aquecidos para inflamar o glicol de etileno e causar queimaduras com uma chama invisível.
• O líquido de arrefecimento do motor (glicol de etile­no) pode causar irritação na pele e é venenoso se ingerí-lo. MANTENHA-O FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
• Não remova a tampa do radiador enquanto o motor estiver quente. O líquido de arrefecimento do motor está sob pressão e pode queimá-lo.
• Mantenha as mãos e as roupas distantes do ventila­dor, pois ele inicia o giro automaticamente.
• A bateria produz gases explosivos. Mantenha-a dis­tante de faíscas, chamas e cigarros acesos. Mante­nha ventilado o local onde a bateria estiver receben­do a carga.
• A bateria contém ácido sulfúrico (eletrólito). Conta­to com a pele ou os olhos pode causar graves quei­maduras. Utilize a roupa de proteção e um protetor no rosto. – Se o eletrólito atingir a pele, lave com bastante
água.
– Se o eletrólito atingir os olhos, lave com água por 15
minutos no mínimo e procure assistência médica.
• O eletrólito é venenoso. – Se ingerir o eletrólito, tome grande quantidade de
água ou leite. Procure assistência médica imedia­tamente.
• MANTENHA A BATERIA FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
A gasolina é extremamente inflamável e até explosiva sob certas condições. MANTENHA A GASOLINA FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Os gases do escapamento contêm monóxido de car­bono, um gás venenoso que pode causar a perda de consciência e pode resultar em morte.
1-1
1
INFORMAÇÕES GERAIS
c
Pressão do nitrogênio
Para os amortecedores com reservatório de gás.
c
Para evitar a possibilidade de explosão, alivie a pressão do nitrogênio pressionando o núcleo da válvula. Em seguida remova a haste da válvula do reservatório do amortecedor e retire o óleo. Jogue o óleo de maneira que seja aceitável pela Secretaria de Proteção do Meio Ambiente.
Antes de se desfazer do amortecedor, alivie sempre a pres­são do nitrogênio pressionando o núcleo da válvula.
Componentes quentes
c
Óleo usado do motor de transmissão
c
O óleo usado do motor (ou óleo de transmissão para motores de dois tempos) pode causar câncer na pele se deixar em contato com a pele por períodos prolon­gados. Embora esse perigo só exista quando você manusear óleo usado diariamente, ainda é aconse­lhável lavar as mãos completamente com sabão e água o mais rápido possível após manusear óleo usado. MANTENHA O ÓLEO USADO FORA DO AL­CANCE DAS CRIANÇAS.
O motor e as peças do sistema de escapamento tor­nam-se muito quentes e permanecem quentes por al­gum tempo após desligar o motor. Use luvas de pro­teção ou espere até o motor e o sistema de escapa­mento esfriarem antes de manusear estas peças.
• Use somente nitrogênio para pressurizar o amorte­cedor. O uso de um gás instável pode provocar in­cêndio ou explosão com conseqüências perigosas.
• O amortecedor contém nitrogênio sob alta pressão. Deixar o fogo ou calor próximo ao amortecedor pode provocar uma explosão resultando em aciden­te grave.
• Alivie a pressão do amortecedor antes de se desfa­zer do amortecedor para evitar possível explosão e acidente grave se este for aquecido ou perfurado.
Doenças respiratórias e câncer têm sido atribuídas à inalação de fibras de amianto.
1-2
INFORMAÇÕES GERAIS
NORMAS DE SERVIÇOS
Use somente as ferramentas com medidas em milímetro
(sistema métrico) para efetuar serviços de manutenção e re­paros na motocicleta. Parafusos e porcas com medidas em milímetros (sistema métrico) não são intercambiáveis com parafusos e porcas com medidas em polegadas (sistema inglês). O uso incorreto de ferramentas ou de elementos de fixação pode danificar a motocicleta.
Ferramentas especiais são projetadas para remover ou substituir uma peça ou um conjunto específico sem provo­car danos. O uso de outro procedimento, sem utilizar as fer­ramentas especiais especificadas, pode danificar as peças.
Limpe a parte externa da peça ou do conjunto antes de retirá-los da motocicleta ou antes de abrir a tampa para efe­tuar o serviço. A sujeira acumulada na parte externa pode cair dentro do motor, na parte interna do chassi ou do siste­ma de freios, causando danos posteriormente.
Limpe as peças após a desmontagem, mas antes de medi-las para verificar o desgaste. As peças devem ser la­vadas em solvente não inflamável e secadas com ar com­primido. Tenha cuidado com as peças que contêm anéis de vedação ou retentores de óleo, já que essas peças são afe­tadas negativamente pela maioria dos solventes.
Cabos de controle não devem ser dobrados ou torcidos. Isto poderá dificultar o movimento e causar danos prematu­ros dos mesmos.
As peças de borracha podem deteriorar com o tempo e têm enorme facilidade em ser danificadas por solventes e óleo. Verifique essas peças antes de remontá-las e substi­tua-as se for necessário.
Para remover uma peça fixada com parafusos e porcas de diversos tamanhos, deve-se começar a desapertar de
fora para dentro em seqüência cruzada, soltando primeiro os parafusos e as porcas de menor diâmetro. Se desapertar primeiro os parafusos e as porcas de diâmetros maiores, a força exercida sobre os menores será excessiva.
Os conjuntos complexos, como as peças de transmissão, devem ser guardados na ordem correta de montagem e amarrados firmemente com arame. Isto irá facilitar o traba­lho posterior de montagem.
A posição de montagem das peças essenciais deve ser anotada antes de desmontá-las. Isto permitirá que as di­mensões (espessura, distância ou posição) sejam correta­mente duplicadas no momento da montagem.
As peças não reutilizáveis devem ser substituídas sempre que forem desmontadas. Essas peças são as juntas, arrue­las de vedação, anéis de vedação, retentores de óleo, anéis elásticos e cupilhas.
a
O líquido de arrefecimento do motor e o fluido do freio poderão danificar as superfícies pintadas das peças. Esses fluidos também podem danificar a integridade estrutural das peças plásticas ou de borracha.
1-3
INCORRETOINCORRETO INCORRETO
INFORMAÇÕES GERAIS
Os rolamentos de esferas são removidos utilizando as ferramentas que aplicam forças em uma ou ambas (interna ou externa) pistas de esferas. Se aplicar a força somente em uma pista (interna ou externa), o rolamento será danifi­cado durante a remoção e deverá ser substituído. Se apli­car a força em ambas as pistas de maneira igual, o rola­mento não será danificado durante a remoção.
Em ambos os exemplos danifica o rolamento
A limpeza do rolamento de esferas deve ser feita em sol­vente não inflamável e em seguida secá-lo com ar compri­mido. Aplique o ar comprimido segurando as duas pistas de esferas para evitar que ele gire. Se permitir o giro do ro­lamento, a alta velocidade gerada pelo jato de ar pode ex­ceder o limite de velocidade do rolamento, causando assim dano permanente.
Os rolamentos de esferas são testados (após a limpeza) girando lentamente a pista interna enquanto segura a pista externa. Se sentir alguma folga radial ou aspereza, este ro­lamento deve ser substituído. O rolamento não deve ter fol­ga axial e se houver, o rolamento deve ser substituído.
Os rolamentos são instalados sempre com o nome do fa­bricante ou código de medida voltado para fora (isto signi-
fica que o nome ou código da medida deve ser visível pelo lado em que o rolamento está sendo instalado).
Esta recomendação é válida para os rolamentos abertos, selados simples e selados duplos. Aplique a graxa apro­priada para os rolamentos abertos e selados simples antes da remontagem.
Anéis elásticos são instalados sempre com as bordas chanfradas (laminadas) voltadas para a peça que está limi­tando. Dessa forma, a pressão sobre o anel elástico será exercida na área onde a borda do anel está paralela à pare­de da canaleta. Se instalar incorretamente, o anel elástico exercerá pressão sobre as bordas chanfradas ou laminadas que podem comprimir o anel elástico e com a possibilidade de desalojá-lo da canaleta. Nunca reutilize o anel elástico, já que sua função normal é controlar a folga da extremidade e desgaste com uso nor­mal. O desgaste é crítico especialmente nos anéis elásticos que retêm as peças que giram como as engrenagens. Após a instalação do anel elástico, sempre gire-o em sua canaleta para certificar-se de que ele está assentado corretamente.
Aplique graxa ou óleo nas peças deslizantes ou giratórias com o lubrificante recomendado antes de remontar.
As peças ou fluidos para reposição devem ser genuínas HONDA ou recomendadas pela HONDA. O uso de peças não originais HONDA ou fluido não recomendado pode di­minuir o rendimento e a durabilidade.
Após a remontagem do conjunto deve ser testado seu funcionamento e suas fixações, sempre que possível antes de instalar na motocicleta.
1-4
SELADO SIMPLES
ABERTO
SELADO DUPLO
NOME DO FABRICANTE Nº DO ROLAMENTO
BORDAS CHANFRADAS
INFORMAÇÕES GERAIS
O comprimento dos parafusos pode variar para monta­gem de tampas ou carcaças. Esses parafusos com diferen­tes comprimentos devem ser instalados nas posições corre­tas. Se você tiver dúvidas, coloque os parafusos nos orifí­cios e compare o comprimento das partes dos parafusos que estão fora do orifício. Todos os parafusos devem ter comprimento exposto igual.
O aperto dos parafusos e porcas de diferentes medidas
deve ser feito como segue: Aperte todos os parafusos e as porcas com a mão e em se­guida aperte os parafusos e as porcas com as medidas maiores antes dos menores. Aperte-os em seqüência cruza­da de dentro para fora em duas ou três etapas, a menos que seja determinada uma seqüência particular. Não utilize óleo nas roscas dos parafusos e as porcas.
Os retentores de óleo são sempre instalados aplicando a graxa nas cavidades do retentor e o nome do fabricante voltado para fora (lado seco). Durante a montagem, certifi­que-se de que as bordas do retentor não estejam dobradas para fora e que não haja nenhuma rebarba na superfície onde será instalado o retentor para não danificá-lo.
Os restos do material da junta e vedadores devem ser re­movidos antes da remontagem. Se a superfície de assenta­mento da junta estiver ligeiramente danificada, corrija esta área danificada com pedra de afiar (lubrificada com óleo).
As mangueiras (de combustível, vácuo ou líquido de arre­fecimento) devem ser instaladas de modo que a extremida­de da mangueira alcance a parte inferior da junção. A presi­lha deverá ser instalada abaixo da extremidade com diâme­tro maior da junção.
As capas de borracha e de plástico devem ser recoloca­das exatamente nas posições designadas.
1-5
GRAXA
EXTREMIDADE DA MANGUEIRA
PRESILHA
JUNÇÃO
CAPAS
NOME DO FABRICANTE
INFORMAÇÕES GERAIS

ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

Uma motocicleta é composta de várias peças conectadas uma na outra. Diferentes tipos e tamanhos de elementos de fixação são utilizados para conectar essas peças. Ao contrá­rio dos métodos de fixação permanente como a solda, rebite ou cola, os elementos de fixação rosqueados são indispen­sáveis como meio de fixação não permanente, pois eles per­mitem a remoção das peças sempre que for necessário.
Calculando de maneira aproximada, o diâmetro da rosca é o diâmetro externo da rosca macho ou diâmetro interno da parte mais baixa da canaleta da rosca fêmea. O passo é a distância entre as roscas em que se move um parafuso macho ou fêmea em uma volta.
TIPOS DE ROSCAS
As roscas métricas especificadas pela Organização de Nor­mas Internacionais (ISO) são utilizadas nas motocicletas HONDA.
As roscas ISO mais comuns encontradas nos produtos HONDA têm as seguintes medidas de roscas e passos.
As peças que não possuem roscas métricas normalizadas (ISO) estão listadas abaixo.
* As medidas dadas na tabela acima representam os tama­nhos dos parafusos. Um exemplo é apresentado para cada tipo de parafuso e roscas.
AS MEDIDAS DAS ROSCAS
As medidas das roscas são representadas pelo diâmetro da rosca macho. A distância entre os flancos da cabeça sextavada representa a medida da ferramenta aplicável. Nas motocicletas HONDA, a medida do parafuso e a porca é representada pelo diâmetro da rosca.
Diâmetro (mm) Passo (mm) Diâmetro (mm) Passo (mm)
3 0,5 12 1,25 4 0,7 14 1,5 5 0,8 16 1,5 6 1,0 18 1,5 8 1,25 20 1,5
10 1,25
1-6
Estas roscas não são INTERCAMBIÁVEIS com as roscas métricas convencionais (ISO)
Descrição *Símbolos (exemplos típicos) Exemplos da aplicação
Roscas paralelas para tubos PF 1/8 Interruptor da pressão de óleo Roscas de perfil cônico para tubos PT 1/8 Unidades termostáticas
Tipo de roscas usadas na bicicleta BC 3.2 Raios e niples Haste da válvula TV 8 Haste da válvula do pneu
dos pneus de automóvel
FÊMEA
PASSO
DIÂMETRO
60°
MACHO
DISTÂNCIA ENTRE OS FLANCOS
MEDIDA DA FERRAMENTA
DIÂMETRO DA ROSCA MACHO (MEDIDA DA ROSCA)
INFORMAÇÕES GERAIS
A DISTÂNCIA ENTRE OS FLANCOS
A distância entre os flancos é a porção onde as ferramentas, como uma chave, são aplicadas. O tamanho da ferramenta aplicável é determinado por esta medida. A denominação de uma chave fixa de 10 mm, por exemplo, representa uma chave para ser utilizada em um parafuso com a cabeça sex­tavada com a distância entre os flancos de 10 mm.
A tabela ao lado apresenta as medidas da distância entre os flancos e das roscas mais usadas nas motocicletas HONDA.
Outras medidas da distância entre os flancos mais comuns são 22, 24, 27, 30, 32 mm, etc. As velas de ignição têm dis­tância diferenciada entre os flancos. Elas devem ser removi­das com as chaves especiais para vela de ignição (16, 18 e 20,6 mm).
MARCAS DE RESISTÊNCIA DOS PARAFUSOS COM CABEÇA SEXTAVADA
As marcas de resistência, que indicam o tipo de material, são visíveis na cabeça de alguns parafusos sextavados. Os parafusos são classificados como parafusos normais e pa­rafusos de alta tensão de acordo com os tipos de materiais utilizados. Durante a montagem, tenha cuidado para não instalar os parafusos de alta tensão no local inadequado. Note-se que os parafusos normais são apertados de acordo com o torque padrão, a menos que outro valor seja especifi­cado, enquanto que os parafusos de alta tensão sempre têm seu próprio valor de torque. Os parafusos SH 6 mm sem a marca de resistência (parafusos com flange de cabe­ça pequena com a distância entre flancos de 8 mm e o diâ­metro das roscas de 6 mm) são todos considerados parafu­sos comuns.
Os parafusos do tipo DR (cabeça abaulada), sem as mar­cas de resistência (parafusos flange, com a cabeça sexta­vada e com o orifício de redução de peso) são classifica­dos pelo diâmetro externo do flange. Tenha cuidado quan­to ao local de instalação e o torque dos parafusos de alta tensão, pois eles têm as mesmas distâncias entre os flan­cos como os parafusos normais, mas os diâmetros dos flanges maiores.
Marca Sem marca ou 10 12
Classificação Resistência 5,8 8,8 10,9 12,9
Tensão 50-70 80-100 100-120 120-140
kg /mm2kg /mm2kg /mm2kg /mm
2
Classificação Parafusos normais Alta tensão
Parte sextavada
Distância (Diâmetro da rosca)
entre flancos x (passo)
8 5 x 0.8
8 6 x 1.0 10 6 x 1.0 12 8 x 1.25 14 10 x 1.25 17 12 x 1.25 19 14 x 1.5
5 6 x 1.0
6 8 x 1.25
8 10 x 1.25 12 12 x 1.25
1-7
MARCA DE RESISTÊNCIA
CABEÇA ABAULADA
PARAFUSO TIPO DR
PARAFUSO TIPO DR
PARAFUSO DE ALTA TENSÃO
1-8
Os parafusos UBS pertencem à categoria dos parafusos de alta tensão. Eles podem ser reconhecidos pela estria sob a cabeça. Os parafusos UBS podem ter ou não as marcas de resistência. Além disso, esses parafusos são estruturados de tal maneira que não afrouxam facilmente, devido à ligeira inclinação de 5 a 60’ na base do flange.
VALORES DE TORQUE (Força de Aperto)
Quando duas ou mais peças são conectadas por um parafuso, suas conexões não devem ser afetadas por forças externas e não pode haver folgas entre as peças que são apertadas uma contra a outra. A prioridade para os parafusos e as porcas é a força de aperto. Quando a força de aperto for suficiente para que as peças fixadas realizem suas funções pretendidas, isto é chamado de “força de aperto apropriada”.
A força de aperto de um parafuso é igual à resistência de tração axial do parafuso. Portanto, a força de aperto do parafuso é cha­mada também de força axial do parafuso.
A redução de força de aperto (força de aperto inicial) com o passar do tempo, causada pelas forças externas ou vibrações durante o uso é chamada de “afrouxamento de parafusos”. Mes­mo quando a força de aperto inicial do parafuso estiver correta, com o uso pode afrouxá-lo e ocasionar danos às peças. Como medida preventiva contra o afrouxamento do parafuso, o reaper­to deve ser executado após algum tempo. O aperto periódico dos raios das rodas é um exemplo dessa operação.
As forças de aperto corretas são determinadas de acordo com a resistência do parafuso, a resistência das peças fixadas e a in­tensidade das forças externas. O aperto deve ser executado exatamente de acordo com sua especificação, principalmente nos pontos importantes. Se apertar o parafuso de fixação da capa da biela com uma força maior do que o valor correto, por exemplo, irá deformar a peça fixada (capa da biela) tornando o filme de óleo menor do que o especificado, o que pode causar o engripamento no rolamento. Uma força de aperto insuficiente, porém, pode afrouxar as porcas ou a capa da biela e pode sol­tar-se durante o funcionamento do motor, causando sérios da­nos ao motor.
INFORMAÇÕES GERAIS
PARAFUSO UBS
F: FORÇA DE APERTO f : FORÇA AXIAL
DO PARAFUSO F = f
ESTRIA
FILME DE ÓLEO
BRONZINA
CAPA DA BIELA
ÁRVORE DE MANIVELAS
FILME DE ÓLEO REDUZIDA
5
60’
INFORMAÇÕES GERAIS
1-9
Como foi mencionado rapidamente na página anterior, o ponto mais importante nos elementos de fixação é a força de aperto. O problema é que é difícil mensurar essa força de aperto (tensão axial). Portanto, o uso de um torque de aperto predeterminado é o mé­todo mais comum de controlar a tensão dos elementos de fixa­ção.
Deve-se observar também que, nesse método de controle ao usar os valores de torque, a tensão axial é proporcional ao tor­que sob certas condições. Em outras condições, esta tensão axial varia mesmo quando os parafusos são apertados com o mesmo valor de torque.
A tabela ao lado mostra alguns exemplos de coeficiente de atrito quando há aderência de óleo na parte rosqueada do parafuso. Sob as mesmas condições, no que se refere ao material e tor­que de aperto, o “µ” sofre grandes variações. O torque de aper­to aplicado às roscas secas, de 88 a 92% é consumido pelo atri­to do flange e da superfície rosqueada e somente de 8 a 12% é transformado efetivamente em tensão axial. Essa porcentagem de transformação em tensão axial aumenta à medida que o atri­to diminui. Isso quer dizer que quanto menor for o atrito maior será a tensão axial, portanto a tensão axial pode variar mesmo que aplique um valor de torque igual. Além disso, no estado seco (sem lubrificação) o intervalo de variação do “µ” é maior, e este intervalo tende a crescer conforme os procedimentos de aperto e desaperto forem repetidos.
É importante aplicar óleo às roscas do parafuso quando houver instrução para fazê-lo no Manual de Serviços Específico. A lubri­ficação nas roscas desse parafuso assegura a estabilidade da tensão axial. Nenhum outro parafuso deve ser lubrificado sem a indicação no manual de serviço do modelo específico.
Lubrificação nas roscas ou na parte inferior do flange reduz o atrito e o efeito contra o afrouxamento. Entretanto, aumenta a tensão axial do parafuso e obtém uma resistência de aperto suficiente, diminuindo assim a probabilidade de o parafuso afrouxar.
2
ABC
A
B
C
1
TORQUE DE APERTO
SECO
(µ = 0,35–0,54)
QUEROSENE
(µ = 0,22–0,34)
ÓLEO
(µ = 0,09–0,14)
ÓLEO
TENSÃO AXIAL
TORQUE DE APERTO
TENSÃO AXIAL
1-10
Os valores de torque são determinados de acordo com o tama­nho e a resistência do parafuso e a resistência das peças que serão fixadas juntas. Em nossos manuais de serviço anteriores, os valores de torque são especificados dentro de uma certa fai­xa. Devido à ligeira variação na precisão do torquímetro e no coeficiente de atrito, deve-se considerar o valor correto, a média dos valores de torque mínimo e máximo. Nos manuais de servi­ço específicos do modelo será apresentado somente o valor mé­dio do torque especificado. Nas unidades de torque e aperto são utilizados kg.m e N.m. Exemplo: Um torque de 1 kg.m se refere ao momento de força obtido quando uma chave de 1 metro de comprimento recebe uma carga de 1 quilograma-força. Para obter o mesmo momento de força, quanto menor for o comprimento efetivo da chave ne­cessitará de maior carga. 1 kg.m = 10 N.m 1 kg.m = 7 ft.lb
AFROUXAMENTO DOS ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
Na maioria dos casos, o afrouxamento do parafuso é causado pelas forças externas repetitivas ou atuando contra o parafuso (vibração), reduzindo a tensão axial do parafuso.
Em certas áreas de uma motocicleta estão sujeitas as repetidas e severas forças externas. Parafusos especiais, com alta por­centagem de capacidade de deformação elástica, são usados para estas áreas.
Instalação de parafusos comuns nestas áreas com requisitos es­peciais pode provocar o afrouxamento ou ruptura nos parafusos. Portanto, é importante identificar esses parafusos especiais e suas posições de instalação onde esses são indicados.
Limpe completamente os parafusos se houver qualquer sujeira em qualquer parte do parafuso.
Instalação de parafusos com sujeira ou outros objetos nas ros­cas do parafuso ou da porca resultará em tensão axial incorreta, mesmo empregando o torque de aperto correto.
Ao desprender a sujeira ou outros objetos devido a vibração e atuação mútua das peças fixadas, o parafuso irá se afrouxar ra­pidamente.
Há várias maneiras de evitar o afrouxamento dos parafusos. Al­guns exemplos mais representativos são apresentados na pági­na seguinte, com as instruções necessárias para o uso adequa­do desses métodos.
INFORMAÇÕES GERAIS
1 m (100 cm)
1 kg
5 kg
FADIGA
PARAFUSOS ESPECIAIS
OBJETOS ESTRANHOS
FOLGA
= 1 kg-m
(100 kg-cm)
= 1 kg-m
(100 kg-cm)
0,2 m (20 cm)
INFORMAÇÕES GERAIS
Tipos de Elementos de Fixação Aplicação Precaução
1. ARRUELA DE PRESSÃO (Tipo fendido convencional)
Quando a arruela é comprimida sob pressão pela superfície da porca, a elasticidade da mola e as bordas da extremidade do anel impedem o afrouxamento.
2. PORCA AUTO-TRAVANTE
Esta é uma porca com uma placa de mola na parte superior. Esta placa de mola pressiona as roscas, dificultando o afrouxamento da porca. Este tipo de porca pode ser reutilizado após a remoção.
3. DUAS PORCAS
A contraporca, aplicada à porca de ajuste pelo lado de fora, exerce pressão contra a porca de ajuste, impedindo assim o afrouxamento.
4. ARRUELA CÔNICA DE PRESSÃO
A superfície da porca exerce a pressão sobre a arruela cônica e a reação da mola pressiona a porca para impedir o afrouxamento.
1-11
Fixação
• Vários pontos do chassi (Parafusos incorporados às arruelas também são disponíveis.)
• Nos pontos importantes do chassi – Porcas do ponto de
articulação do PRO-LINK
– Porcas dos eixos
• Ajustadores da corrente
• Ajustadores dos cabos (Elas são usadas também para instalar ou remover os prisioneiros)
• Nos pontos importantes da parte interna do motor – Porca-trava da embreagem – Porca-trava da engrenagem
primária
• Parafusos do pinhão
ARRUELA DE PRESSÃO
PLACA DE MOLA
PORCA
ARRUELA DE PRESSÃO
ARRUELA LISA
CONTRAPORCA
PORCA DE AJUSTE
ARRUELA DE PRESSÃO TIPO CÔNICO
• Não utilize as arruelas de pressão que perderam a elasticidade ou estão deformadas ou excêntricas.
• Um torque excessivo abrirá ou deformará a arruela tornando-a sem efeito.
• Use um tamanho adequado para o diâmetro da rosca ou pontos sextavados.
• Quando utilizar a arruela lisa, coloque sempre a arruela de pressão entre a porca e a arruela lisa.
• Evite utilizar as porcas com as placas de molas deformadas ou danificadas.
• A cabeça do parafuso ou do eixo deve ser fixada durante a instalação e a remoção da porca devido à resistência da placa de mola contra o parafuso.
• Se o comprimento do parafuso for muito curto, a parte da placa de mola da porca não encaixará completamente nas roscas.
• Segure a porca de ajuste firmemente e aperte a contraporca.
• Qualquer tentativa de afrouxar as duas porcas (porca de ajuste e contraporca) simultaneamente danificará as roscas das porcas.
• A instalação incorreta diminui a eficiência da trava. Instale as arruelas cônicas sempre com suas marcas “OUT SIDE” voltadas para fora. Se não possuir a marca, monte a arruela cônica de pressão conforme mostra a ilustração abaixo.
• Não utilize se ela estiver deformada ou danificada.
• Quando utilizar uma porca chanfrada somente de
um lado, instale a porca com o lado chanfrado voltado para a arruela cônica como mostra a ilustração abaixo.
CONTRA PORCA
BORDA CHANFRADA
O
U
T
S
I
D
E
INFORMAÇÕES GERAIS
1-12
Tipos de Elementos de Fixação Aplicação Precaução
5. PLACA DE TRAVA COM LINGÜETA
Dobre as lingüetas (garras) sobre a face plana ou na ranhura da porca para travar a porca ou a cabeça do parafuso.
6. PORCA-CASTELO
Introduza a cupilha pelo orifício do parafuso e pela ranhura da porca para travar a porca.
7. PINO-TRAVA/CUPILHA
Introduza o pino-trava ou a cupilha no orifício do parafuso para evitar que a porca se afrouxe.
• Os pontos importantes da parte interna do motor
– Porca-trava da embreagem
• Os pontos importantes de segurança do chassi
– Porca do rolamento superior
da coluna de direção
– Porcas da coroa
• Os pontos importantes de segurança do chassi
– Porca do eixo – Braço de ancoragem do
freio
• Os pontos importantes de segurança do chassi
– Vareta do freio
• Certifique-se de que a lingüeta esteja travando corretamente a porca.
• As operações repetidas de dobrar/desempenar danificarão a lingüeta. Substitua a placa de trava por uma nova sempre que ela for removida.
• Alinhe a lingüeta com a porca perfeitamente quando o torque correto é aplicado, ou então a porca deve ser apertada um pouco mais até alinhar com a lingüeta.
• Não alinhe a porca com a lingüeta da trava com o torque menor do que o especificado.
• As operações repetidas de dobrar/desempenar danificam as cupilhas. Sempre utilize uma cupilha nova durante a montagem.
• Aperte a porca até o torque especificado. Em seguida alinhe o orifício do parafuso com a ranhura da porca, apertando a porca um pouco além do torque especificado.
• Não alinhe o orifício do parafuso e a ranhura da porca com o torque menor do que o especificado.
• Dobre as cupilhas como mostra a figura abaixo.
• As operações repetidas de dobrar/desempenar danificam as cupilhas. Sempre utilize uma cupilha nova durante a montagem. Entretanto, o pino-trava pode ser reutilizado. Substitua o pino­trava por um novo se ele deformar ou danificar.
• Quando utilizar uma cupilha ou pino-trava nos componentes da roda ou da suspensão, instale o pino com a cabeça voltada para a dianteira da motocicleta. Se instalar a cupilha ou pino na direção contrária, os pinos podem ser dobrados e eventualmente quebrados, desprendendo-se da motocicleta devido ao impacto com os outros objetos estacionários ou com as pedras atiradas. Certifique-se de que as cupilhas estejam dobradas corretamente como mostra a figura abaixo.
• Coloque a cabeça do pino em qualquer posição dentro da faixa A mostrada acima.
A
A
CERTO
CERTO ERRADO
ERRADO
CERTO
ERRADO
CUPILHA
PINO­TRAVA
DIANTEIRA
CERTO
ERRADO
INFORMAÇÕES GERAIS
1-13
Tipos de Elementos de Fixação Aplicação Precaução
8. PORCA-TRAVA COM LINGÜETA
Alinhe a lingüeta da porca com a ranhura do eixo e dobre a lingüeta para dentro da ranhura.
9. TRAVA QUÍMICA
Aplique trava química às roscas do parafuso para evitar o afrouxamento.
10. PARAFUSO UBS
As roscas são pressionadas pela reação da flange inclinada do parafuso.
• Nos pontos importantes da parte interna do motor – Porca-trava do cubo da
embreagem
• Limitador do rolamento da roda
• Posicionador de marchas
• Pontos rotativos da parte interna do motor, os pontos que se afrouxarem, podem entrar em contato com as peças giratórias – Parafuso da bobina do
estator
– Parafusos do limitador de
rolamento
– Parafuso do posicionador de
marchas
• Chassi – Parafuso Allen do
amortecedor dianteiro
– Parafusos do disco de freio
• São usados nas áreas críticas do motor e chassi onde não pode ser utilizada uma contraporca Motor; – Cilindro – Cabeçote
• Chassi; – Pedal de apoio – Suporte
• Durante a desmontagem, desempene a lingüeta antes de soltar a porca.
• Substitua a porca se a dobra anterior da lingüeta alinhar com a ranhura do eixo, após o aperto da porca até o torque especificado.
• Depois de apertar a porca até o torque especificado, dobre a lingüeta da porca batendo-a levemente para dentro da ranhura do eixo. Certifique-se de que a lingüeta da porca ocupa pelo menos 2/3 da profundeza da ranhura.
• Aplicação de trava química aumenta o torque de desaperto. Tenha cuidado para não danificar o parafuso durante a remoção.
• Antes de aplicar a trava química, limpe completamente o óleo ou resíduo adesivo que permanece nas roscas e seque-as completamente.
• Aplicação excessiva de trava química pode danificar a rosca ou quebrar o parafuso durante a remoção. Aplicando uma pequena quantidade à extremidade das roscas do parafuso, a trava química será distribuída totalmente ao rosquear o parafuso.
• A superfície onde assenta a flange do parafuso deve ser plana e uniforme.
APLIQUE TRAVA QUÍMICA
PONTO DE TRAVA
1-14

SUBSTITUIÇÃO DO ROLAMENTO DE ESFERAS

REMOÇÃO DO ROLAMENTO DE ESFERAS
Os rolamentos de esferas são removidos usando ferramentas que aplicam a força em uma ou duas pistas de esferas. Se apli­car a força somente em uma pista (interna ou externa), o rola­mento será danificado durante a remoção e deve ser substituí­do. Se a força for aplicada a ambas as pistas igualmente, o rola­mento pode ser reutifizado.
Se o rolamento estiver instalado em um orifício blindado na car­caça do motor e não pode ser removido golpeando pelo lado oposto, remova-o com um extrator de rolamento.
a
Não reutilize os rolamentos que foram removidos.
• Use o extrator de rolamento com as roscas do eixo en­caixadas corretamente. Um ajuste incorreto pode danífi­car as roscas.
• Substitua o extrator se estiver gasto ou danificado.
Se o uso do extrator não for possível, remova o rolamento por di­latação térmica do alojamento, aquecendo o alojamento lenta­mente e uniformemente com um aquecedor (secador industrial).
c
a
O uso de maçarico para aquecer a carcaça pode causar a deformação da mesma.
Para evitar a queimadura, use luvas de proteção ao ma­nusear as peças aquecidas.
Remova o rolamento do eixo utilizando um extrator. Não reutilize o rolamento que foi removido com o extrator aplicado somente à pista externa.
INFORMAÇÕES GERAIS
GUIA
EIXO
EIXO
PESO DO EXTRATOR
CABO
PISTA EXTERNA
PISTA INTERNA
PODE SER REUTILIZADO
NÃO REUTI­LIZE
EXTRATOR
EXTRATOR
AQUECEDOR
F. E.
F. E.
F. E.
EXTRATOR DE ROLAMENTO
F. E.
INFORMAÇÕES GERAIS
1-15
Remova o rolamento da roda usando um eixo e um cabeçote do extrator.
Não reutilize o rolamento removido.
INSTALAÇÃO DOS ROLAMENTOS DE ESFERAS
Limpe o alojamento do rolamento antes de instalá-lo para asse­gurar que ele esteja isento de pó e outras sujeiras.
Preste muita atenção quanto à posição de instalação do rola­mento. Os rolamentos de esferas são sempre instalados com o nome do fabricante e o código de medida voltados para fora.
Isto vale para rolamentos abertos, selados simples e selados du­plos.
Aplique a graxa no rolamento antes da remontagem. Instale o rolamento utilizando o instalador, a guia e o cabo.
a
Substitua a carcaça se o rolamento novo não assentar firmemen­te no seu alojamento.
a
Para instalar o rolamento em um eixo, a força deve ser aplicada na pista interna do rolamento com a guia interna e o cabo da guia interna.
Limpe completamente o alojamento do rolamento antes de insta­lar um rolamento novo.
a
Substitua o eixo se o rolamento novo não assentar firmemente no eixo.
a
Uma instalação incorreta do rolamento no eixo pode da­nificar o rolamento.
O alojamento do rolamento sujo ou uma instalação incor­reta pode resultar em funcionamento defeituoso do rola­mento.
Não utilize a guia do rolamento para instalá-lo se houver uma placa de guia de óleo na parte interna do rolamento. Antes de remover o rolamento, verifique se pode ou não utilizar a guia do rolamento.
O alojamento do rolamento sujo ou uma instalação incor­reta pode resultar em funcionamento defeituoso do rola­mento.
EIXO DO EXTRATOR
CABEÇOTE DO EXTRATOR
F. E.
F. E.
F. E.
PISTA INTERNA
NOME DO FABRICANTE/ Nº DO ROLAMENTO
CABO
F. E.
F. E.
F. E.
INSTALADOR
GUIA
GUIA
PISTAS DO ROLAMENTO
APLIQUE GRAXA ANTES DE MONTAR
PISTA EXTERNA
PLACA DE GUIA DE ÓLEO
INSTALADOR INTERNO
1-16
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

2. MANUTENÇÃO

TUBOS DE COMBUSTÍVEL 2-2 TELA DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL 2-2 FUNCIONAMENTO DO ACELERADOR 2-3 BOMBA DE ÓLEO E TUBOS DE ÓLEO 2-4
(para motocicletas de 2 tempos com alimentação de óleo separado)
AFOGADOR 2-5 FILTRO DE AR 2-6 TUBO DE DRENAGEM DA CARCAÇA
DO FILTRO DE AR (motocicletas off-road) 2-7
RESPIRO DO MOTOR 2-7 VELA DE IGNIÇÃO 2-8 FOLGA DAS VÁLVULAS 2-9 ÓLEO DO MOTOR 2-11 FILTRO DE ÓLEO DO MOTOR 2-13 TELA DO FILTRO DE ÓLEO
DO MOTOR 2-14 DESCARBONIZAÇÃO 2-15
(motor de 2 tempos) SINCRONIZAÇÃO DOS CARBURADORES 2-16 MARCHA LENTA 2-17 LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO DO
RADIADOR 2-17 SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO 2-18 SISTEMA DE SUPRIMENTO DE AR 2-19
SECUNDÁRIO (aplicável aos modelos com sistema de controle de emissões)
SISTEMA DE CONTROLE DE EMISSÃO 2-19 EVAPORATIVA (aplicável aos modelos com controle de emissões)
ÓLEO DE TRANSMISSÃO 2-20 (motor de 2 tempos)
CORRENTE DE TRANSMISSÃO 2-21 CURSOR DA CORRENTE DE
TRANSMISSÃO/GUIA DA CORRENTE/ CURSOR DA GUIA E ROLETES 2-24
CORREIA DE TRANSMISSÃO 2-24 FILTRO DE AR DA CARCAÇA
DA CORREIA 2-25 NÍVEL DE ÓLEO DA TRANSMISSÃO
FINAL 2-25 BATERIA 2-26 FLUIDO DO FREIO 2-27 DESGASTE DA SAPATA DO FREIO 2-28 DESGASTE DAS PASTILHAS DO FREIO 2-28 SISTEMA DO FREIO 2-29 INTERRUPTORES DA LUZ DO FREIO 2-30 FACHO DE LUZ DO FAROL 2-31 SISTEMA DE EMBREAGEM 2-31 CAVALETE LATERAL 2-33 SUSPENSÃO 2-34 PARAFUSOS/PORCAS/ELEMENTOS
DE FIXAÇÃO 2-35 RODAS/PNEUS 2-36 ROLAMENTOS DA COLUNA
DE DIREÇÃO 2-38 ALINHAMENTO DAS RODAS (TRX) 2-38
NOTA
Este capítulo descreve os serviços de inspeção e ajustes normais necessários para manter o veículo em ótimas condições de uso. Efetue esta manutenção de acordo com o período estabelecido na tabela de manutenção. Consulte o manual de serviços do modelo específico para obter o período correto de manutenção e os itens aplicáveis.
2-1
2
2-2

TUBOS DE COMBUSTÍVEL

Verifique o tubo de combustível quanto a: – Vazamento de combustível. – Presilha do tubo solta ou posicionamento incorreto. – Tubos deteriorados ou danificados. Substitua as peças com defeito.

TELA DO FILTRO DE COMBUSTÍVEL

Coloque a válvula de combustível na posição OFF. Remova o copo do filtro da válvula de combustível e drene o combustível em um recipiente.
c
Trabalhe em uma área bem ventilada. Mantenha os cigarros acesos, chamas ou faíscas distantes da área de trabalho ou qualquer área onde a gasolina é armazenada.
Remova o anel de vedação e a tela do filtro de combustível. Limpe o copo e a tela do filtro com solvente não inflamável ou
com baixo ponto de inflamação. Substitua o anel de vedação por um novo. Reinstale a tela do filtro, o anel de vedação e o copo e em segui-
da aperte o copo de acordo com o torque especificado.
a
Coloque a válvula de combustível na posição “ON” e certifique­se de que não há vazamentos.
Apertar excessivamente o copo de combustível pode da­nificar ou deformar o anel de vedação causando o vaza­mento de combustível.
A gasolina é extremamente inflamável e até explosiva sob certas condições.
MANUTENÇÃO
COPO DO FILTRO
TUBOS DE COMBUSTÍVEL
VÁLVULA DE COMBUSTÍVEL
ANEL DE VEDAÇÃO
TELA DO FILTRO
NOVO
MANUTENÇÃO
2-3

FUNCIONAMENTO DO ACELERADOR

Verifique se há deterioração ou danos no cabo do acelerador. Certifique-se de que a manopla do acelerador retorna automati-
camente para a posição completamente fechada em todas as posições de manobra.
Se a manopla do acelerador não retornar corretamente, lubrifi­que o cabo do acelerador, inspecione e lubrifique a carcaça da manopla do acelerador. Se a manopla do acelerador ainda não retornar corretamente, o cabo deve ser substituído.
Mantenha o motor em marcha lenta e vire o guidão para direita e esquerda para certificar-se de que a rotação da marcha lenta não se altera em todas as posições de manobra. Se a rotação de marcha lenta aumentar, verifique a folga da ma­nopla do acelerador e a conexão do cabo.
c
A folga da manopla do acelerador deve ser verificada e ajusta­da como segue:
A folga da manopla do acelerador está correta se houver uma quantidade especificada de folga no movimento circunferencial do flange da manopla do acelerador.
A reutilização do cabo do acelerador danificado, com tor­ção anormal ou dobrado pode interferir no curso normal de funcionamento do cabo e pode provocar a perda de controle do acelerador durante a rodagem.
A folga da alavanca do acelerador está correta se houver uma quantidade especificada de folga na extremidade da alavanca.
Os ajustes menores da folga podem ser obtidos por meio do ajustador superior localizado na proximidade da manopla.
Solte a contraporca e gire o ajustador no sentido desejado até obter a folga correta. Aperte a contraporca em seguida. Se o ajustador tiver uma capa, recoloque-a corretamente após o ajuste.
Os ajustes maiores são obtidos no carburador, na extremidade do cabo.
No carburador com o acelerador do tipo abertura/fechamento forçado, o ajuste da folga deve ser feito no cabo de tração, afrouxando a contraporca e girando o ajustador.
Aperte a contraporca após o ajuste da folga.
ACELERADOR DO TIPO MANOPLA
ACELERADOR DO TIPO ALAVANCA
FOLGA
CONTRAPORCA AJUSTADOR
AJUSTADOR AJUSTADOR
CONTRA PORCA
FOLGA
2-4
Se o cabo do acelerador tiver um ajustador na posição interme­diária entre a manopla e o carburador, os ajustes maiores de­vem ser feitos neste ajustador.
Ajuste a folga soltando a contraporca e girando o ajustador. Após efetuar o ajuste, aperte a contraporca. Se o ajustador tiver uma capa, recoloque-a corretamente após
efetuar o ajuste.

BOMBA DE ÓLEO E TUBOS DE ÓLEO

(para motores de 2 tempos com alimentação de óleo separado)
A alimentação de óleo, em alguns motores de 2 tempos, é con­trolada por um cabo do acelerador que está acoplado a uma bomba de óleo. A passagem de óleo é regulada, na relação direta com o movi­mento e a posição do acelerador, por um cabo combinado de controle de óleo/ acelerador que movimenta simultaneamente o cursor de aceleração no carburador e o braço de controle na bomba de óleo.
Quando o cabo interno de controle de óleo estica, altera a quan­tidade de fluxo de óleo em relação à abertura do acelerador e portanto há necessidade de inspecionar e reajustar o cabo pe­riodicamente.
Na bomba de óleo há marcas de referência no braço de contro­le e na carcaça da bomba para efetuar o ajuste do cabo. Con­sulte o manual de serviços do Modelo Especifico (para casos específicos).
Tubo de óleo
Verifique se há vazamentos no tubo de óleo, ou deterioração ou danos. Substitua a peça se for necessário.
Filtro de óleo
Solte a presilha do tubo localizado na parte inferior do tanque de óleo.
Drene o óleo em um recipiente apropriado. Remova a junção do filtro de óleo da parte inferior do tanque de
óleo. Remova a tela do filtro de óleo.
MANUTENÇÃO
JUNÇÃO
CABO DO ACELERADOR
CARBURADOR
AJUSTADOR
CONTRAPORCA
CABO DO ACELERADOR
CAIXA DE JUNÇÃO
BRAÇO DE CONTROLE
CABO DE CONTROLE DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
FILTRO DE ÓLEO
JUNÇÃO DO FILTRO DE ÓLEO
PRESILHA
TUBO DE ÓLEO
MANUTENÇÃO
2-5
Limpe a tela do filtro de óleo com ar comprimido. Para instalar a tela do filtro, siga a ordem inversa da remoção. Após abastecer o tanque de óleo do motor 2 tempos, não es-
queça de retirar o ar do tubo e da bomba de óleo (veja a página 4-11).
NOTA

AFOGADOR

AFOGADOR MANUAL
No sistema de afogador manual, verifique se a alavanca (ou bo­tão) do afogador abre e fecha completamente.
Verifique se o cabo do afogador está torcido ou danificado e toda sua extensão.
c
Certifique-se de que o movimento do cabo está correto, operan­do o afogador manualmente.
Verifique se há uma folga de no máximo 1-2 mm no cabo interno do afogador empurrando a extremidade inferior do cabo com o dedo e com a alavanca do afogador na posição OFF.
Se a folga não for suficiente, solte o parafuso da presilha do cabo e ajuste a folga do cabo interno alterando a posição do cabo externo. Após efetuar o ajuste, aperte o parafuso da presi­lha firmemente.
AFOGADOR BYSTARTER
O funcionamento do afogador de uma motocicleta equipada com o sistema de afogador automático bystarter pode ser inspe­cionado, verificando as condições de partida e o rendimento do motor.
NOTA
Quando ocorrerem os sintomas mencionados acima, inspecio­ne, o sistema de afogador de acordo com o procedimento des­crito no Manual de Serviços Específicos. Não encontrando qual­quer anormalidade, inspecione os outros itens descritos na lista de diagnóstico de defeitos.
• Dificuldade em dar a partida com motor frio (com o motor aquecido a partida é fácil): a válvula de partida não está completamente aberta (OFF)
• A marcha lenta é irregular mesmo após o aquecimento do motor (combustão imperfeita): a válvula de partida não está completamente fechada (ON).
A reutilização do cabo do acelerador danificado, com tor­ção anormal ou dobrado pode interferir no curso normal de funcionamento do cabo e pode provocar a perda de controle do acelerador durante a rodagem.
Verifique cada peça quanto a vazamento após terminar a lim­peza do filtro de óleo e o procedimento de sangria do ar do tubo e da bomba de óleo.
CABO INTERNO DO AFOGADOR
TELA DO FILTRO DE ÓLEO
ALAVANCA DO AFOGADOR
OFF
ON
PRESILHA DO CABO
2-6

FILTRO DE AR

Quando o elemento do filtro de ar estiver sujo, a mistura ar/com­bustível se torna muito rica.
A limpeza ou substituição periódica do elemento do filtro é ne­cessária. Veículos utilizados nas áreas com muita poeira reque­rem os serviços de manutenção com mais freqüência.
Ao substituir o elemento do filtro de ar, tome cuidado nos se­guintes pontos:
NOTA
• Para os filtros de ar que dispõem de um vedador de borra­cha na sua junção, aplique uma pequena camada de graxa no vedador para melhorar a vedação do sistema.
• Certifique-se de que o filtro de ar e o suporte estão fixados firmemente e que não há sujeira ou pó.
Elemento de espuma poliuretano banhado em óleo
Remova o elemento do filtro de ar do suporte e lave-o com sol­vente não inflamável e deixe-o secar bem.
c
a
Certifique-se de que o elemento está completamente seco antes de aplicar óleo. Caso contrário, o óleo será diluído por solvente e diminuirá a capacidade de filtração.
Aplique óleo de transmissão (SAE 80-90) no elemento até satu­rá-lo e retire o excesso de óleo espremendo-o.
a
O uso de óleo no filtro de ar é muito importante para evi­tar o desgaste prematuro do motor quando a motocicleta é utilizada em áreas com muita poeira. Aplique o óleo em toda superfície do elemento do filtro de ar e esfregue-o com as mãos até saturar o elemento com óleo. Retire o excesso de óleo.
Limpar o elemento do filtro de ar com gasolina ou qual­quer substância ácida, alcalina ou orgânica, óleo tipo vo­látil pode causar ignição incorreta, deterioração do ele­mento ou então pode soltar os elementos adesivos.
O uso de gasolina ou solventes inflamáveis para limpar as peças pode resultar em incêndios ou explosões.
MANUTENÇÃO
(óleo para transmissão SAE # 80 - 90 para 4 tempos
e óleo de 2 tempos HONDA para motor de 2 tempos)
TAMPA DO FILTRO DE AR
CARCAÇA DO FILTRO DE AR
CARBURADOR
TUBO DE CONEXÃO
ELEMENTO
LAVE COM SOLVENTE
DEIXE SECAR
APLIQUE ÓLEO
RETIRE O EXCESSO
ESPREMA
ÓLEO
MANUTENÇÃO
2-7
Elemento de papel
Se a superfície do elemento estiver suja, remova o pó primeira­mente batendo-o levemente. Em seguida retire as sujeiras res­tantes nas superfícies do elemento aplicando o jato de ar com­primido pela parte de dentro (lado do carburador).
Elemento de papel viscoso
Este tipo de elemento de papel não pode efetuar a limpeza pois contém adesivo de pó. O elemento do filtro de ar deve ser subs­tituído periodicamente.

TUBO DE DRENAGEM DA CARCAÇA DO FILTRO DE AR

(motocicleta off-road)
Solte a presilha, remova o tubo de drenagem e retire em um re­cipiente apropriado as sujeiras ou fluidos acumulados da carca­ça do filtro de ar.
Verifique se o tubo de drenagem está danificado e substitua-o se for necessário. Reinstale o tubo de drenagem e fixe-o com a presilha.

RESPIRO DO MOTOR

Em algumas motocicletas, os motores são equipados com o sis­tema de respiro fechado para evitar a descarga de emissão de gases na atmosfera. Os gases do cilindro são devolvidos para a câmara de combustão através do filtro de ar e do carburador.
Dentro do sistema é necessário um separador de respiro para evitar a entrada de umidade no motor. O vapor passa pelo filtro de ar e volta para o motor para ser queimado. A umidade é cole­tada no tubo fechado. Periodicamente, é necessário remover o bujão de drenagem do tubo e drenar os depósitos em um reci­piente apropriado. Reinstale o bujão de drenagem.
Uma parte do tubo de drenagem é transparente para que a acu­mulação de depósitos seja visível.
ELEMENTO
CARCAÇA DO FILTRO DE AR
TUBO DE DRENAGEM
PRESILHA
CARBURADOR FILTRO DE AR
SEPARADOR
TUBO DE DRENAGEM
BUJÃO DE DRENAGEM
2-8

VELA DE IGNIÇÃO

NOTA
Retire o supressor de ruídos, remova a vela de ignição e inspe­cione ou substitua de acordo com a descrição da tabela de ma­nutenção do Manual de Serviço do Modelo Específico.
Inspeção
Verifique os itens abaixo e substitua-os se for necessário
• Isolador danificado
• Desgaste dos eletrodos
• Verifique a condição de combustão pela cor:
– Uma cor entre escuro e marrom claro indica boas condições. – Uma cor excessivamente clara indica o ponto de ignição in-
correto ou mistura pobre.
Limpe as proximidades do assento da vela de ignição com ar comprimido antes de removê-lo, para evitar que entre sujeira na câmara de combustão.
REUTILIZAÇÃO DE UMA VELA DE IGNIÇÃO
Limpe os eletrodos da vela de ignição com escova de aço ou jato de areia.
Verifique a folga entre os eletrodos central e lateral com lâmina calibradora. Se a folga estiver incorreta, ajuste-a dobrando o eletrodo lateral.
Reinstale a vela de ignição no cabeçote e aperte-a com a mão. Em seguida dê o aperto final com a chave de vela.
a
SUBSTITUIÇÃO DE UMA VELA DE IGNIÇÃO
No caso de uma vela de ignição nova, ajuste a folga com cálibre de lâminas. Instale a vela de ignição e aperte-a manualmente e em seguida aperte-a com a chave de vela aproximadamente 1/4 de volta após a arruela de vedação encostar no assento do orifí­cio da vela. As velas usadas devem ser apertadas até o torque especificado.
Não aperte excessivamente a vela de ignição.
a
O aperto excessivo na vela de ignição pode danificar o cabeçote. Certifique-se de que o torque aplicado à vela de ignição esteja correto.
• Certifique-se de que não há sujeira no assento da vela de ignição antes de instalá-la.
• Para evitar danos no cabeçote, aperte a vela de ignição com a mão antes de utilizar a chave de vela para dar o aperto final até o torque especificado.
MANUTENÇÃO
ARRUELA DE VEDAÇÃO
ELETRODO CENTRAL
ELETRODO LATERAL
ISOLADOR
ELETRODO LATERAL
FOLGA
MANUTENÇÃO
2-9

FOLGA DAS VÁLVULAS

As motocicletas equipadas com os ajustadores hidráulicos auto­máticos (tucho hidráulico) não necessitam de ajuste de folga das válvulas. Entretanto, é necessário uma folga adequada entre as válvulas de admissão e escape e os mecanismos de abertura e fechamento das válvulas em todos os motores de 4 tempos restantes. Essa folga tolera a alteração de tamanho da válvula devido à dilatação térmica provocada pelo calor transmitido da câmara de combustão para a válvula.
Se a folga for excessiva, isto pode resultar em ruídos no motor. Se a folga for muito pequena, a válvula será empurrada durante o período em que o motor estiver com a temperatura elevada, pro­vocando a queda de pressão de compressão e resultando em marcha lenta irregular ou eventualmente queima das válvulas.
NOTA
A inspeção e o ajuste da folga das válvulas devem ser efetua­dos com o pistão no ponto morto superior na fase de compres­são. Esta posição pode ser determinada verificando se os ba­lancins estão soltos quando a marca “T” do rotor do alternador estiver alinhada com a marca de referência fixa da tampa da carcaça do motor. Se estiverem presos, é porque o pistão está movendo da fase de escape para o ponto morto superior. Gire o rotor uma volta completa e faça coincidir novamente a marca “T” com a marca de referência fixa. O pistão estará na fase de com­pressão. Nos motores de 4 cilindros em linha com a ordem de ignição 1-2-4-3, a inspeção da folga das válvulas pode ser realizada gi­rando a árvore de manivelas duas vezes. Depois de efetuar os procedimentos acima corretamente, a inspeção e o ajuste de to­dos os cilindros estão completos.
(Nos motores de 4 cilindros em linha são numerados os cilindros 1-2-3-4 começando pelo lado esquerdo)
Nos motores V-twin e V-4, a inspeção e o ajuste são efetuados colocando cada cilindro na fase de compressão, no ponto morto superior.
Pistão no ponto
morto superior Número do cilindro
na fase de
compressão
# 1 # 2 # 3 # 4 # 1 ADM/ESC ESC ADM — # 4 ADM ESC ADM/ESC
Inspecione e ajuste a válvula com o motor frio (abaixo de 35° C)
PARAFUSO DE AJUSTE
FOLGA DA VÁLVULA
CONTRA PORCA
FOLGA DA VÁLVULA
MARCA DE REFERÊNCIA
ÁRVORE DE MANIVELAS
ÁRVORE DE MANIVELAS
MARCA DE REFERÊNCIA
MARCA “T”
MARCA “T”
2-10
O ajuste da folga das válvulas está correto quando o cálibre de lâ­minas de espessura especificada penetra entre o parafuso de ajuste e a haste da válvula e outras lâminas maiores não penetram.
NOTA
A inspeção da folga das válvulas nos motores com ajustadores comuns do tipo parafuso é efetuada introduzindo o cálibre de lâ­minas diretamente entre a extremidade da haste da válvula e o parafuso de ajuste.
Nas motocicletas que têm um mecanismo de descompressor que suspende a válvula quando dá a partida no motor, deve­se efetuar o ajuste do mecanismo de descompressor primeiro para proporcionar uma inspeção de folga das válvulas correta.
Nos motores do tipo junta articulada em um lado, a folga é ins­pecionada introduzindo-se o cálibre de lâminas entre o balancim e o comando.
Nos motores do tipo empuxo direto com tucho de válvulas, a fol­ga entre o ressalto do comando e o tucho ou pastilha é inspecio­nada com um cálibre de lâminas.
Se necessitar de ajuste, solte a contraporca e o parafuso de ajus­te e introduza o cálibre de lâminas com espessura especificada. O valor correto das folgas das válvulas de admissão e escape está descrito no Manual de Serviços do Modelo Específico.
Gire o parafuso de ajuste até que haja uma pequena pressão sobre o cálibre de lâminas.
Com o cálibre de lâminas introduzido e tomando o cuidado de não girar o parafuso de ajuste, aperte a contraporca até o torque especificado.
a
Utilize sempre as ferramentas especiais especificadas para o
ajuste da válvula.
Uma contraporca apertada incorretamente pode soltar-se e causar danos ao motor.
MANUTENÇÃO
CÁLIBRE DE LÂMINAS
PARAFUSO DE AJUSTE
RESSALTO DO COMANDO
CÁLIBRE DE LÂMINAS
CÁLIBRE DE LÂMINAS
HASTE DA VÁLVULA
BALANCIM
TUCHO
RESSALTO DO COMANDO
PARAFUSO DE AJUSTE
CONTRAPORCA
AJUSTADOR
FERRAMENTA
PASTILHA DE AJUSTE
F. E.
F. E.
MANUTENÇÃO
2-11
Durante o aperto da contraporca poderá haver alterações na fol­ga das válvulas. Portanto verifique novamente a folga depois de apertar a contraporca.
O ajuste está correto se houver uma pequena dificuldade para retirar o cálibre de lâminas. Se a pressão sobre o cálibre de lâ­minas for muito grande ou muito pequena, reajuste a folga das válvulas.
Nos casos dos tuchos de válvulas dos motores do tipo empuxo direto, substitua a pastilha e ajuste a folga da válvula. Consulte o Manual de Serviços do Modelo Específico para obter um proce­dimento correto para ajustar a folga das válvulas.

ÓLEO DO MOTOR

NOTA
Motores de 4 tempos com cárter banhado de óleo:
Ligue o motor e deixe-o na rotação de marcha lenta por alguns minutos.
Desligue o motor, remova o medidor de nível de óleo e limpe-o com um pano seco.
Dois ou três minutos após a parada do motor, com a motoci­cleta em posição vertical, introduza o medidor no motor sem rosqueá-lo.
O motor contém a quantidade suficiente de óleo se o nível esti­ver entre as marcas superior e inferior do medidor.
Se o nível de óleo estiver próximo ou abaixo da marca inferior, adicione o óleo recomendado até a marca superior do medidor.
Consulte o Manual de Serviços do Modelo Específico para obter o óleo recomendado.
• Não rosqueie o medidor do nível de óleo durante a inspeção do nível de óleo.
• Apóie a motocicleta na posição vertical em local plano para inspecionar o nível de óleo, caso contrário não obterá o ní­vel de óleo correto.
• Como o óleo é consumido gradualmente, é necessário veri­ficar periodicamente o nível de óleo e completar até o nível correto.
• Se o nível de óleo estiver muito alto, o rendimento do motor e a atuação da embreagem podem ser afetados. Nível de óleo muito baixo pode causar superaquecimento no motor e desgaste prematuro em várias peças.
• Não misture óleo de marcas e viscosidades diferentes ou óleo de baixa qualidade; isso reduzirá a capacidade de lubri­ficação.
• Verifique o nível de óleo só após ligar o motor e circular to­talmente o óleo no motor. Este procedimento é importante principalmente para os motores com cárter seco devido à variação muito grande no nível do óleo.
TIPO EMPUXO DIRETO
PASTILHA
MEDIDOR DO NÍVEL DE ÓLEO
NÃO ROSQUEIE
MARCA SUPERIOR
MARCA INFERIOR
2-12
Motores de 4 tempos com cárter seco:
Dê a partida no motor e deixe o óleo aquecer totalmente.
NOTA
Não acelere o motor antes de inspecionar o nível de óleo no tanque, a medição da quantidade de óleo será incorreta.
Deixe o motor em marcha lenta durante cerca de 3 minutos e desligue o motor. Remova o medidor de nível de óleo imediata­mente e limpe-o com um pano. Com a motocicleta na posição vertical em local plano, verifique o nível de óleo introduzindo o medidor no tanque de óleo sem rosqueá-lo.
O motor contém a quantidade suficiente de óleo se o nível de óleo estiver entre as marcas superior e inferior do medidor.
Se o nível de óleo estiver próximo ou abaixo da marca inferior, adicione o óleo recomendado até a marca superior.
Consulte o Manual de Serviços Específico do modelo para obter o óleo recomendado.
Inspeção do vazamento:
Certifique-se de que não há vazamento de óleo em nenhuma parte do motor, nos tubos e mangueiras, etc. Se detectar vazamento de óleo, efetue o serviço de manutenção para eliminar o problema.
Troca de óleo:
Nos motores de 4 tempos depósitos podem ser formados devi­do em parte ao gás que passa pelos anéis do pistão e como os compostos da gasolina contaminam o óleo, enfraquecem a ca­racterística do óleo. Para aliviar este problema de contaminação, troque o óleo periodicamente.
Nos motores novos, pelo fato de as superfícies das peças se friccionarem entre si pela primeira vez, uma quantidade notável de partículas metálicas circula com óleo no motor durante os pri­meiros períodos de uso. Portanto, é extremamente importante trocar o óleo e o filtro de óleo ou limpar a tela do filtro de óleo no primeiro intervalo de ma­nutenção para prolongar a vida útil do motor.
Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo para ob­ter intervalos corretos para trocar o óleo.
NOTA
Drenar o óleo do motor enquanto este está quente é o méto­do mais eficiente e rápido.
MANUTENÇÃO
TANQUE DE ÓLEO
MEDIDOR
MANUTENÇÃO
2-13
Remova o medidor de nível de óleo ou a tampa de abastecimen­to para permitir uma drenagem rápida.
Remova o parafuso de drenagem de óleo da parte inferior da carcaça do motor e drene o óleo.
c
Após a drenagem completa de óleo, limpe e instale o parafuso de drenagem e a arruela de vedação e aperte-o até o torque es­pecificado.
NOTA
Substitua a arruela de vedação se estiver danificada.
O óleo do motor usado causa câncer na pele se permane­cer em contato com a pele por tempo prolongado, em­bora esta possibilidade seja remota se o óleo for usado diariamente. Mesmo assim, é aconselhável lavar as mãos completamente com sabão e água o mais rápido possível após manusear o óleo usado.
Abasteça o motor com óleo recomendado através do orifício do medidor de nível de óleo. Em alguns motores o orifício de abas­tecimento de óleo e a tampa são separados do medidor de nível de óleo.
Abasteça o motor com óleo, verificando o nível com o medidor até o óleo atingir a marca superior. Instale e aperte firmemente o medidor de nível de óleo após o reabastecimento.

FILTRO DE ÓLEO DO MOTOR

Partículas de sujeira ou limalhas de metal, que não foram filtra­das pela tela do filtro de óleo, são retidas no filtro de óleo de pa­pel. Quando o filtro está obstruído, o fluxo de óleo é reduzido e os contaminantes podem alcançar várias partes do motor pela passagem de alívio, causando desgastes prematuros e possí­veis danos.
CHAVE DO FILTRO DE ÓLEO
MEDIDOR DE NÍVEL DE ÓLEO
ARRUELA DE VEDAÇÃO
PARAFUSO DE DRENAGEM
MEDIDOR DO NÍVEL DE ÓLEO
MARCA SUPERIOR
PARAFUSO DE DRENAGEM
FILTRO DE ÓLEO
F. E.
2-14
Filtro de papel tipo cartucho
Os filtros de óleo tipo cartucho são removidos utilizando uma chave de filtro.
c
Limpe a área do filtro de óleo de motor com um pano limpo.
Aplique o óleo do motor levemente sobre o anel de vedação do filtro novo e instale o filtro no motor.
Aperte o filtro de óleo com a chave do filtro.
TORQUE: (Para cartucho pequeno): 10 N.m (1,0 kgm) (Para cartucho grande): 18 N.m (1,8 kg.m)
Certifique-se de que não há vazamentos de óleo ao funcionar o motor depois de abastecido com óleo recomendado até o nível correto.
Deixe ligado o motor cerca de um minuto; em seguida desligue­o e verifique cuidadosamente se há vazamentos.
O motor e as peças do sistema de escapamento ficam muito quentes e permanecem quentes por algum tempo mesmo após desligar o motor. Use luvas de proteção ou espere até o motor e o sistema de escapamento resfria­rem antes de manusear estas peças.
Filtro de papel tipo elemento
Remova a tampa do filtro de óleo e substitua o elemento do filtro. Reinstale a tampa do filtro com um anel de vedação novo.
NOTA
Abasteça o motor com óleo recomendado até o nível correto. Li­gue o motor e verifique se há vazamentos sempre que o óleo ou filtro for substituído.
• Instale o elemento com a borracha de vedação voltada para fora, certificando-se de que a mola está instalada entre o elemento e a carcaça do motor.
• Substitua o anel de vedação da tampa do filtro por um novo.

TELA DO FILTRO DE ÓLEO DO MOTOR

Verifique se há sujeiras ou detritos na tela do filtro de óleo que possam restringir a passagem de óleo. Remova e limpe a tela do filtro com solvente se encontrar qualquer depósito na tela. Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo para ob­ter informações dos procedimentos de remoção, limpeza e ins­talação da tela do filtro de óleo.
MANUTENÇÃO
TELA DO FILTRO DE ÓLEO
ANEL DE VEDAÇÃO
TAMPA DO FILTRO DE ÓLEO
BORRACHA DE VEDAÇÃO
ELEMENTO DO FILTRO
MOLA
ÓLEO
ANEL DE VEDAÇÃO
MANUTENÇÃO
2-15

DESCARBONIZAÇÃO

(motor de 2 tempos)
O acúmulo de depósitos de carvão ocorre mais rapidamente nos motores de 2 tempos do que nos motores de 4 tempos por­que os motores de 2 tempos queimam o óleo do motor. Se os depósitos de carvão não forem removidos periodicamente, a quantidade de depósitos de carvão aumenta, formando pontos quentes no cabeçote e na cabeça do pistão. Isto pode causar pré-ignição e conseqüentemente a perda de rendimento do mo­tor. O carvão acumulado na janela de escape impede a passa­gem dos gases, causando a queda de potência. Portanto, a re­moção do carvão acumulado deve ser efetuada de acordo com a tabela de manutenção do Manual de Serviços Específicos do Modelo.
a
Retire o cabeçote e remova o carvão da cabeça do pistão com o pistão posicionado no ponto morto superior.
Remova os depósitos de carvão da câmara de combustão. Retire o cilindro e remova os depósitos de carvão da camisa do
cilindro e da janela de escape. Remova completamente os depósitos de carvão remanescentes
no cilindro. Nos motores refrigerados a líquido, remova as partículas de car-
vão que tenham caído nas camisas do líquido de arrefecimento perto do cilindro com o ar comprimido.
Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo quanto a procedimentos de remoção e instalação do cilindro e cabeçote.
Ao remover o carvão, tenha cuidado para não danificar a câmara de combustão, o pistão a o cilindro.
CABEÇA DO PISTÃO
JANELA DE ESCAPE
CÂMARA DE COMBUSTÃO
2-16

SINCRONIZAÇÃO DOS CARBURADORES

NOTA
Remova os bujões de cada coletor de admissão e instale os
adaptadores do vacuômetro. Se a motocicleta é equipada com o registro automático de com-
bustível, desconecte a mangueira de vácuo do registro de com­bustível do coletor de admissão, provoque uma depressão no interior da mangueira com uma bomba de vácuo manual e pren­da a extremidade da mangueira com uma braçadeira como mostra a ilustração ao lado.
• A sincronização dos carburadores é necessária para ajustar a abertura da válvula do acelerador e para sincronizar o vá­cuo em cada carburador, sempre que 2 ou mais carburado­res são remontados.
• Sincronize os carburadores com o motor à temperatura nor­mal de funcionamento, a transmissão em ponto morto e a motocicleta apoiada no cavalete central.
• Os números dos carburadores coincidem com os números dos cilindros.
Conecte o vacuômetro.
1. Ajuste a rotação da marcha lenta. (Consulte o Manual de Ser­viços Específicos do Modelo)
2. Gire o parafuso de ajuste de modo que a diferença entre o vá­cuo do coletor de admissão do carburador base e o vácuo do coletor do outro carburador esteja abaixo do especificado. (Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo quan­to ao carburador base, localização dos parafusos de ajuste e a diferença de vácuo entre os carburadores).
3. Certifique-se de que a sincronização está estável, acelerando o motor várias vezes.
4. Repita as operações de 1 a 3 para cada carburador.
5 .Acelere o motor várias vezes e verifique novamente a rotação
da marcha lenta e a diferença de vácuo entre os carburadores.
MANUTENÇÃO
SINCRONIZAÇÃO DOS PARAFUSOS DE AJUSTE
BUJÃO
ADAPTADOR
BRAÇADEIRA
VACUÔMETRO
MANGUEIRA DE VÁCUO
F. E.
MANUTENÇÃO
2-17

MARCHA LENTA

Verifique se há barulho anormal enquanto o motor está na rota­ção de marcha lenta. Se detectado barulho, verifique com um estetoscópio para localizar a origem. Efetue a inspeção e a ma­nutenção de acordo com os resultados da verificação do baru­lho.
Verifique se a rotação do motor aumenta suavemente na marcha lenta. Verifique a rotação da marcha lenta e ajuste-a, se for ne­cessário, girando o parafuso de aceleração.
NOTA
• Verifique e ajuste a marcha lenta após aquecer o motor. Há diferenças na rotação de marcha lenta entre os motores quente e frio.
• Apóie a motocicleta no cavalete central ou na posição verti­cal em local plano para verificar e ajustar a marcha lenta. Se o veículo estiver inclinado, haverá flutuações na passagem do combustível do carburador que pode prejudicar a obten­ção de rotação de marcha lenta correta.

LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO DO RADIADOR

c
O líquido de arrefecimento evapora naturalmente, portanto verifi­que-o regularmente.
O líquido de arrefecimento é ao mesmo tempo anticongelante e anticorrosivo.
a
• Certifique-se de que a mistura do anticongelante e água destilada esteja correta para proteger o motor.
• Use somente água destilada. Água corrente pode cau­sar corrosão no motor.
• Espere até esfriar o motor antes de remover a tampa do radiador. Remover a tampa enquanto o motor está quente e o líquido sob alta pressão pode causar graves queimaduras.
• O líquido de arrefecimento do radiador é venenoso. Te­nha cuidado e evite o contato com os olhos, a pele ou as roupas.
• Se o líquido do radiador atingir os olhos, lave com bas­tante água várias vezes e procure assistência médica imediatamente.
• Se o líquido do radiador for acidentalmente ingerido, force o vômito e procure assistência médica imediata­mente.
• MANTENHA-O FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
PARAFUSO DE ACELERAÇÃO
TAMPA DO RADIADOR
BOMBA DE ÁGUA
TERMOSTATO
RESERVATÓRIO
RADIADOR
2-18
VERIFICAÇÃO DO NÍVEL DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO
Verifique sempre o nível do líquido de arrefecimento com a mo­tocicleta na posição vertical em local plano.
Verifique sempre o nível do líquido de arrefecimento no reserva­tório (não no radiador) após aquecer o motor.
Verifique se o nível do líquido de arrefecimento está entre as marcas superior e inferior do reservatório.
Se o nível estiver próximo ou abaixo da marca inferior, adicione uma mistura de 50/50 de anticongelante e água destilada até a marca superior. (Consulte o item PREPARAÇÃO DE MISTURA DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO na página 5-6).
Verifique se há vazamentos de líquido de arrefecimento quando diminuir o nível do líquido rapidamente.
Se o reservatório esvaziar completamente, há possibilidade de entrar ar no sistema de arrefecimento. Portanto, remova todo o ar do sistema de arrefecimento como está descrito na página 5-7.
NOTA
A eficácia do líquido de arrefecimento diminui com o acúmulo de ferrugem ou se houver alteração na proporção de mistura durante o uso. Portanto, para melhor rendimento, troque o lí­quido regularmente (consulte a página 5-6)

SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

c
Verifique se as passagens de ar estão obstruídas ou danifica­das. Endireite as aletas dobradas com uma chave de fenda pe­quena e remova os insetos, barro ou outras obstruções com ar comprimido ou água com baixa pressão. Substitua o radiador se a passagem de ar estiver restringindo mais de 1/3 da área das aletas.
Remova a carenagem e o tanque de combustível e verifique se há vazamentos de líquido na bomba de água, na mangueira de água e na junção das mangueiras.
Verifique se há deterioração ou danos nas mangueiras de água. Uma mangueira de borracha deteriora naturalmente com o tem­po devido ao calor e à reação do material. Se avançar muito o estado de deterioração da mangueira, ela poderá romper quan­do o sistema de refrigeração for submetido a alta pressão. Lim­pe a mangueira e verifique se há fissura ou quebra, apertando-a com a mão.
Para evitar acidente, mantenha as mãos e as roupas lon­ge do ventilador. Ele pode iniciar o giro automaticamente.
MANUTENÇÃO
MANGUEIRA DE ÁGUA
LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO
RESERVATÓRIO
MARCA SUPERIOR MARCA INFERIOR
ALETA DO RADIADOR
CINTA DA MANGUEIRA
MANUTENÇÃO
2-19

SISTEMA DE SUPRIMENTO DE AR SECUNDÁRIO

(Aplicável aos modelos com o sistema de controle de emissões)
c
NOTA
Verifique os tubos de suprimento de ar entre a válvula e o orifício de escape quanto a deterioração, danos ou conexões soltas. Certifique-se de que os tubos não estão dobrados, torcidos ou quebrados.
NOTA
Verifique a mangueira do vácuo entre o tubo de admissão e a válvula quanto a deterioração, danos ou conexões soltas. Certifi­que-se de que a mangueira não está dobrada, torcida ou que­brada.

SISTEMA DE CONTROLE DE EMISSÕES EVAPORATIVAS

(Aplicável aos modelos com o sistema de controle de emissões de gases)
c
NOTA
Verifique os tubos entre o tanque de combustível, a válvula de controle do filtro, a válvula de controle de passagem de ar e os carburadores quanto a deterioração, danos ou conexões soltas.
Verifique o cartucho de carvão quanto a quebra ou outros danos.
O vapor do combustível do tanque é canalizado para o interior do cartucho de carvão enquanto o motor está parado. Quando o motor entrar em funcionamento, a válvula de controle do filtro abre e o vapor do combustível do cartucho de carvão é puxado para o interior do motor através do carburador. Os tubos dete­rioram naturalmente devido ao desgaste e ao tempo. Verifique as condições desses tubos de acordo com os intervalos especi­ficados no Manual de Serviços Específicos do Modelo.
Para evitar acidentes, mantenha as mãos e as roupas afastadas do ventilador. Ele pode iniciar o giro automati­camente.
Se os tubos apresentarem sinais de danos pelo calor, inspe­cione a palheta no sistema quanto a danos.
O sistema de suprimento de ar secundário introduz o ar filtra­do nos gases de escape pela janela de escape. O ar secun­dário é puxado para o interior da janela de escape sempre que houver uma depressão no sistema de escape. Este ar secundário permite queimar os gases de escape que não so­freram combustão e transforma uma quantidade considerável de hidrocarbonetos e monóxido de carbono em dióxido de carbono e água que são relativamente inofensivos.
Para evitar acidentes, mantenha as mãos e as roupas lon­ge do ventilador. Ele pode iniciar o giro automaticamente.
2-20

ÓLEO DE TRANSMISSÃO

(motores de 2 tempos)
Verifique se há vazamentos de óleo em todos os setores da transmissão. Verifique o nível de óleo. O vazamento excessivo de óleo necessita de desmontagem do motor. Com o motor desligado, remova o parafuso de verificação de ní­vel de óleo e certifique-se de que o nível de óleo atinge a borda inferior do orifício do parafuso. Abasteça com o óleo recomen­dado até a borda inferior do orifício do parafuso de verificação se o nível de óleo estiver baixo.
NOTA
Nas motonetas, a inspeção dos vazamentos e do nível de óleo da caixa de engrenagem de redução final é efetuada da mesma maneira que para o motor. Remova a tampa de verificação do nível de óleo da caixa de en­grenagem e verifique se o nível de óleo atinge a borda inferior do orifício da tampa. Se o nível estiver baixo, abasteça com óleo recomendado até a borda inferior do orifício.
NOTA
Troca de óleo de transmissão
A lubrificação da transmissão do motor de 2 tempos é feita por pulverização de óleo em cárter selado. Em comparação com os motores de 4 tempos, a degradação de óleo é pequena e o pe­ríodo para troca é mais longo. Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo para ob­ter o intervalo correto para troca de óleo.
c
NOTA
Remova a tampa do orifício de abastecimento de óleo. Remova o parafuso de drenagem localizado na parte inferior do cárter do motor e drene o óleo. Após a drenagem completa de óleo, limpe o parafuso de dreno e a arruela de vedação e aperte-o até o torque especificado.
NOTA
Remova o parafuso de verificação do nível de óleo e abasteça com o óleo recomendado até a borda inferior do orifício.
Substitua a arruela de vedação, se estiver danificada.
O óleo drena mais facilmente quando o motor está aquecido.
O óleo usado em contato com a pele por tempo prolonga­do pode causar câncer se for manuseado diariamente. É aconselhável lavar as mãos completamente com sabão e água o mais rápido possível após manusear o óleo usado.
O nível de óleo deve ser verificado com o veículo apoiado na posição vertical no seu cavalete central em local plano.
O nível de óleo deve ser verificado com o veículo na posição vertical no seu cavalete central em local plano.
MANUTENÇÃO
ARRUELAS DE VEDAÇÃO
NÍVEL CORRETO
ARRUELA DE VEDAÇÃO
NÍVEL CORRETO
PARAFUSO DE VERIFICAÇÃO DO NÍVEL
PARAFUSO DE VERIFICAÇÃO DO NÍVEL
ORIFÍCIO DE VERIFICAÇÃO DO NÍVEL
TAMPA
PARAFUSO DE VERIFICAÇÃO
PARAFUSO DE DRENAGEM
MANUTENÇÃO
2-21

CORRENTE DE TRANSMISSÃO

AJUSTE
c
Quando a folga da corrente for muito pequena, uma mudança na distância entre os centros das rodas dentadas devido ao movi­mento da suspensão, resultará em tensão excessiva na corrente.
Nessas condições, a corrente e a transmissão ou a carcaça do motor podem ser danificadas e o excesso de fricção afetará ne­gativamente para o rendimento do veículo.
Uma folga excessiva na corrente produzirá fortes oscilações quando o veículo estiver em movimento. Nessas condições, a corrente pode soltar-se das rodas denta­das e danificar as peças atingidas.
Com o veículo em ponto morto, apóie-o no cavalete central ou cavalete lateral (em alguns modelos deve ser verificado com a roda traseira levantada; consulte o Manual de Serviços Específi­co do modelo para obter detalhes). Verifique a folga da corrente no ponto médio entre as rodas den­tadas.
(Nos modelos equipados com o tensor da corrente, solte o ten­sor antes de inspecionar a folga.)
Siga os seguintes procedimentos de ajuste: Solte a porca do eixo traseiro até que a roda possa ser movida. Solte a contraporca do ajustador, ajuste a folga girando a porca
ou parafuso de ajuste. Nos ajustadores tipo caracol, gire as placas de ajuste. No ajustador está incluída uma escala para indicar a posição de
ajuste. Certifique-se de que a escala de ajuste está na mesma posição em ambos os lados.
a
Devido ao movimento da suspensão através do seu curso, a dis­tância entre os centros das rodas dentadas motora e movida va­ria. Portanto, é importante ajustar a folga da corrente de modo que tenha uma quantidade mínima de folga aceitável quando as rodas dentadas estiverem mais distantes, ou seja, quando ali­nham os centros da roda dentada motora, do parafuso de articu­lação do braço oscilante e do eixo traseiro. O Manual de Servi­ços Específicos do Modelo fornece o valor correto para cada modelo baseado na folga mínima e a posição de distância máxi­ma entre as rodas dentadas.
Se a posição de ajuste não for a mesma, a roda traseira estará desalinhada e poderá causar desgastes excessi­vos nos pneus, na roda dentada e na corrente.
Inspecionar a corrente de transmissão com o motor ligado pode resultar em ferimento grave nas mãos ou nos dedos.
PINO
DEPENDE DO MODELO
PORCA DE AJUSTE
CONTRAPORCA
CONTRAPORCA
CONTRAPORCA
AJUSTADOR
MARCA DE REFERÊNCIA
MARCA DE REFERÊNCIA
PARAFUSO DE
AJUSTE
OU
PORCA DE AJUSTE
2-22
Após o ajuste, reaperte a porca do eixo até o torque especificado.
NOTA
Verifique novamente a folga da corrente. Aperte a contraporca dos ajustadores. Ajuste a folga do pedal do freio traseiro. (Esta etapa será desne-
cessária em casos de freio a disco.) Ajuste o ponto de atuação do interruptor da luz do freio traseiro. Após ajustar a folga da corrente, se a marca de alinhamento do
ajustador atingir a faixa vermelha da etiqueta de indicação de desgaste, substitua a corrente, a coroa e o pinhão. (Somente para os veículos com a etiqueta de indicação de desgaste afixada.)
NOTA
Após a substituição e o ajuste da corrente de transmissão, fixe uma etiqueta de indicação de desgaste nova de maneira que a marca de alinhamento inicie na faixa verde.
Nos modelos sem o indicador de desgaste da corrente de trans­missão meça o comprimento entre os pinos da corrente como mostra a ilustração ao lado e substitua a corrente se exceder o limite.
COMPRIMENTO DA CORRENTE DE TRANSMISSÃO (41 pinos, 40 elos)
Algumas correntes sem a junção requerem a remoção do braço oscilante para substituir a corrente de transmissão.
Use a ferramenta especial para remover e instalar o elo principal. A placa externa deste tipo de elo principal é fixada expandindo
as extremidades dos pinos com a ferramenta especial. Posicione a trava do elo principal de modo que a extremidade
aberta esteja voltada para o sentido contrário da rotação normal da corrente. Isto evita que a trava se desprenda da corrente ao entrar em contato com a guia da corrente ou outros objetos. Certifique-se de que a trava está assentada completamente.
a
Posicionamento incorreto do elo principal pode causar o rompimento da corrente e pode danificar a carcaça do motor, a roda traseira e o escapamento.
Código da Medida Passos Normal Limite de da Corrente (mm) (mm) uso (mm)
415.420.428 12.70 508 511
520.525.50 15.875 635 638 630 19,05 762 766
Substitua a corrente, a coroa e o pinhão em conjunto para evitar o desgaste prematuro dos componentes novos.
• Puxe a parte inferior da corrente para cima em direção ao braço oscilante ao apertar a porca do eixo traseiro. Isso aju­da a manter os ajustadores de ambos os lados assentados nos respectivos retentores e alinhar corretamente o eixo.
• Certifique-se de que os dois lados estão ajustados nas mes­mas marcas de referência nas escalas de ajuste.
MANUTENÇÃO
SENTIDO DA ROTAÇÃO
EXTREMIDADE DO BRAÇO OSCILANTE
41 PINOS (40 ELOS)
FAIXA VERMELHA
FAIXA VERMELHA
FAIXA VERMELHA
SETA
TRAVA
PINO
MANUTENÇÃO
2-23
Verifique se todas as articulações dos elos se movimentam livre­mente sobre os pinos. Onde os elos estiverem enroscando leve­mente, aplique uma pequena quantidade de óleo de limpeza ou parafinas, certificando-se de que o óleo está penetrando. Após eliminar a dureza lubrifique a corrente. Nas correntes equipadas com anel de vedação, retire completamente o fluido de limpeza ou parafina e seque a corrente totalmente. Substitua a corrente, se a dureza da corrente não pode ser ali­viada, o movimento dos elos não for suave ou houver danos nos elos ou nos roletes. Os elos principais com anéis de vedação dispõem de 4 anéis fixados entre os roletes e as placas do elo principal. Instale os anéis de vedação como mostra a ilustração ao lado e fixe a trava nos pinos. Certifique-se de que não há folga entre a placa do elo principal e a trava.
Limpeza e lubrificação
Aderência de lodo e pó e a falta de lubrificação diminuem bas­tante a vida útil da corrente. A limpeza e a lubrificação devem ser efetuadas periodicamente.
Correntes com os anéis de vedação
a
Limpe a corrente com um detergente adequado, seque-a com­pletamente e aplique o óleo para transmissão # 80-90
Remova o excesso de óleo para não espirrar durante a opera­ção da motocicleta.
Correntes sem anéis de vedação.
Remova toda a sujeira da corrente com óleo de limpeza ou para­fina, seque a corrente completamente e aplique o óleo para transmissão # 80-90 ou um lubrificante de corrente adequado.
Remova o excesso de óleo para não espirrar durante a opera­ção da motocicleta.
• Para limpar as correntes com anéis de vedação não uti­lize o vapor ou lavagem com água sob alta pressão. Es­tes procedimentos deterioram os anéis de vedação, en­curtando a vida útil da corrente pela perda de graxa.
• Use apenas querosene para limpar a corrente.
Verifique os desgastes da coroa e pinhão.
a
Verifique o aperto dos parafusos e as porcas de fixação do pi­nhão e da coroa. Se estiverem soltos, reaperte-os.
Substitua a corrente, a coroa e o pinhão em conjunto. O uso de uma corrente laceada em rodas dentadas novas ou com corrente nova em rodas dentadas gastas resulta­rá em desgaste prematuro dos componentes novos.
TORCIDO OU PRESO
ELO PRINCIPAL
ANÉIS DE VEDAÇÃO
TRAVA
DETERGENTE
SOLVENTE
GASTO
LIMPE
LIMPE
SEQUE
SEQUE
LUBRIFIQUE
LUBRIFIQUE
(SAE # 80 – 90)
(SAE # 80 – 90)
ÓLEO PARA TRANSMISSÃO
ÓLEO PARA TRANSMISSÃO
ÓLEO
DANIFICADO NORMAL
2-24

CURSOR DA CORRENTE DE TRANSMISSÃO, GUIA DA CORRENTE, CURSOR DA GUIA E ROLETES

O cursor da corrente de transmissão, guia da corrente, cursor da guia e roletes fazem com que a corrente siga sua trajetória correta e ao mesmo tempo evitam o contato com o braço oscilante, chassi e outros componentes.
Cada um destes componentes é feito de material plástico que oferece o mínimo de atrito e desgaste. Mesmo assim, a inspeção periódica quanto a desgaste ou danos e a substituição são necessárias devido à deterioração.
O cursor da corrente é fixado na parte dianteira do braço oscilante perto do ponto de articulação e deve ser substituído quando a profundidade da ranhura atingir o valor especificado para cada modelo. O cursor gasto pode resultar em danos na corrente e no braço oscilante se não for substituído.
Nas motocicletas off-road e on-off-road é fixada uma guia da corrente para assegurar-se de que a corrente é direcionada diretamente para a coroa. Verifique se a guia está alinhada corretamente porque ela pode distorcer devido ao contato com os objetos que passam e danos pela queda. Endireite ou substitua-a se for necessário. Um cursor plástico da guia centra a guia na coroa com atrito mínimo para evitar que a corrente gaste a guia. Uma janela de desgaste é normalmente equipada para ajudar a determinar o período de troca.
Um rolete da corrente inferior ou um par de roletes superior e inferior é utilizado para eliminar o excesso de folga da corrente devido à alteração da distância entre os centros das rodas dentadas através da compressão e extensão da suspensão traseira. Esses roletes também ajudam a evitar o contato da corrente com outros componentes da motocicleta, tais como carcaça do filtro de ar, escapamento em algumas motocicletas etc., quando a suspensão está quase ou completamente comprimida. Esses roletes devem ser inspecionados periodicamente quanto a desgaste, danos e fixações.

CORREIA DE TRANSMISSÃO

Uma correia de transmissão é utilizada na transmissão automática por correia V-matic da Honda.
A correia deve ser inspecionada periodicamente de acordo com a tabela de manutenção do Manual de Serviços Específicos do modelo.
Uma correia gasta ou danificada pode causar a perda de rendimento do veículo.
Remova a tampa da correia de transmissão (consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo) e verifique se a correia está gasta, quebrada ou há desfiamento de dentes. Substitua por uma correia nova se for necessário.
MANUTENÇÃO
CURSOR
ROLETE
CURSOR DA GUIA
GUIA DA CORRENTE
DENTES
LARGURA
MANUTENÇÃO
2-25

FILTRO DE AR DA CARCAÇA DA CORREIA

Nas motonetas com um elemento de filtro na entrada de ar da carcaça da correia, remova o elemento e limpe-o.
Lave o elemento com água e seque-o completamente antes de reinstalá-lo.

NÍVEL DE ÓLEO DA TRANSMISSÃO FINAL

Verifique o nível de óleo e se há vazamentos. Remova a tampa de inspeção do nível de óleo da caixa de
transmissão e verifique se o nível de óleo atinge a borda inferior do orifício. Se o nível de óleo estiver abaixo, reabasteça com o óleo recomendado até atingir a borda inferior do orifício de ins­peção.
NOTA
TROCA DE ÓLEO
Consulte o Manual de Serviços Específicos do Modelo para ob­ter informações sobre o intervalo de troca de óleo.
Remova a tampa do orifício de inspeção do nível de óleo da cai­xa de transmissão final.
Remova o parafuso de drenagem da parte inferior da caixa de transmissão; gire lentamente a roda traseira e drene o óleo.
Após drenagem completa do óleo, limpe o parafuso de dreno e a arruela de vedação e aperte o parafuso até o torque especifi­cado.
NOTA
Reabasteça a caixa de transmissão com óleo recomendado até
o nível correto. Aplique o óleo no anel de vedação da tampa do orifício de ins-
peção do nível de óleo e instale tampa. Aperte a tampa até o torque especificado.
Substitua a arruela de vedação se ela estiver danificada.
A inspeção do nível de óleo deve ser efetuada em local pla­no, com o veículo apoiado no cavalete central.
FILTRO DE AR
TAMPA
PARAFUSO DE DRENAGEM
ARRUELA DE VEDAÇÃO
ORIFÍCIO DE INSPEÇÃO
TAMPA
2-26

BATERIA

Nível do eletrólito
A inspeção do nível do eletrólito da bateria não é necessária para as baterias seladas do tipo MF (Maintenance Free) ou seja, baterias que dispensam a manutenção.
Para as baterias do tipo aberto, o nível do eletrólito deve ser ins­pecionado.
c
Verifique se há quebra na carcaça da bateria. Se os eletrodos da bateria apresentarem o acúmulo de uma
substância branca (sulfatação) ou o acúmulo de depósitos na base da bateria, ela deve ser substituída.
Verifique se o nível do eletrólito de cada célula está entre as li­nhas de nível superior e nível inferior inscrito na carcaça da ba­teria.
Se o nível do eletrólito estiver perto da linha de nível inferior, re­mova a bateria, retire as tampas de reabastecimento e adicione água destilada até atingir a marca de nível superior.
a
Após o reabastecimento, recoloque as tampas e reinstale a ba-
teria. Siga as instruções contidas na etiqueta de precaução da bate-
ria. Certifique-se de que o tubo de respiro está corretamente po­sicionado e que não esteja dobrado ou torcido ou obstruindo a passagem de ar.
a
Densidade específica do eletrólito
A inspeção não será necessária para as baterias MF (seladas). A densidade específica do eletrólito da bateria deverá ser verifi-
cada nas baterias convencionais. Meça a densidade específica do eletrólito de cada célula com
um densímetro.
Densidade específica do fluido a 20°C Totalmente carregada: 1,27 – 1,29 Descarregada: abaixo de 1,23
Se o tubo estiver obstruído, a pressão interna da bateria não será aliviada e o tubo pode escapar ou danificá-la.
• Adicione somente água destilada. Água corrente con­tém minerais que reduzem a vida útil da bateria.
• Abastecer a bateria acima da marca de nível superior pode espirrar durante a rodagem e provocar corrosão nas peças da motocicleta.
Não deixe o fluido da bateria (ácido sulfúrico) atingir os olhos, a pele e as roupas. Em caso de contato, lave ime­diatamente a região atingida com grande quantidade de água. Se o fluído da bateria entrar nos olhos, lave com água e procure assistência médica imediatamente.
MANUTENÇÃO
TEMPERATURA DA BATERIA
X
DENSIDADE ESPECÍFICA
MARCA DE NÍVEL SUPERIOR
MARCA DE NÍVEL INFERIOR
DENSÍMETRO
ELETRÓLITO DA BATERIA
TEMPERATURA DO ELETRÓLITO
DENSIDADE ESPECÍFICA
ÁGUA DESTILADA
TAMPA
MANUTENÇÃO
2-27
NOTA
Os detalhes sobre o teste e carga da bateria estão especifica-
dos no capítulo 22.
CONDIÇÕES DOS TERMINAIS DA BATERIA
Certifique-se de que as conexões dos terminais da bateria não estão soltas. Se apresentar sinais de corrosão, remova a bateria e lave os terminais com água quente e utilize uma escova de aço para remover as ferrugens completamente. Conecte os fios aos terminais da bateria e aplique uma leve ca­mada de graxa aos terminais da bateria.
• Se a diferença de densidade específica entre as células ex­ceder 0,01, recarregue a bateria. Se a diferença de densida­de específica for muito grande, substitua a bateria.
• Há uma alteração na densidade específica de aproximada­mente 0,007 por diferença de 10°C de temperatura. Consi­dere esta alteração quando efetuar a medição.
• A leitura do nível de fluido deve ser efetuada com o densí­metro na posição horizontal.

FLUIDO DO FREIO

Aplique firmemente o freio e verifique se há vazamentos de flui­do no sistema de freio. Se houver vazamento de fluido, substitua imediatamente as peças danificadas. Verifique se há deterioração ou dano nas mangueiras, tubos e conexões. Verifique se as presilhas e conexões estão soltas. Certifique-se de que as mangueiras e tubos estão em contato com as peças mecânicas em todas as posições de manobra do garfo dianteiro.
Antes de remover a tampa do reservatório do fluido, vire o gui­dão até que o reservatório fique na posição horizontal. Coloque um pano sobre as peças pintadas, peças de plástico ou de borracha sempre que realizar manutenção no sistema.
a
Reabasteça o reservatório com o fluido recomendado.
c
• Uma mistura de fluidos incompatíveis prejudica a efi­ciência da frenagem.
• A entrada de contaminantes (água, poeira, etc) no reser­vatório pode obstruir o sistema, causando a redução ou perda completa de capacidade de frenagem.
Evite derramar o fluido de freio nas peças de plástico ou de borracha, pois elas podem ser danificadas.
ESCOVA DE AÇO
MANGUEIRA
MANGUEIRATUBO
2-28
Quando o nível do fluido estiver próximo ou abaixo da marca de nível inferior no reservatório, remova a tampa e o diafragma e reabasteça até a marca de nível superior.
Verifique o desgaste das pastilhas do freio ao reabastecer o re­servatório do fluido. Um nível de fluido baixo, pode ser devido ao desgaste das pastilhas. Se as pastilhas estiverem gastas, o pistão do cáliper será empurrado para fora e abaixará o nível do fluido. Se as pastilhas não estiverem gastas e o nível de fluido estiver baixo, verifique se há vazamentos no sistema.
c
• Um vazamento no sistema de freio pode reduzir a efi­ciência de frenagem e a possibilidade de perda de capa­cidade de frenagem.
• O fluido do freio recomendado difere de acordo com os modelos. Alguns modelos utilizam DOT 4 e outros utili­zam DOT 3 ou DOT 4. Não utilize o fluido do freio DOT 3 para os modelos designados a usar DOT 4, pois pode resultar em deficiência no freio.

DESGASTE DA SAPATA DO FREIO

Ao acionar o freio, se a seta do indicador de desgaste alinhar com a marca “
“ do flange do freio, remova a roda e o flange
do freio verifique o desgaste das sapatas.
NOTA
Os procedimentos de inspeção e substituição das sapatas do freio estão indicados no Capítulo 17 deste manual.
Verifique se há desgaste ou danos no tambor do freio, sempre que remover a roda e o flange do freio.
Se o tambor do freio apresentar sinais de quebra ou corrosão que não pode ser eliminada com lixa de papel, substitua o cubo da roda.

DESGASTE DAS PASTILHAS DO FREIO

Substitua as pastilhas em conjunto se as linhas de desgaste atingirem a face do disco do freio.
A inspeção visual pode ser efetuada na extremidade dianteira das pastilhas (onde o disco entra no cáliper).
Se este procedimento for difícil, a inspeção pode ser feita atra­vés do indicador do cáliper marcado por “”.
Se não houver mais o ajuste do freio antes do indicador de desgaste alcançar o limite, isto indica que há um desgaste excessivo e as sapatas do freio devem ser substituídas.
MANUTENÇÃO
TAMPA DO RESERVATÓRIO
INFERIOR INFERIOR
SUPERIOR
INDICADOR
DISCO
PASTILHAS
FLANGE DO FREIO
LINHA DE DESGASTE
MARCAS DE DESGASTE
EXTREMIDADE DIANTEIRA
MARCA “”
SENTIDO DA ROTAÇÃO
MANUTENÇÃO
2-29

SISTEMA DO FREIO

INSPEÇÃO DO SISTEMA HIDRÁULICO
Nos freios hidráulicos, acione firmemente a alavanca ou pedal do freio e verifique se há ar no sistema. Se não houver resistên­cia na alavanca ou no pedal do freio, sangre o ar do sistema.
AJUSTE DA FOLGA
Nos freios mecânicos, meça a folga na extremidade da alavanca ou pedal do freio como mostram as ilustrações ao lado e abaixo.
A folga do pedal do freio das motonetas deve ser verificada, como mostra a figura ao lado.
Os ajustes da folga dos freios mecânicos são efetuados nas ex­tremidades dos cabos. Os ajustes maiores são obtidos por meio do ajustador inferior lo­calizado no flange do freio. Solte a contraporca e gire o ajustador até obter a folga correta na alavanca.
NOTA
Efetuando o ajuste, aperte a contraporca firmemente. Aperte o
parafuso da presilha do cabo do freio. Havendo somente uma porca de ajuste como na maioria dos
freios traseiros, gire a porca de ajuste para obter a folga correta do pedal do freio.
NOTA
Verifique novamente a folga da alavanca ou do pedal após o ajuste.
A ranhura da porca de ajuste deve assentar completamente sobre o pino de articulação do braço do freio como mostra a ilustração ao lado. Se não estiver assentado corretamente, a folga do pedal do freio pode alterar durante a rodagem.
• Antes dos ajustes maiores, solte a contraporca e gire o ajus­tador superior, completamente em direção à alavanca e em seguida gire-o no sentido inverso uma volta. Com isso, o próximo ajuste poderá ser obtido facilmente por meio do ajustador superior.
• Quando o cabo do freio estiver preso ao garfo dianteiro por uma presilha, solte a presilha antes de efetuar o ajuste do freio.
NÃO ESTÁ ASSENTADO
ALAVANCA DO FREIO
FOLGA
PEDAL DO FREIO PEDAL DO FREIO
CONTRA PORCA
AJUSTADOR
FLANGE DO FREIO
PRESILHA
ASSENTADO
AJUSTADOR
PINO
FOLGA
2-30
Os ajustes menores são obtidos através do ajustador superior posicionado junto à alavanca do freio. É necessário puxar a capa da alavanca para ter acesso ao ajus­tador.
NOTA
O ajustador poderá danificar se for posicionado excessiva­mente para fora, com encaixe mínimo na rosca. Estando as roscas visíveis mais de 8 mm, gire o ajustador totalmente para dentro e efetue o ajuste da folga através do ajustador in­ferior posicionado junto ao flange do freio.
Verifique se os seguintes componentes estão soltos:
• As fixações da alavanca, do pedal do freio e as contraporcas dos ajustadores.
• As fixações do braço de ancoragem do freio.
• A vareta e o cabo do freio (freio a tambor operado mecanica­mente)
• Braço do freio (freio a tambor operado mecanicamente)
• Os parafusos de fixação do cáliper (freio hidráulico a disco).
Certifique-se de que as cupilhas estão instaladas firmemente na vareta do freio e no braço de ancoragem.
Acione os freios independentemente durante a rodagem num lo­cal seguro para determinar a eficiência de cada freio.

INTERRUPTORES DA LUZ DO FREIO

Verifique o funcionamento e o ajuste dos interruptores da luz do freio acionando os freios. Inspecione se há algum dano e certifi­que-se de que o refletor da lanterna traseira está limpo.
Ajuste o interruptor da luz do freio traseiro de modo que a lâm­pada acenda no momento em que inicia a frenagem.
NOTA
• O interruptor da luz do freio dianteiro não pode ser ajustado. Se a lâmpada da lanterna traseira não acender ao acionar o freio dianteiro, substitua o interruptor ou outras peças defei­tuosas.
• Efetue o ajuste do interruptor da luz do freio traseiro depois de ajustar a altura e a folga do pedal do freio traseiro.
MANUTENÇÃO
REFLETOR
AJUSTADOR
CUPILHAS
VARETA DO FREIO
AJUSTADOR DA ALTURA DO PEDAL
CONTRAPORCA
MANUTENÇÃO
2-31
Gire somente a porca de ajuste do interruptor da luz do freio tra­seiro e não o corpo do interruptor nem a fiação para ajustar o in­terruptor.
Segure firmemente o corpo do interruptor enquanto gira a porca de ajuste.
a
Após o ajuste, certifique-se de que a lâmpada do freio acende corretamente.
Girar o corpo do interruptor durante o ajuste pode rom­per os fios do interruptor.

FACHO DE LUZ DO FAROL

Para efetuar o ajuste vertical do facho de luz, solte os parafusos de fixação do farol, alinhe as marcas gravadas da carcaça do farol e do suporte movendo o farol para cima ou para baixo. Al­gumas motocicletas dispõem de um parafuso de ajuste na parte inferior do farol. Neste caso, gire o parafuso de ajuste para efe­tuar o ajuste vertical.
Para as motocicletas que têm um parafuso de ajuste na parte la­teral do aro do farol, gire este parafuso para efetuar o ajuste ho­rizontal.
Em alguns modelos o farol é completamente coberto pela carca­ça e o ajuste pode ser feito por meio de um ajustador localizado na parte traseira do farol ou ajustador com cabo. Consulte o Ma­nual de Serviços Específicos do Modelo para obter o procedi­mento correto de ajuste do facho de luz do farol.

SISTEMA DE EMBREAGEM

Verifique a folga na extremidade da alavanca da embreagem. A folga excessiva resulta em arrasto da embreagem e dificuldade em trocar as marchas.
A embreagem pode patinar se a folga for diminuta. Se a folga da embreagem não estiver dentro da especificada,
corrija a folga pelos ajustadores localizados nas extremidades do cabo.
Os ajustes maiores são obtidos por meio do ajustador localizado na extremidade inferior do cabo junto ao braço de acionamento da embreagem. Solte a contraporca e gire o ajustador até obter a folga correta.
NOTA
Completada a regulagem, segure firmemente o ajustador en-
quanto aperta a contraporca.
Antes de ajustar a folga da alavanca na extremidade inferior do cabo, gire o ajustador junto à alavanca totalmente para dentro. Com isto, o ajuste seguinte poderá ser facilmente ob­tido com o ajustador superior.
BRAÇO DE ACIONAMENTO
PORCA DE AJUSTE
PEDAL DO FREIO
MARCAS GRAVADAS
PARAFUSO DE FIXAÇÃO DO FAROL
PARAFUSO DE AJUSTE
PARAFUSO DE AJUSTE
AJUSTADOR
CONTRAPORCA
FOLGA
ALAVANCA DA EMBREAGEM
AJUSTADOR
2-32
Os ajustes menores são obtidos por meio do ajustador superior localizado junto à alavanca da embreagem. Nos modelos equipados com a capa da alavanca, puxe a capa para ter acesso ao ajustador. Solte a contraporca e gire o ajustador até obter a folga correta.
a
Quando as roscas forem visíveis mais de 8 mm, gire o ajustador totalmente para dentro e efetue a regulagem com o ajustador na extremidade inferior, localizado no braço de acionamento da embreagem.
A rosca do ajustador pode danificar se girar o ajustador totalmente para fora.
Nos modelos com o ajustador localizado ao longo do cabo, (não na extremidade do cabo), solte a contraporca e gire o ajustador para obter a folga correta.
Embreagem centrífuga
Solte a contraporca, e aperte o parafuso de ajuste aproximada­mente 1 volta, em seguida desaperte o parafuso de ajuste até sentir uma pressão no parafuso. A partir desta posição, solte o parafuso mais 1/8 a 1/4 de volta e aperte a contraporca.
NOTA
• Ao apertar a contraporca, certifique-se de que o parafuso de ajuste não está girando junto.
• Verifique o funcionamento da embreagem após o ajuste.
Nível do fluido da embreagem
As embreagens hidráulicas não precisam de ajustes da folga, mas deve ser verificado o nível do fluido. Se o nível do fluido estiver próximo da marca de nível inferior, re­mova a tampa do reservatório e o diafragma e reabasteça até a marca de nível superior com o fluido recomendado.
Antes de remover a tampa do reservatório, vire o guidão de modo que o reservatório fique nivelado. Coloque um pano sobre as peças pintadas, peças de plástico e de borracha sempre que efetuar manutenção no sistema.
a
Reabasteça o reservatório com o fluido recomendado.
a
• A mistura de fluidos incompatíveis prejudica a eficiên­cia do funcionamento da embreagem.
• A entrada de contaminantes no reservatório pode obs­truir o sistema, causando a redução ou perda completa da capacidade de acionamento da embreagem.
Evite derramar o fluido nas peças pintadas, peças de plástico ou de borracha, pois elas podem ser danificadas.
MANUTENÇÃO
CONTRAPORCA CONTRAPORCA
AJUSTADOR
AJUSTADOR
BRAÇO DE ACIONAMENTO
CONTRAPORCA
PARAFUSO DE AJUSTE
MARCA DE NÍVEL SUPERIOR
MARCA DE NÍVEL INFERIOR
MANUTENÇÃO
2-33

CAVALETE LATERAL

Tipo convencional
Verifique o desgaste da borracha do cavalete lateral. Substitua a borracha se o desgaste atingir a linha de desgaste. Apóie a motocicleta na posição vertical, utilizando um suporte
(utilize o cavalete central para as motocicletas que possuem o mesmo).
Acople um medidor de tensão das molas na extremidade da borracha do cavalete lateral e meça a tensão quando o cavalete lateral inicia o movimento.
TENSÃO 2-3 kg (tipo estrada) 3-5 kg (tipo estrada/fora de estrada)
Se o cavalete se movimenta muito facilmente, aperte o parafuso de articulação. Se o cavalete ainda permanecer sem a tensão necessária, substitua a mola de retorno.
Verifique se o cavalete lateral se movimenta suavemente e se re­trai completamente. Se isto não acontecer, aplique graxa na arti­culação.
Verifique a folga lateral do cavalete. Se a folga for muito grande, aperte o parafuso de articulação. Verifique a folga novamente; se ela ainda permanecer muito grande, substitua as peças que forem necessárias.
Tipo movimento duplo
O cavalete lateral deve abaixar facilmente até o primeiro ponto de parada, em seguida deve travar-se ao movimentar para a frente para apoiar a motocicleta e a borracha tocar no solo.
Quando a motocicleta for colocada na posição vertical, o cava­lete lateral deve mover-se automaticamente para a primeira po­sição e retrair-se ao acioná-lo para cima.
Se o cavalete lateral não movimentar livremente, desmonte-o. Remova a mola de retorno na posição retraída.
Retire o parafuso de articulação e remova o conjunto do cavale­te lateral do chassi.
Verifique as seguintes peças quanto a desgastes ou danos: – a parte interna da articulação e a bucha da articulação. – os retentores de pó da articulação.
Lubrifique a articulação do cavalete com graxa e monte o cava­lete lateral.
a
Verifique novamente o movimento do cavalete lateral.
• Instale os retentores de pó com suas marcas voltadas para dentro.
• Certifique-se de que a mola do retentor de pó está as­sentada no lado externo da borda do retentor após ins­talar a bucha da articulação.
BUCHA DA ARTICULAÇÃO
BORRACHA
NORMAL
MEDIDOR DE TENSÃO DAS MOLAS
MARCA DE DESGASTE
GASTA
LINHA DE DESGASTE
FOLGA LATERAL
BORRACHA
RETRAÍDO
PRIMEIRA POSIÇÃO
MOLA DE RETORNO
RETENTORES DE PÓ
ARRUELA
CAVALETE LATERAL
GRAXA
2-34
Tipo retorno automático
Apóie a motocicleta no seu cavalete lateral. Verifique o funcionamento do cavalete lateral. O cavalete deve retrair-se automaticamente quando a motocicleta for colocada na posição vertical. Se o cavalete lateral não retrair automaticamente, lubrifique a ar­ticulação do cavalete com graxa. Substitua o parafuso de articulação ou as molas se o cavalete Iateral ainda não retrair normalmente. Movimente o cavalete lateralmente com força para verificar se a articulação do cavalete está gasta.
Inspeção do interruptor de parada do motor do cavalete lateral
Verifique a mola quanto a desgaste ou perda de tensão. Verifique se o conjunto do cavalete lateral se movimenta livre­mente. Lubrifique o parafuso de articulação do cavalete se for necessário. Aperte o parafuso de articulação e a porca. Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo quanto a torque especificado.
Verifique o interruptor de parada do motor do cavalete lateral: – Sente sobre a motocicleta e retraia o cavalete lateral. – Ligue o motor com a transmissão em marcha e com a embrea-
gem acionada. – Abaixe o cavalete lateral completamente. – O motor deve parar assim que o cavalete lateral abaixar. Se houver problema no sistema, verifique o interruptor do cava­lete lateral.
SUSPENSÃO
Comprima as suspensões dianteira e traseira várias vezes. Nos modelos com as molas da suspensão expostas, verifique-as quanto a quebra ou danos.
c
Verifique se há rangido no movimento da suspensão que indica a falta de lubrificação. Empurre o braço oscilante lateralmente para verificar se os componentes da articulação estão gastos, danificados ou soltos.
Se detectar alguma folga, verifique se o parafuso de articulação está solto.
Verifique também se os rolamentos (ou buchas) estão gastos ou danificados.
Se sentir que o movimento vertical na extremidade do braço da suspensão Pro-Link está frouxo, verifique a fixação da articula­ção do amortecedor quanto a desgaste ou danos.
As peças da suspensão soltas, gastas ou danificadas prejudicam a estabilidade e o controle do veículo. Substi­tua os componentes danificados. Conduzir o veículo com a suspensão defeituosa aumenta o risco de acidente e possível ferimento ao piloto.
MANUTENÇÃO
INTERRUPTOR DO CAVALETE LATERAL
MANUTENÇÃO
2-35
Verifique se há vazamentos pelo retentor de óleo do garfo, ris­cos na superfície deslizante do cilindro interno e descascamento nas superfícies cromadas.
Nos modelos equipados com os protetores contra pó de borra­cha nos amortecedores, desloque-os para cima para efetuar a inspeção. Se detectar defeito no garfo dianteiro, desmonte-o e substitua as peças se for necessário.
NOTA
Substitua o cilindro interno se estiver muito riscado.
Nos modelos equipados com a suspensão dianteira do tipo has­te inferior, verifique os braços oscilantes (haste inferior) quanto a quebra ou danos. Verifique a folga nos rolamentos do braço oscilante do garfo e procure saber se todas as fixações não estão soltas.
Verifique se há vazamentos de óleo na haste do pistão do amor­tecedor. Verifique se há riscos, desgastes ou descascamentos na superfície cromada da haste.
Verifique se os pontos de fixação do amortecedor não estão sol­tos, quebrados ou danificados. Reaperte as porcas ou os para­fusos se houver necessidade.

PARAFUSOS/PORCAS E ELEMENTOS DE FIXAÇÃO

Verifique se todos os parafusos e as porcas estão apertados de acordo com seu respectivo valor de torque correto. Verifique to­das as cupilhas, presilhas da mangueira e guias dos cabos.
AMORTECEDOR
HASTE DO PISTÃO
CILINDRO INTERNO
BRAÇO OSCILANTE DO GARFO
ARTICULAÇÕES
2-36

RODAS/PNEUS

Fixe o garfo dianteiro, levante a roda dianteira e force a roda la­teralmente e verifique se há folga nos rolamentos da roda. Verifi­que se a roda gira livremente sem apresentar ruídos anormais.
Se encontrar anormalidades, inspecione os rolamentos das rodas.
Levante a roda traseira e force-a lateralmente para verificar se há folga nos rolamentos da roda ou do braço oscilante. Verifique se a roda gira livremente sem apresentar ruídos anormais.
Se apresentar anormalidades, verifique os rolamentos da roda traseira.
NOTA
Como a articulação do braço oscilante está inclusa nesta ins­peção, confirme o local da folga. Se a folga está nos rolamen­tos da roda ou da articulação do braço oscilante.
Verifique os parafusos e as porcas de fixação das seguintes peças.
• Eixos
• Porcas do eixo
• Aro, cubo da roda Nos modelos que utilizam cupilhas, verifique se estão fixadas
corretamente. Verifique se há quebra, deformação, danos ou corrosão nas se-
guintes peças:
• Aro
• Roda
• Raios
Levante a roda do solo, gire-a lentamente e verifique a oscilação lateral e vertical.
LIMITE DE USO (rodas dianteira e traseira) Lateral: 2,0 mm Vertical: 2,0 mm
Oscilação das rodas “comstar” ou “casting” não pode ser corri­gida. Entretanto, verifique se há folga no rolamento ou empena­mento no eixo. Se for necessário substitua o conjunto da roda. Se houver deformação nos aros com raios, substitua o aro.
MANUTENÇÃO
Verifique a oscilação observando a alteração da folga.
PARAFUSO DO ARO
PORCA DO SUPORTE DO EIXO
CUPILHA
EIXO
PORCA DO EIXO
MANUTENÇÃO
2-37
Verifique se os raios estão soltos, batendo-os levemente com uma chave Phillips. Se um raio não soar claramente ou se apresentar um som dife­rente dos outros, aperte-o. Bata levemente em todos os raios e certifique-se de que todos apresentam som metálico claro na mesma tonalidade em todos os raios.
NOTA
Verifique a pressão dos pneus com o manômetro. Verifique a pressão com pneus frios para obter a medida corre-
ta. Verificar a pressão enquanto os pneus estão aquecidos lhe dará a leitura incorreta.
c
a
As especificações da pressão dos pneus diferem em cada mo­delo. Consulte o Manual de Serviços Específicos do modelo.
Verifique se há cortes ou danos na banda de rodagem e nos flancos do pneu e substitua-a, se for necessário.
Verifique se há pregos, pedaços de metal ou pedras, encrava­dos nos pneus.
Conduzir a motocicleta com a pressão do pneu incorreta pode causar desgaste anormal do pneu.
Conduzir a motocicleta com a pressão do pneu incorreta pode afetar a dirigibilidade e resultar em perda de pres­são repentina.
Os nipples do raio são feitos de material macio. Aperte os raios com uma chave de medida correta. Após o aperto dos raios, verifique o aro quanto à excentricidade.
A profundidade dos sulcos pode ser observada diretamente ou por uso de medidor de profundidade.
• Se a profundidade dos sulcos for abaixo do limite de uso, o pneu deve ser substituído.
• Substitua o pneu se o indicador de limite de desgaste for visí­vel. Verifique também se há desgaste anormal nos pneus.
NOTA
Os indicadores de desgaste “” estão distribuídos em várias partes do flanco dos pneus para facilitar a inspeção.
MARCA “”
RAIOS
CHAVE DE RAIOS
F. E.
MANÔMETRO
DESGASTE
INDICADOR DE LIMITE DE DESGASTE
2-38

ROLAMENTOS DA COLUNA DE DIREÇÃO

Apóie a motocicleta no seu cavalete central ou lateral e coloque um suporte sob o motor de modo que a roda dianteira fique livre do solo. Verifique se o guidão movimenta suavemente em todas as posições de manobra. Se o movimento do guidão não for li­vre ou sentir que está pesado em algumas posições, verifique se há interferência dos cabos ou da fiação principal. Se isto não for a causa, verifique os rolamentos da coluna de direção quan­to a desgastes ou danos.
Verifique se a roda dianteira está desalinhada em relação ao guidão. Se a roda estiver desalinhada, solte as porcas e os pa­rafusos de fixação da roda e do garfo, alinhe a roda e reaperte os parafusos e as porcas. Se não puder corrigir o desalinhamen­to da roda, verifique se o garfo ou chassi está empenado.
MANUTENÇÃO

ALINHAMENTO DAS RODAS (TRX)

Nos modelos FOUR TRAX, inspecione e ajuste o alinhamento da roda dianteira (convergência, curvatura e cáster) se necessário.
CONVERGÊNCIA
Coloque o veículo em local nivelado com as rodas dianteiras em posição reta.
Marque os centros dos pneus com giz para indicar a altura do centro do eixo.
Alinhe o medidor de convergência com as marcas nos pneus como mostra a figura.
Verifique as leituras na escala do medidor. Movimente o veículo para trás lentamente até as rodas girarem
180° de maneira que as marcas nos pneus fiquem alinhadas com a altura do medidor.
Se o guidão apresentar vibração anormal durante a rodagem, verifique as fixações do guidão e da roda.
Vire o guidão completamente da direita para a esquerda e vice­versa para verificar se há interferência entre o chassi e o guidão. Verifique se o batente do garfo dianteiro na mesa inferior está prensando as fiações.
Se o guidão apresentar movimento anormal, estiver preso ou ti­ver movimento vertical, ajuste os rolamentos da coluna de dire­ção girando a porca de ajuste. Para procedimento correto, con­sulte o Manual de Serviços Específicos do modelo.
CENTRO DA RODA
PORCA DA COLUNA DE DIREÇÃO
MEDIDOR DE CONVERGÊNCIA
MANUTENÇÃO
2-39
Meça a convergência na parte traseira dos pneus nos mesmos pontos.
Quando a convergência estiver fora da especificação, ajuste-a alterando o comprimento das varetas de convergência de ma­neira uniforme enquanto mede a convergência.

ARQUEAMENTO/INCLINAÇÃO

Remova a tampa da roda, cupilha e porca do eixo dianteiro. Instale uma extensão no eixo dianteiro. Instale o medidor de arqueamento e inclinação na extensão.
Meça o arqueamento. Coloque o medidor de giro sob as rodas dianteiras. Meça a incli-
nação. O arqueamento e a inclinação não são ajustáveis. Se eles estive-
rem fora da especificação, verifique a suspensão e o chassi quanto a danos e substitua as peças danificadas; verifique o ali­nhamento das rodas novamente.
MEDIDOR DE ARQUEAMENTO/ INCLINAÇÃO
A
B
DIANTEIRA
EXTENSÃO
NOTAS
2-40
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

3. TESTE DE MOTOR

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 3-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 3-1
TESTE DE COMPRESSÃO 3-2

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

O teste de compressão fornece informações importantes sobre a condição mecânica do motor em questão. Um teste de compressão pode indicar, prontamente, se todos os fatores que contribuem para o funcionamento do motor estão dentro dos limites de serviços básicos ou se há suspeita de anormalidade nos anéis do pistão/cilindro(s) ou nas válvulas/assentos das válvulas nos casos de motores de 4 tempos. Para que o teste de compressão seja preciso, as instruções devem ser seguidas rigorosamente, o motor deve conter somente os componentes normais e a bateria dos modelos equipados com o motor de partida deve estar em perfeitas condições.

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

Compressão baixa ou irregular
• Mecanismo de válvulas defeituoso – Folga das válvulas incorreta – Válvulas empenadas, queimadas ou presas – Assento da válvula gasto ou danificado – Sincronização incorreta das válvulas – Mola da válvula quebrada – Ajustador hidráulico da válvula defeituoso.
• Cabeçote – Vazamento ou dano na junta do cabeçote – Cabeçote empenado ou trincado.
• Cilindro ou pistão – Anéis do pistão gastos ou danificados – Cilindro ou pistão gasto – Anel do pistão preso na canaleta.
NOTA
• Compressão primária do cárter muito baixa (motores de 2 tempos) – Palheta danificada – Retentor da árvore de manivelas danificado – Cárter ou a junta da base do cilindro danificado.
Compressão alta
– Acúmulo excessivo de carvão na cabeça do pistão ou na câmara de combustão.
Nos motores de 2 tempos, inspecione os seguintes itens se a compressão estiver baixa ou irregular com sinais de mistura ar/combustível pobre.
3-1
3
3-2

TESTE DE COMPRESSÃO

INFORMAÇÕES GERAIS
Um teste de compressão é uma maneira rápida e fácil de verificar a condição geral de um motor. Esse teste deve ser efetuado antes de qualquer serviço de regulagem do motor, especialmente quando a máquina estiver rendendo abaixo de sua potência normal. Se o motor tiver uma válvula queimada, por exemplo, o cliente deve ser notificado de que a regulagem do motor não trará benefício sem efetuar outros serviços necessários ao motor. Um teste de compressão deve ser feito, também, se sentirmos a falta de potência na motocicleta ou na motoneta especialmente durante a aceleração.
Um teste de compressão pode não ser conclusivo se o motor não estiver em boas condições, se a bateria não estiver em perfeitas condições para os modelos com motor de partida (a velocidade de rotação do motor pode ser lenta) ou se não forem seguidas as instruções de teste completamente. Em cada uma dessas situações, a compressão registrada estará sempre abaixo do limite de uso indicado no Manual de Serviços Específicos do modelo.
Quando obtivermos uma leitura inferior ao limite de uso, há algo mais para considerar. O que ocorre, se a compressão está abaixo do limite de uso ou se a compressão é relativamente a mesma em cada cilindro e o motor não apresenta fumaça? Não há razão para recondicionar um motor que está em boas condições de uso. E se a compressão em um dos cilindros de um motor de dois ou mais cilindros é significativamente baixa, o motor deve ser recondicionado.
TESTE
NOTA
Aqueça o motor até a temperatura normal de funcionamento. Desligue o motor e remova a vela de ignição de cada cilindro.
Instale o adaptador do medidor de compressão no cilindro que será testado. Conecte o medidor de compressão.
NOTA
FERRAMENTA: MEDIDOR DE COMPRESSÃO 07305-0010000
Modelos com pedal de partida: Abra completamente as válvulas do acelerador e do afogador e acione o pedal de partida várias vezes; verifique a compressão, Modelos com motor de partida: Coloque o interruptor do motor na posição “OFF”. Abra completamente as válvulas do acelerador e do afogador, acione o botão de partida e verifique a compressão.
NOTA
Para evitar a descarga da bateria, não acione o motor de partida mais do que sete segundos.
Certifique-se de que não há perda de compressão pela conexão do adaptador.
Se a motocicleta é equipada com um descompressor mecâ­nico, ajuste-o corretamente antes de efetuar o teste de com­pressão. Nas motocicletas equipadas com descompressor automático, o descompressor deve ser desativado antes de efetuar o teste.
TESTE DE MOTOR
MEDIDOR DE COMPRESSÃO
CONEXÃO
F. E.
F. E.
TESTE DE MOTOR
3-3
Se a compressão estiver baixa, coloque uma pequena quanti­dade de óleo de motor limpo no cilindro e verifique novamente a compressão. – Se a compressão aumentar, inspecione o cilindro e os anéis
do pistão.
– Se a compressão permanecer baixa, verifique as válvulas, os
assentos das válvulas e o cabeçote. Se a compressão estiver alta, verifique se há acúmulo de depósitos de carvão na câmara de combustão ou na cabeça do pistão.
NOTAS
3-4
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E
ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI-
CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES
MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO-
DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO
MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA
DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO
DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO-
TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM
AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO
EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE.
NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE
SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR
ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

4. LUBRIFICAÇÃO

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 4-1 ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO 4-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 4-2 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS 4-3 DESCRIÇÃO DA BOMBA DE ÓLEO 4-7 VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DE ÓLEO 4-9
INSPEÇÃO DA BOMBA DE ÓLEO 4-9 VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO 4-10 SANGRIA DA BOMBA DE ÓLEO/TUBOS
DE ÓLEO (Motores de 2 tempos) 4-11 INSPEÇÃO DO SISTEMA DE
REFRIGERAÇÃO DE ÓLEO 4-12

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

Motores de 4 tempos:
• Consulte o Manual do Modelo Específico quanto aos seguintes itens: – Remoção/instalação da bomba de óleo – Limpeza da tela do filtro de óleo – Troca do filtro de óleo – Inspeção do nível de óleo/troca de óleo
• Os procedimentos de serviço apresentados neste capítulo devem ser realizados com o motor sem óleo.
• Ao remover e instalar a bomba de óleo, tenha cuidado para não permitir a penetração de pó ou sujeira no motor.
• Se alguma peça da bomba de óleo estiver gasta, além dos limites de uso especificado, troque todo o conjunto da bomba
de óleo.
• Após a instalação da bomba de óleo, certifique-se de que não há vazamentos de óleo e que a pressão está correta.
Motores de 2 tempos:
• Ao remover e instalar a bomba de óleo, limpe o motor em redor da bomba e a própria bomba de óleo.
• Não tente desmontar a bomba de óleo.
• Efetue a sangria de ar da bomba de óleo se houver óleo no tubo de entrada e toda vez que o tubo de óleo for
desconectado.
• Coloque o óleo no tubo de saída sempre que o tubo for desconectado.
• Consulte o capítulo 2 para limpar a tela do filtro de óleo e ajustar o cabo de controle da bomba de óleo.

ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇO

Use somente o óleo recomendado para seu veículo. A viscosidade necessária varia de acordo com a faixa de temperatura do ar encontrada durante a operação. Consulte o Manual do Modelo Específico sobre as recomendações específicas do óleo para o modelo que estiver efetuando a manutenção.
Recomendações sobre o óleo:
Motor de 4 tempos/ CLASSIFICAÇÃO DE SERVIÇO API: SF Transmissão Viscosidade: SAE 20W–50 Óleo de transmissão para motor de 2 tempos Outros graus de viscosidade indicados no quadro
ao lado poderão ser usados quando a temperatura média do local de condução estiver dentro das faixas indicadas.
Óleo do motor de Sistema de lubrificação Óleo para motores de 2 tempos Pró-Honda ou equivalente 2 tempos mecânica/lubrificação
separada Sistema de pré-mistura A única relação combustível/óleo recomendada do óleo para motores
de 2 tempos Pró-Honda ou equivalente (sem concentrados) é de 20:1
4-1
4
4-2

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

Motores de 4 tempos: Nível do óleo baixo
• Consumo normal de óleo.
• Vazamentos externos de óleo.
• Anel do pistão gasto ou instalado incorretamente.
• Guia da válvula ou retentor de óleo gasto.
• Bomba de óleo gasta ou danificada (motor de cárter seco).
Contaminação do óleo (aparência clara)
• Óleo misturado com fluido de arrefecimento (motor refrigerado a líquido): – Retentor mecânico da bomba de água defeituoso. – Junta do cabeçote defeituosa. – Vazamento de água na carcaça do motor.
Pressão do óleo baixa ou sem pressão
• Orifício e/ou orifícios de óleo obstruídos.
• Uso de óleo incorreto.
Somente nos modelos equipados com interruptor da pressão do óleo: Pressão do óleo muito alta
• A válvula de alívio de pressão permanece fechada.
• Filtro de óleo obstruído, galeria ou orifício obstruído.
• Uso de óleo incorreto.
Pressão do óleo muito baixa
• Válvula de alívio de pressão permanece aberta.
• Tela do filtro de óleo obstruída.
• Bomba de óleo gasta ou danificada.
• Vazamentos internos de óleo.
• Uso de óleo incorreto.
• Nível de óleo baixo.
Não há pressão do óleo
• Nível do óleo muito baixo.
• Corrente da bomba de óleo ou a engrenagem motora quebrada.
• Bomba de óleo danificada (eixo da bomba danificado).
• Vazamentos internos de óleo.
Motores de 2 tempos com sistema de lubrificação separado: Excesso de fumaça e/ou carvão na vela de ignição:
• Bomba de óleo defeituosa (vazão excessiva).
• Óleo do motor de baixa qualidade.
Pistão superaquecido ou preso
• Falta de óleo no tanque ou tubulação de óleo obstruída.
• Ar na tubulação de óleo.
• Bomba de óleo defeituosa (vazão insuficiente).
• Filtro de óleo obstruído.
• O óleo não flui do tanque.
• Respiro da tampa do tanque de óleo obstruído.
Motores de 2 tempos que usam combustível/óleo, pré­misturado. Excesso de fumaça e/ou carvão na vela de ignição
• Mistura inadequada para a altura, temperatura do ar e condições de uso.
• Mistura inadequada de combustível/óleo: demasiada quan­tidade de óleo no combustível.
• Mistura de combustível/óleo muito antiga: evaporação/ deterioração da gasolina.
Pistão superaquecido ou preso
• Mistura inadequada para a altura, temperatura do ar e condições de uso.
• Mistura de combustível/óleo muito antiga: óleo oxidado/ lubrificação deteriorada.
• Pré-mistura do óleo muito antiga: lubrificante oxidado/ degradado.
• Óleo de má qualidade.
• Mistura incorreta de combustível/óleo: pouco óleo no combustível.
LUBRIFICAÇÃO
LUBRIFICAÇÃO
4-3

DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS

SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO DO MOTOR DE 4 TEMPOS
TUBO DE ÓLEO
FILTRO DE ÓLEO
PISTÃO
ORIFÍCIO DE CONTROLE DE ÓLEO
ÁRVORE DE MANIVELAS
TELA DO FILTRO DE ÓLEO
FILTRO DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
BRONZINAS DA BIELA
ÁRVORE DE COMANDO
BALANCIM, EIXO DO BALANCIM
VÁLVULA, MOLA DA VÁLVULA
PÉ DA BIELA, PISTÃO, CILINDRO
ORIFÍCIO DE CON­TROLE DE ÓLEO
VÁLVULA DE ALÍVIO
EIXO DO GARFO SELETOR
ÁRVORE DE TRANSMISSÃO SECUNDÁRIA
ÁRVORE DE TRANSMISSÃO FINAL
Trajeto forçado pela pressão
Trajeto de lubrificação por pulverização
ÁRVORE DE TRANSMISSÃO PRIMÁRIA
EIXO DO BALANCIM
ÁRVORE DE COMANDO
INTERRUPTOR DE PRESSÃO DO ÓLEO
VÁLVULA DE ALÍVIO
BOMBA DE ÓLEO
TRANSMISSÃO
RESERVATÓRIO DE ÓLEO
TELA DO FILTRO DE ÓLEO
NOTA
Alguns sistemas dispõem de uma válvula de alívio que se abre para manter o fluxo de óleo quando o filtro estiver obstruído ou o fluxo de óleo estiver restringido devido a baixa temperatura.
4-4
MOTORES DE 4 TEMPOS
Tipo cárter úmido
Os motores de cárter úmido contêm o volume total de óleo dentro das carcaças do motor. Nesses sistemas, o óleo é bom­beado do cárter, passando por uma tela de filtro e/ou filtro de óleo e, depois, é enviado para vários componentes do motor. O óleo, após a lubrificação, retorna para o cárter por força de gravidade.
Alguns motores de cárter úmido usam somente uma tela para filtrar o óleo. Outros empregam uma combinação de uma tela e um filtro centrífugo ou um filtro de papel.
Tipo cárter seco
O sistema de cárter seco usa um tanque de óleo externo e uma bomba de óleo de dupla função. Nesse sistema, a bomba aspira o óleo do tanque para alimentar vários componentes e bombeia o óleo do cárter de volta para o tanque.
Como este sistema elimina a necessidade de espaço para manter o óleo na parte inferior das carcaças do motor, permite a instalação da árvore de manivelas na posição mais baixa possível. Este sistema ainda permite as configurações da pas­sagem e do armazenamento do óleo que auxiliam a refrigeração do óleo.
Dados gerais
O sistema de lubrificação por pulverização é freqüentemente utilizado nos motores de 4 tempos, bem como em alguns motores de dois tempos. Aqui, o óleo é literalmente pulverizado através dos jatos diretamente sobre os componentes internos como por exemplo a biela, para auxiliar a lubrificação e o arrefecimento das hastes e dos pistões.
Alguns sistemas incluem válvulas de alívio de controle de pressão do óleo para assegurar a lubrificação, mesmo que o filtro esteja obstruído ou o fluxo de óleo esteja restringido devido à baixa temperatura do óleo.
Os filtros de óleo e/ou telas de filtro são posicionados dentro do sistema de lubrificação para reter os contaminantes, antes que o óleo seja conduzido aos condutos do lubrificante.
LUBRIFICAÇÃO
BOMBA DE ÓLEO
TANQUE DE ÓLEO
TELA DO FILTRO DE ÓLEO
FILTRO DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
TELA DO FILTRO DE ÓLEO E/OU FILTRO
LUBRIFICAÇÃO
4-5
SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO DE MOTORES DE 2 TEMPOS
Diferentemente dos motores de 4 tempos, os motores de 2 tempos utilizam a área interna da carcaça do motor como câmara de sucção e, portanto, não podem usar sistema de óleo de tipo de cárter úmido. Conseqüentemente, os dois sistemas seguintes foram adotados para lubrificar o cilindro, os anéis de pistão, a biela e os mancais da árvore de manivelas. Os dois sistemas dependem da alimentação de óleo junto com a gasolina. Nos sistemas de óleo separado, o óleo de lubrificação do motor é introduzido no fluxo descendente do carburador. O óleo é combinado com a gasolina antes de atingir o carburador nos sistemas de pré-mistura.
SISTEMAS DE ÓLEO SEPARADO:
Praticamente, todos os motores de dois tempos das motocicletas e motonetas de ON-ROAD usam um sistema de lubrificação operado por uma bomba de óleo para lubrificar os componentes do motor. Neste tipo de sistema, o óleo é sugado de um tanque de óleo separado por uma bomba de óleo que introduz o óleo diretamente no coletor de admissão de ar/combustível que está localizado mais adiante do carburador. É necessário verificar periodicamente o óleo e completar o nível do tanque, uma vez que o óleo do tanque é continuamente sugado quando o motor está em funcionamento.
A quantidade de lubrificante enviada para o motor depende tanto da rotação do motor (rpm) como da posição do acelerador.
Alguns desses sistemas incluem a circulação do óleo de transmissão na caixa de câmbio com a mesma bomba de óleo.
BRAÇO DE CONTROLE
ORIFÍCIO DE TRANSFERÊNCIA ORIFÍCIO DE
TRANSFERÊNCIA
RETENTOR DE ÓLEO
ÁRVORE DE MANIVELAS
PESO DA MANIVELA
CARCAÇAS DO MOTOR
BIELA
RETENTOR DE ÓLEO DA ÁRVORE DE MANIVELAS
TANQUE DE COMBUSTÍVEL
CARBURADOR
TANQUE DE ÓLEO
VÁLVULA DE RETENÇÃO
TUBO DE ADMISSÃO
CABO DO ACELERADOR
CABO DE CONTROLE DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
BOMBA DE ÓLEO
FILTRO DE ÓLEO
4-6
SISTEMA DE PRÉ-MISTURA (ÓLEO EM COMBUSTÍVEL)
A mistura prévia de óleo do motor com gasolina é o sistema que se utiliza mais nos modelos de competição. A mistura combinada de ar/combustível/óleo é introduzida diretamente no motor através do coletor de admissão com o auxílio
do carburador. A lubrificação da árvore de manivelas e das bronzinas da biela, bem como dos anéis do pistão e das camisas do cilindro é feita quando essa mistura é aspirada para dentro do motor pela sucção criada pelo movimento do pistão.
É importante usar apenas a relação combustível/óleo de 20:1. Todos os motores Honda são projetados para operar com mais eficiência e durabilidade quando é adotada a relação de pré-mistura de 20:1. Todos os giclês padronizados do carbura­dor estão baseados nesta relação.
Os giclês padronizados são baseados na relação 20:1 ao nível do mar a 20°C (68° F).
a
É muito importante que a mistura de combustível/óleo seja nova, tanto para o rendimento global da máquina, como para a efi­ciência da lubrificação.
Para mais eficiência da lubrificação nesse sistema, use a pré-mistura de combustível/óleo que tenha sido misturada dentro de 24 horas. O óleo de pré-mistura dos motores de 2 tempos armazenado em recipientes não herméticos por mais de um mês não deverá ser utilizado. O óleo armazenado em recipiente não hermético está sujeito à oxidação, que deteriora a capacidade de lubrificação.
Óleos de pré-mistura de tipo vegetal separam-se da gasolina mais facilmente do que óleos minerais, especialmente no frio. É aconselhável usar óleo mineral quando se prevê uma temperatura ambiente abaixo de 0°C (32°F).
a
A mistura de óleo vegetal a óleo à base de minerais causa desgaste ou dano prematuro ao motor.
O uso de relação combustível/óleo diferente de 20:1 pode afetar os giclês em geral e o desempenho do motor, cau­sando desgaste ou dano prematuro do motor.
LUBRIFICAÇÃO
MISTURA ÓLEO/ COMBUSTÍVEL
MISTURA ÓLEO/ COMBUSTÍVEL
COMBUSTÍVEL PRÉ-MISTURADO
AR
LUBRIFICAÇÃO
4-7

DESCRIÇÃO DA BOMBA DE ÓLEO

TIPO TROCOIDAL
A bomba de óleo do tipo trocoidal é o sistema mais utilizado nos motores de 4 tempos. Esta bomba faz girar dois rotores dentro de uma carcaça, com o rotor interno fixado no eixo da bomba (eixo motriz) e um rotor externo na sua circunferência. Quando o rotor interno gira por meio do eixo da bomba de óleo, o rotor ex­terno também gira variando a folga entre os dois rotores. O lubri­ficante é aspirado quando aumenta a folga entre os rotores e é enviado para o lado oposto através desta abertura e, depois, será encaminhado para a passagem de descarga quando a fol­ga diminui. Quanto maior for o número de dentes dos rotores in­terno e externo, menor será a intensidade de pulsação. O volu­me de vazão de óleo aumenta na proporção direta com o au­mento da espessura do rotor.
Alguns modelos dispõem de uma bomba de óleo trocoidal de duplo rotor que recolhe o óleo diretamente tanto do radiador como do cárter.
JUNTA
ROTOR INTERNO
ROTOR INTERNO
RADIADOR DE ÓLEO
ÁRVORE DE COMANDO
FILTRO DE ÓLEO
GALERIA PRINCIPAL
SUPORTE DA ÁRVORE DE COMANDO
DESCARGA
SUCÇÃO
CARCAÇA DA BOMBA
ROTOR EXTERNO
ROTOR EXTERNO
EIXO DA BOMBA
BOMBA DE ÓLEO
CONDUTOS DE ÓLEO
DOSADOR DE ÓLEO
4-8
BOMBA DE PISTÃO
Praticamente todos os motores de 2 tempos lubrificados sem mistura previa são equipados com bomba de óleo do tipo pistão.
Algumas bombas de pistão são acionadas pela árvore de mani­velas por meio do eixo da engrenagem da bomba de óleo e ou­tras são acionadas diretamente pela árvore de manivelas.
O came da bomba de óleo é pressionado por uma mola. A rota­ção do came faz o pistão subir e descer de tal maneira que o movimento de bombeamento seja repetido. A quantidade de lu­brificante é controlada proporcionalmente à rotação do came.
A bomba está projetada para controlar a quantidade de lubrifi­cante descarregada pela rotação da árvore de manivelas, va­riando o curso do pistão pela operação do came acoplado à vál­vula de aceleração do carburador.
A função combinada desses dois mecanismos permite a vazão apropriada do lubrificante, dependendo das condições de car­ga e da rotação do motor.
Princípio de funcionamento da bomba de óleo
(1) Quando a válvula desce, bloqueia a passagem de descarga, enquanto abre gradativamente a passagem de admissão. (2) Aqui, no ponto morto inferior, a passagem de descarga é completamente fechada enquanto a passagem de admissão é
completamente aberta, permitindo a entrada de óleo na câmara da bomba. (3) Com a câmara cheia de óleo, a válvula sobe, fechando a passagem de admissão. (4) A válvula torna a subir, permitindo a vazão livre do óleo pela passagem de descarga. (5) O pistão também sobe, comprimindo o óleo que se encontra dentro da câmara e bombeando o óleo para fora, pela passa-
gem de descarga, para o coletor de admissão via tubo de descarga.
LUBRIFICAÇÃO
CAME
DAS VÁLVULAS
MOLA
PISTÃO
VÁLVULA
EIXO MOTOR
ENGRENAGEM
DE ACIONAMENTO
DO CAME
CAME
PINO
ENGRENAGEM DA BOMBA
BRAÇO DE CONTROLE
CÂMARA DA BOMBA
PISTÃO
VÁLVULA
CAME
DO PISTÃO
PASSAGEM DE DESCARGA
(Processo de admissão) (Processo de descarga)
PASSAGEM
DE
ADMISSÃO
LUBRIFICAÇÃO
4-9

VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DE ÓLEO

NOTA
Desligue o motor e puxe a capa do interruptor de pressão de óleo para fora. Desconecte o fio do interruptor, retirando o para­fuso. Gire o interruptor de ignição para posição ON e verifique se a lâmpada indicadora da pressão do óleo acende.
Se a lâmpada indicadora da pressão do óleo acender, é sinal que há curto-circuito no fio do interruptor. Repare ou substitua se for necessário. Remova o interruptor da pressão de óleo (consulte o Manual do Modelo Específico). Instale o adaptador, se for necessário, e conecte o manômetro no motor.
Verifique o nível do óleo e adicione o óleo recomendado se for necessário.
Ligue o motor e verifique a pressão do óleo. Se a pressão estiver normal, substitua o interruptor da pressão de óleo.
Desligue o motor. Aplique junta líquida nas roscas do interruptor da pressão de óleo antes de instalá-lo.
a
Conecte a fiação do interruptor da pressão de óleo e ligue o motor. Verifique se a lâmpada indicadora da pressão do óleo apaga em um ou dois segundos. Se a lâmpada indicadora da pressão do óleo permanecer ace­sa, desligue o motor imediatamente e verifique a causa.

INSPEÇÃO DA BOMBA DO ÓLEO

TIPO TROCOIDAL
NOTA
Desmonte a bomba de óleo e limpe as peças com óleo limpo. Instale corretamente os rotores interno e o externo na carcaça
da bomba. Meça a folga entre a carcaça da bomba e o rotor externo e a fol­ga entre os rotores (interno e externo), utilizando um cálibre de lâminas.
Quando houver dois pares de rotores interno e externo, verifi­que cada lado da bomba conforme a descrição abaixo.
O aperto excessivo do interruptor pode causar danos à carcaça do motor.
• Este procedimento destina-se aos veículos equipados com interruptor de pressão de óleo.
• Se o motor estiver frio, o manômetro acusará uma pressão acima do normal. Aqueça o motor até a temperatura normal de funcionamento antes de iniciar esse teste.
• Consulte o Manual do Modelo Específico sobre as especifi­cações.
FOLGA ENTRE ROTORES
MANÔMETRO
ADAPTADOR
3 – 4 mm
CARCAÇA
EIXO
ROTOR EXTERNO
ROTOR INTERNO
CÁLIBRE DE LÂMINAS
CÁLIBRE DE LÂMINAS
FOLGA ENTRE A CARCAÇA E O ROTOR
APLIQUE JUNTA LÍQUIDA
Nota: Aplique a junta líquida somente na área
mostrada abaixo.
F. E.
F. E.
4-10
Meça a folga entre os rotores e a face da carcaça com uma ré­gua e o cálibre de lâminas.
NOTA
Consulte o Manual do Modelo Específico sobre as especifica­ções da folga.
Se houver junta da tampa, meça a folga com a junta instalada.
BOMBA DE PISTÃO
NOTA
Retire a bomba de óleo e verifique os itens seguintes: – engrenagem da bomba gasta ou danificada; – vazamento de óleo pelos retentores; – eixo da bomba travando.
Conecte o tubo do tanque de óleo no lado da sucção e gire o eixo. Verifique se o óleo flui para fora pela abertura de descarga.
• Não desmonte, nem tente reparar a bomba de óleo do mo­tor de dois tempos. Se ela for desmontada uma vez, não voltará a funcionar corretamente.
• Troque a bomba se estiver gasta ou danificada.

VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO

Retire o anel elástico, a arruela, a mola e o pistão do corpo da válvula. Verifique o pistão e o corpo da válvula quanto a desgastes, ris­cos ou danos. Se a canaleta do anel elástico estiver danificada, o fornecimento de óleo será reduzido e poderá fundir o motor.
NOTA
Instale o pistão com o lado aberto voltado para a mola.

VÁLVULA DE ALÍVIO INSTALADA NA BOMBA DE ÓLEO

Retire a cupilha, o assento, a mola e a válvula. Verifique se a válvula apresenta desgaste ou dano.
NOTA
Instale a válvula com o lado selado voltado para a mola.
LUBRIFICAÇÃO
CUPILHA
FOLGA ENTRE OS ROTORES E A FACE DA CARCAÇA
RÉGUA
JUNTA
ANEL DE VEDAÇÃO
ENGRENAGEM
CORPO
PISTÃO
ANEL ELÁSTICO
ARRUELA
VÁLVULA
ASSENTO
MOLA
MOLA
ANEL DE VEDAÇÃO
LUBRIFICAÇÃO
4-11

SANGRIA DA BOMBA DE ÓLEO/ TUBOS DE ÓLEO

(MOTORES DE 2 TEMPOS)
a
NOTA
SANGRIA DA TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO DA BOMBA DE ÓLEO
Abasteça o tanque com o óleo recomendado. Cubra as peças das proximidades da bomba com pano. Desconecte os tubos da bomba de óleo e encha a bomba com óleo. Deixe o óleo pingar pelo tubo de entrada de óleo para expulsar bolhas de ar da tubulação e, em seguida, conecte o tubo de en­trada da bomba. Se houver um parafuso de sangria, desaperte-o até que não apareçam bolhas de ar no óleo pelo orifício do parafuso e, em seguida, reaperte o parafuso.
Certifique-se de que não há ar no tubo de óleo. Efetue a sangria de ar do tubo de saída de óleo.
SANGRIA DO TUBO DE SAÍDA
Remova o tubo de saída de óleo e feche a junção do tubo de en­trada. Dobre o tubo de saída de óleo em forma de “U” com as ex­tremidades em paralelo e encha o tubo de saída com óleo limpo.
Conecte o tubo de saída na junção da bomba de óleo. Ligue o motor e deixe-o em marcha lenta com a alavanca de controle do óleo na posição totalmente aberta. Certifique-se de que o óleo flui pelo tubo de saída.
c
a
Desligue o motor e efetue novamente a sangria de ar do tubo e da bomba, se o óleo não sair em um minuto. Verifique novamen­te o fluxo do óleo.
Conecte o tubo de saída de óleo no coletor de admissão.
Opere o motor na rotação mínima necessária para evitar danos ao motor, se o fluxo de óleo estiver restringido.
Realize esta operação em uma área bem ventilada. Os ga­ses do escapamento contêm monóxido de carbono vene­noso, que pode causar a perde de consciência e resultar em morte se for respirado.
• Efetue a sangria de ar do tubo de aspiração do óleo e da bomba, sempre que as tubulações de óleo e a bomba forem removidas.
• Efetue a sangria de ar do tubo de aspiração e da bomba pri­meiro e, em seguida, do tubo de saída de óleo.
Efetue a sangria de ar no sistema de óleo. O ar presente no sistema de óleo bloqueia ou restringe o fluxo de óleo e pode causar graves danos ao motor.
JUNÇÃO DO CONDUTO DE ENTRADA
TUBO DE SAÍDA
PRESILHA
TUBO DE ENTRADA
CONDUTO
DE ENTRADA
CONDUTO DE SAÍDA
ÓLEO RECOMENDADO
CONDUTO DE SAÍDA
JUNÇÃO DA BOMBA DE ÓLEO
PANO LIMPO
4-12

INSPEÇÃO DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO DE ÓLEO

Verifique se há vazamento nas conexões dos tubos de óleo. Verifique se as aletas do radiador de óleo estão dobradas ou
danificadas. Endireite as aletas tortas ou dobradas, utilizando uma chave de fenda pequena, se for necessário. Verifique se as passagens de ar estão obstruídas ou restringi­das. Retire qualquer sujeira presa entre as aletas com o ar comprimi­do ou remova a sujeira com água.
LUBRIFICAÇÃO
ALETAS
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

5. SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 5-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 5-1 DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS 5-2 LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO 5-6
TESTES DO SISTEMA 5-7 TERMOSTATO 5-8 BOMBA DE ÁGUA 5-8

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

c
• Adicione o líquido de arrefecimento ao tanque de reserva. Não retire a tampa do radiador, a não ser para reabastecer ou drenar o sistema.
• Todos os serviços do sistema de arrefecimento poderão ser feitos com o motor no chassi.
• Evite derramar o líquido de arrefecimento nas superfícies pintadas.
• Terminado o serviço de manutenção do sistema, verifique se há vazamentos, aplicando o dispositivo de teste do sistema de arrefecimento.
• Consulte o capítulo 25 sobre o interruptor termostático do motor do ventilador e sobre as inspeções do sensor de temperatura.

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

Temperatura do motor muito elevada
• O medidor de temperatura ou sensor do medidor de temperatura está defeituoso (consulte o capítulo 25)
• Termostato preso na posição fechada
• Tampa do radiador está defeituosa
• Líquido de arrefecimento insuficiente
• Passagens obstruídas no radiador, nas mangueiras ou no tanque de expansão.
• Há ar no sistema
• Motor do ventilador de arrefecimento defeituoso
• Interruptor do motor do ventilador defeituoso (ver capítulo 25)
• Bomba de água defeituosa.
A temperatura do motor está muito baixa
• Medidor de temperatura ou o sensor do medidor de temperatura está defeituoso
• Termostato preso na posição aberta
• Interruptor do motor do ventilador de refrigeração defeituoso (ver capitulo 25).
Vazamento do líquido de arrefecimento
• Selo mecânico da bomba defeituoso
• Anéis de vedação deteriorados
• Tampa do radiador defeituosa
• Juntas deterioradas ou danificadas
• Presilhas ou braçadeiras das mangueiras soltas
• Mangueiras danificadas ou deterioradas.
• Espere que o motor esfrie antes de retirar a tampa do radiador. A remoção da tampa do radiador enquanto o mo-
tor estiver quente e o líquido de arrefecimento sob pressão pode causar graves queimaduras.
• O líquido de arrefecimento do radiador é tóxico. Não deixe cair o líquido nos olhos, na boca, na pele ou na roupa.
– Se o líquido atingir os olhos, lave bem com água e procure assistência médica imediatamente. – Se o líquido atingir a pele ou a roupa, lave bem com bastante água. – Se o líquido for ingerido, force o vômito, gargareje e procure imediatamente assistência médica.
• MANTENHA O LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO FORA DO ALCANCE DE CRIANÇAS.
5-1
5
5-2

DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS

O sistema de refrigeração por líquido mantém a temperatura do motor em condições ideais e ao mesmo tempo impede o aqueci­mento e resfriamento excessivos. O líquido de arrefecimento é enviado ao sistema por meio de uma bomba de água. O calor de combustão é absorvido pelo líquido de arrefecimento durante sua passagem pelas mangueiras de água e da camisa de água em redor do cilindro e cabeçote. O líquido de arrefecimento passa pelo radiador através do termostato e pela mangueira superior do radiador. O líquido de arrefecimento quente é resfriado pelo ar durante a passagem pelo radiador e retorna para a bomba através da mangueira inferior do radiador.
FLUXO DO SISTEMA
Motores de 4 tempos:
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
TAMPA DO RADIADOR
VENTILADOR TERMOSTATO
TUBO DE ÁGUA
TUBO DE ÁGUA
Motores de 2 tempos:
BOMBA DE ÁGUA
CILINDRO
TERMOSTATO
TANQUE DE EXPANSÃO
BOMBA DE ÁGUA
RADIADOR
INTERRUPTOR
RADIADOR
MANGUEIRA SUPERIOR
MANGUEIRA INFERIOR
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
5-3
RADIADOR
A temperatura do líquido de arrefecimento diminuí devido à dis­sipação do calor no ar por meio das aletas do radiador, quando o líquido de arrefecimento passa pelo tubo do radiador. Quanto maior for a superfície das aletas de refrigeração, maior será a capacidade de arrefecimento do radiador.
É importante que o ar possa passar pelas aletas do radiador, de modo que o calor seja dissipado do líquido de arrefecimento para as aletas e para a atmosfera. Se as aletas estiverem amas­sadas ou torcidas, não permitirão a dissipação do calor por cau­sa da restrição de passagem do ar através das aletas, provo­cando queda da capacidade de refrigeração. Se 1/3 ou mais das aletas estiverem amassadas ou torcidas, as aletas deverão ser reparadas, usando-se uma chave de fenda de ponta fina.
VENTILADOR DE REFRIGERAÇÃO
O calor é dissipado na atmosfera devido à diferença de tempera­tura entre o ar e o líquido de arrefecimento que absorveu o calor.
Se a motocicleta não estiver em operação (o ar em redor do ra­diador não circula) ou quando a temperatura da atmosfera é ele­vada, a diferença de temperatura entre a atmosfera e o líquido de arrefecimento se torna menor e a dissipação do calor dimi­nui, prejudicando o rendimento do motor.
O ventilador de refrigeração mantém a capacidade de arrefeci­mento mesmo em condições adversas. Ele força a circulação do ar em redor do radiador e do motor para dissipar o calor, não importando se o veículo está em movimento ou não.
INTERRUPTOR DO VENTILADOR DE REFRIGERAÇÃO
O interruptor do ventilador liga ou desliga automaticamente o ventilador de refrigeração, dependendo da temperatura do líqui­do de arrefecimento. Quando a temperatura do líquido de arre­fecimento do motor atinge um nível especificado, o interruptor do ventilador é ativado, colocando o motor do ventilador em fun­cionamento. Quando a temperatura do líquido de arrefecimento diminui, o interruptor é desligado, parando o motor do ventila­dor. As variações de temperatura do líquido de arrefecimento são detectadas por um termo-sensor acoplado ao interruptor.
INTERRUPTOR DO VENTILADOR
ALETA
TUBO
LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO QUENTE
CALOR DO FLUIDO DE ARREFECIMENTO ABSORVIDO PELO AR
LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO FRIO
VENTILADOR
VENTILADOR
5-4
TAMPA DO RADIADOR
A tampa do radiador, equipada com uma válvula de pressão, permite controlar o ponto de ebulição do líquido de arrefecimento além de manter a pressão no sistema de refrigeração do motor.
Ponto de ebulição do líquido de arrefecimento (mistura de 50-50%)
À pressão atmosférica: aproximadamente 100°C (212°F). Abaixo de 12,8 psi (0,9 kg/cm
2
) de pressão: aproximadamen-
te 125°C (257°F).
c
Espere resfriar o motor antes de retirar a tampa do ra­diador. A remoção da tampa do radiador enquanto o motor estiver quente provocará a saída do líquido de ar­refecimento sob pressão, podendo provocar graves queimaduras.
Quando a temperatura do líquido de arrefecimento aumenta, a diferença de temperatura entre o líquido de arrefecimento e a at­mosfera torna-se maior. Como o sistema é pressurizado, evita-se a perda do vapor do lí­quido de arrefecimento, melhorando ao mesmo tempo o efeito de refrigeração. As válvulas de pressão e de ventilação incorporadas à tampa do radiador, mantêm constante a pressão no sistema de arrefeci­mento.
Se a pressão ultrapassa um limite especificado, a válvula de pressão é aberta, regulando a pressão do sistema de refrigera­ção pela liberação do líquido de arrefecimento (cujo volume te­nha sido expandido devido ao aumento de temperatura) para um tanque de expansão. A pressão em que a válvula de pres­são é aberta é chamada de pressão de abertura da válvula do radiador.
Quando a temperatura do líquido de arrefecimento diminui, após desligar o motor, a pressão do sistema diminui (reduz-se o volu­me do líquido de arrefecimento) e a válvula de ventilação é aberta pela pressão atmosférica e o líquido de arrefecimento re­torna do tanque de expansão para o radiador.
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
VÁLVULA DE VENTILAÇÃO
VÁLVULA DE PRESSÃO
VÁLVULA DE VENTILAÇÃO
PARA O TANQUE DE EXPANSÃO VÁLVULA
DE PRESSÃO
PRESSÃO
DO TANQUE DE EXPANSÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
5-5
TANQUE DE EXPANSÃO
Como já foi explicado no parágrafo anterior sobre a tampa do radiador, o tanque de expansão armazena provisoriamente o lí­quido de arrefecimento. Este tanque ajuda a controlar o nível do líquido de arrefecimento no sistema de refrigeração. O tanque de expansão é ligado ao radiador por meio de um tubo flexível.
TERMOSTATO
O termostato é instalado entre a camisa de água do cabeçote e o radiador.
O termostato ajuda a aquecer o motor, impedindo a circulação do líquido de arrefecimento quando a temperatura do motor (do líquido de arrefecimento) estiver baixa, fechando a válvula.
Quando a temperatura do motor aumenta, a válvula do termosta­to é aberta, permitindo a circulação de líquido de arrefecimento através do radiador.
Mesmo que haja variação da temperatura atmosférica, o termos­tato controla a temperatura do motor em nível constante.
Se a válvula do termostato for mantida aberta, o líquido de arre­fecimento circulará mesmo em baixa temperatura. Isto impedirá que o motor atinja a temperatura ideal de funcionamento, provo­cando resfriamento excessivo.
Se a válvula do termostato for mantida fechada, provocará supe­raquecimento no motor por não permitir a circulação do líquido de arrefecimento, impedindo que o radiador dissipe o calor quando a temperatura do motor ultrapassar o limite crítico.
BOMBA DE ÁGUA
A bomba de água auxilia a circulação natural do líquido de arre­fecimento, que é realizada por convexão. A bomba de água ali­menta também o líquido de arrefecimento uniformemente no ci­lindro e na camisa de água do cabeçote, de tal maneira que o arrefecimento efetivo é mantido, mesmo que a capacidade do radiador seja reduzida.
Quando o rotor da bomba de água gira, a força centrífuga atrai o líquido de arrefecimento através da entrada da bomba de água e descarrega esse líquido na camisa de água do motor.
DO RADIADOR
SIFÃO
MOTOR FRIO
MOTOR QUENTE
PARA O RADIADOR
PARA O RADIADOR
DO CABEÇOTE
DO CABEÇOTE
VÁLVULA DO TERMOSTATO
VÁLVULA DO TERMOSTATO
TANQUE DE EXPANSÃO
PARA O MOTOR (CILINDRO)
ROTOR DA BOMBA DE ÁGUA
5-6

LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO

PREPARAÇÃO
c
NOTA
A mistura de água destilada e solução à base de glicol de etile­no deve ser preparada para temperaturas 5°C inferiores à tem­peratura ambiente mínima prevista no local da utilização da mo­tocicleta.
MISTURA RECOMENDADA: 50/50 (água destilada e líquido de arrefecimento).
TROCA DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO
a
Complete o nível do tanque de expansão com novo líquido de arrefecimento.
Retire o tanque de expansão do líquido de arrefecimento. Esva­zie o líquido e lave a parte interna do tanque.
Retire a tampa do radiador e os parafusos de drenagem e drene o líquido de arrefecimento.
Reinstale o(s) parafuso(s) de drenagem. Consulte no Manual do Modelo Específico a localização dos pa-
rafusos de drenagem. Coloque o líquido de arrefecimento recomendado através do bocal
de abastecimento do radiador até chegar ao gargalo do bocal. Reinstale o tanque de expansão e abasteça-o até a marca de ní-
vel superior com líquido de arrefecimento novo. Efetue a sangria de ar no sistema.
Espere que o motor se esfrie para efetuar o serviço de manutenção no sistema de arrefecimento. A remoção da tampa do radiador com o motor quente e com o líquido de arrefecimento sob pressão pode resultar em queima­duras graves.
• A eficiência do líquido de arrefecimento diminui com o acú­mulo de ferrugem ou se houver alteração na proporção de mistura durante o uso. Portanto, para o melhor desempe­nho, troque o líquido de arrefecimento regularmente nos in­tervalos especificados na tabela de manutenção.
• Use o líquido de arrefecimento especificado para motores de alumínio (solução à base de glicol de etileno).
• Misture somente água destilada isenta de minerais com o lí­quido anticongelante.
• O líquido de arrefecimento do radiador é tóxico. Evite contatos com os olhos, a boca, a pele ou as roupas. – Se o líquido atingir os olhos, lave-os bem com água e
procure assistência médica imediatamente.
– Se o líquido for ingerido, force o vômito, gargareje e
procure assistência médica imediatamente.
– Se o líquido cair na pele ou na roupa, lave com bas-
tante água.
• MANTENHA O LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO LONGE DO ALCANCE DE CRIANÇAS.
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
PARAFUSO DE DRENAGEM
SOLUÇÃO ANTI­CONGELANTE
(SOLUÇÃO À BASE DE GLICOL DE ETILENO)
ÁGUA COM BAIXO TEOR DE SAIS OU ÁGUA DESTILADA
LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO
TAMPA DO RADIADOR
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
5-7
SANGRIA DE AR
Coloque a transmissão em ponto morto. Ligue o motor e deixe-o funcionar em marcha lenta durante três
minutos. Acelere o motor 3 a 4 vezes para sangrar o ar do sistema. Desligue o motor e adicione o líquido de arrefecimento até o bo-
cal do radiador. Verifique o nível do líquido de arrefecimento no tanque de ex-
pansão e abasteça-o até o nível superior se o nível estiver baixo.

TESTES DO SISTEMA

DENSIDADE DO LÍQUIDO DE ARREFECIMENTO
Verifique a densidade do líquido de arrefecimento com um den­símetro. Verifique se há contaminação e troque o líquido se for neces­sário.
Temperatura do Líquido de Arrefecimento °C (°F)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Relação do Líquido
(32) (41) (50) (59) (68) (77) (86) (95) (104) (113) (122)
de Arrefecimento %
5 1.009 1.009 1.008 1.008 1.007 1.006 1.005 1.003 1.001 0.999 0.997 10 1.018 1.017 1.017 1.016 1.015 1.014 1.013 1.011 1.009 1.007 1.005 15 1.028 1.027 1.026 1.025 1.024 1.022 1.020 1.018 1.016 1.014 1.012 20 1.036 1.035 1.034 1.033 1.031 1.029 1.027 1.025 1.023 1.021 1.019 25 1.045 1.044 1.043 1.042 1.040 1.038 1.036 1.034 1.031 1.028 1.025 30 1.053 1.052 1.051 1.049 1.047 1.045 1.043 1.041 1.038 1.035 1.032 35 1.063 1.062 1.060 1.058 1.056 1.054 1.052 1.049 1.046 1.043 1.040 40 1.072 1.070 1.068 1.066 1.064 1.062 1.059 1.056 1.053 1.050 1.047 45 1.080 1.078 1.076 1.074 1.072 1.069 1.066 1.063 1.060 1.057 1.054 50 1.086 1.084 1.082 1.080 1.077 1.074 1.071 1.068 1.065 1.062 1.059 55 1.095 1.093 1.091 1.088 1.085 1.082 1.079 1.076 1.073 1.070 1.067 60 1.100 1.098 1.095 1.092 1.089 1.086 1.083 1.080 1.077 1.074 1.071
Tabela de densidade do líquido de arrefecimento
BOCAL DE ABASTECIMENTO
LÍQUIDO
DE ARREFECIMENTO
TAMPA DO RADIADOR
DENSÍMETRO
5-8
INSPEÇÃO DA TAMPA DO RADIADOR
Verifique a tampa do radiador, usando um dispositivo de teste do sistema de arrefecimento. Substitua a tampa se a pressão de alívio estiver muito alta ou muito baixa ou se a tampa não retiver a pressão especificada durante pelo menos 6 segundos.
NOTA
TESTE DE PRESSÃO DO SISTEMA
a
Verifique se o sistema retém a pressão especificada durante pelo menos 6 segundos.
Se o sistema não retiver a pressão especificada, verifique os se­guintes itens e corrija-os se for necessário: – Todas as conexões das mangueiras e tubulações; – A instalação da bomba de água; – Retentor da bomba de água (quanto a vazamentos).

TERMOSTATO

Remova o termostato (consulte o Manual do Modelo Específico). Verifique se o termostato está danificado, inspecionando-o vi­sualmente. Verifique a temperatura de abertura do termostato colocando-o em um recipiente com água aquecida.
NOTA
Reinstale o termostato.

BOMBA DE ÁGUA

INSPEÇÃO DO SELO MECÂNICO
Verifique se há sinais de vazamentos do líquido de arrefecimen­to através do orifício de inspeção. Se houver vazamentos, o selo mecânico está defeituoso e deve­rá ser substituído. Consulte o Manual do Modelo Específico sobre os procedimen­tos de serviços, para substituir o selo mecânico. Se o selo mecânico for do tipo embutido, todo o conjunto da bomba de água deverá ser substituído.
• Não deixe o termostato ou o termômetro tocar no recipiente para evitar que as leituras sejam falsas.
• Troque o termostato se a válvula ficar aberta em temperatu­ra normal ou se abrir em temperaturas diferentes das espe­cificadas.
• Verifique a temperatura correta de abertura da válvula com a água aquecida até a temperatura especificada durante 5 minutos. Consulte o Manual do Modelo Específico sobre a temperatura especificada.
O excesso de pressão de alívio da tampa do radiador pode danificar os componentes do sistema de arrefeci­mento.
Antes de instalar a tampa no dispositivo de teste, molhe a su­perfície de vedação com água limpa.
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
BOMBA DE ÁGUA
TAMPA DO RADIADOR
DISPOSITIVO DE TESTE DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
DISPOSITIVO DE TESTE DO SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
TERMOSTATO
TERMÔMETRO
ORIFÍCIO DE INSPEÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
5-9
SUBSTITUIÇÃO DA BOMBA DE ÓLEO
Drene o óleo do motor e o líquido de arrefecimento. Remova os parafusos de fixação da bomba de água. Desconecte as mangueiras de água e o tubo de derivação e re-
mova a bomba de água.
Remova os parafusos e separe a tampa do corpo da bomba. Substitua a bomba de água por uma nova. Instale um novo anel de vedação na ranhura da tampa da bom-
ba; em seguida, instale a tampa na bomba.
Instale um novo anel de vedação na bomba de água. Alinhe a ranhura do eixo da bomba de água com o eixo de acio-
namento da bomba e instale a bomba de água.
Aperte os parafusos de fixação da bomba. Conecte as mangueiras de água e fixe-as com as cintas e presi-
lhas. Abasteça o sistema de arrefecimento. Abasteça o motor com o
óleo recomendado.
PARAFUSOS
TUBO DE DERIVAÇÃO
MANGUEIRAS
ANEL DE VEDAÇÃO
PARAFUSOS
BOMBA DE ÁGUA
TAMPA DA BOMBA
ANEL DE VEDAÇÃO
NOVO
NOVO
NOVO
ÓLEO
MANGUEIRAS DE ÁGUA
TUBO DE DERIVAÇÃO
MANGUEIRA DE ÁGUA
PRESILHA
CINTA
ANEL DE VEDAÇÃO
ALINHE
5-10
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26

6. SISTEMA DE ESCAPE

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 6-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 6-1
DESCRIÇÃO DO SISTEMA 6-2

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

c
• Substitua sempre as juntas e guarnições do tubo de escapamento quando as retirar.
• Observe a posição das braçadeiras instaladas entre o tubo de escapamento e o silencioso. A lingüeta da braçadeira deverá estar alinhada com a ranhura do silencioso.
• Durante a montagem do tubo de escapamento, instale inicialmente todos os parafusos e porcas sem apertá-los. Aperte sempre a braçadeira em primeiro lugar e, em seguida, os demais parafusos e porcas de fixação. Se estes forem apertados primeiro, o tubo de escapamento não ficará assentado corretamente.
• Após a instalação, verifique sempre se há vazamentos nas conexões do sistema de escapamento.

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

Ruído excessivo no escapamento
• Sistema de escapamento deformado
• Vazamento de gás de escape
Rendimento baixo
• Sistema de escapamento deformado
• Vazamento de gás de escape
• Silencioso obstruído.
Deixe o sistema de escapamento esfriar antes de remover os componentes para manutenção, caso contrário estará sujeito a graves queimaduras.
6-1
6
6-2

DESCRIÇÃO DO SISTEMA

O sistema de escapamento atende a outra função além da descarga dos gases de escape. Como os gases de escape descarregados pelo orifício de escape estão muito quentes e submetidos a pressão, eles se ex­pandem rapidamente e produzem um ruído alto se forem descarregados diretamente para a atmosfera. Isto faz também dimi­nuir o rendimento do escapamento, já que o gás se difunde através do orifício de escape. Para evitar os problemas acima, o gás de escape é aspirado do orifício de escape para dentro do silencioso para ser expandido e descarregado na atmosfera depois que a temperatura e a pressão tiverem baixado. Com a variação do tamanho e do diâmetro das seções do sistema de escapamento, a mistura ar/combustível pode ser aspirada para dentro do cilindro com mais eficiência. Isto é conhecido como EFEITO DE EXPULSÃO DOS GASES POR PULSAÇÃO DO ESCAPE. A utilização deste efeito no sistema de escapamento re­sulta em melhoria no rendimento do motor, especialmente nos motores de 2 tempos.
EFEITO DE EXPULSÃO DOS GASES POR PULSAÇÃO DE ESCAPE
Quando a válvula de escape (ou janela) abre com o motor na fase de escape, os gases do escapamento fluem rapidamente do orifício de escape para o silencioso. No final da fase de esca­pe, o fluxo de gás diminui, mas devido à inércia da massa líqui­da, a pressão no cilindro torna-se menor do que a pressão at­mosférica; em outras palavras, uma pressão negativa é aplicada ao cilindro durante pouco tempo. Quando a válvula de admissão (ou janela de transferência dos gases) abre, a mistura ar/com­bustível é aspirada rapidamente para o cilindro.
Os gases descarregados fluem pelo silencioso, formando uma onda de pressão de alta velocidade. Devido à inércia da massa líquida, uma pressão negativa é aplicada ao orifício de escape, por onde passa a onda de pressão. Quando a válvula de esca­pe (ou janela) abrir na fase de escape subseqüente, os gases de escape serão aspirados para fora pela pressão negativa, me­lhorando a eficiência do sistema de escape.
SISTEMA DE ESCAPE
PRESSÃO NEGATIVA NO ORIFÍCIO DE ESCAPE
VÁLVULA DE ADMISSÃO ABRE
VÁLVULA DE ESCAPE ABRE
ONDA DE PRESSÃO
PRESSÃO NEGATIVA NO FINAL DA FASE DE ESCAPE
SISTEMA DE ESCAPE
6-3
Nos motores de 2 tempos, é possível que a mistura ar/combustí­vel descarregada imediatamente antes do final da fase de esca­pe, retorne para o interior do cilindro. Os gases são descarregados no silencioso, formando uma onda de alta pressão. Essa onda de pressão se choca contra o afunilamento na extremidade do silencioso, retorna e aplica uma pressão positiva na janela de escape. A mistura ar/com­bustível que estava para ser descarregada antes do fechamen­to da janela de escape é forçada a voltar para o interior do cilin­dro, melhorando o efeito de expulsão de gases por pulsação de escape.
Como o cicio da onda de pressão se altera de acordo com a mudança de rotação do motor, o efeito de expulsão de gases por pulsação de escape nem sempre é tão eficaz como poderia ser em todas as rotações do motor. O efeito de expulsão de ga­ses por pulsação de escapamento é regulado até certa faixa de rotação do motor. Portanto, o sistema de escape é projetado para ser mais eficaz e conveniente para cada modelo, depen­dendo das condições de uso. Observe que se o sistema de escape for deformado ou tiver va­zamentos de gás de escape, poderá afetar o efeito de expulsão de gases por pulsação de escape, resultando em queda da po­tência do motor.
TUBO DE ESCAPAMENTO COMUM
Os silenciosos dos motores convencionais de 4 tempos com ci­lindros múltiplos usam um tubo independente para cada cilin­dro, mas os modelos mais recentes usam um tubo de escapa­mento comum para todos os cilindros. O novo sistema se caracteriza pela junção dos tubos de esca­pamento em uma câmara equalizadora ou pela união direta dos tubos de escape. Em ambos os sistemas, as pressões de gases descarregadas de cada cilindro separado se misturam. A onda de pulsação no silencioso, que é gerada pela combustão alter­nada nos cilindros adjacentes, promove o efeito de expulsão de gases por pulsação que aumenta a absorção de energia de es­cape e reduz efetivamente o ruído de escapamento. O silencio­so tem peso reduzido e volume menor. O método de conexão dos tubos de escape depende da dispo­sição dos cilindros ou das características do motor. Por exem­plo, um motor de 4 cilindros em linha pode ser ligado com um sistema “4 em 1” ou um sistema “4-2-2”, etc.
ESCAPAMENTO 4 EM 1
MISTURA AR/COMBUSTÍVEL
ONDAS DE PRESSÃO
AFUNILAMENTO
6-4
NOTAS
COMO UTILIZAR ESTE MANUAL
Este manual apresenta as teorias de funcionamento de vários sistemas comuns às motocicletas e moto­netas. Ele fornece também as informações básicas sobre diagnóstico de defeitos, inspeção e reparos dos componentes e sistemas encontrados nessas máquinas.
Capítulo 1 refere-se às informações gerais sobre toda a motocicleta, assim como precauções e cui­dados para efetuar a manutenção e reparos.
Capítulos 2 a 15 referem-se às partes do motor e transmissão.
Capítulos 16 a 20 incluem todos os grupos de com­ponentes que formam o chassi.
Capítulos 21 a 25 aplicam-se a todos os componen­tes e sistemas elétricos instalados nas motocicletas HONDA.
Localize o capítulo que você pretende consultar nesta página (Índice Geral). Na primeira página de cada capítulo você encontrará um índice específico.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. Departamento de Serviços Pós-Venda Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES E ESPECIFICAÇÕES INCLUÍDAS NESTA PUBLI­CAÇÃO SÃO BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRO­DUTO NA OCASIÃO EM QUE A IMPRESSÃO DO MANUAL FOI AUTORIZADA. A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS CARACTERÍSTICAS DA MO­TOCICLETA A QUALQUER MOMENTO E SEM AVISO PRÉVIO, NÃO INCORRENDO POR ISSO EM OBRIGAÇÕES DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO.

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÕES GERAIS
MANUTENÇÃO
TESTE DO MOTOR
LUBRIFICAÇÃO
SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO
SISTEMA DE ESCAPE
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
CABEÇOTE/VÁLVULAS
CILINDRO/PISTÃO
EMBREAGEM SISTEMA DE TRANSMISSÃO POR
CORREIA V-MATIC TRANSMISSÃO/SELETOR DE MARCHAS CARCAÇA DO MOTOR/
ÁRVORE DE MANIVELAS TRANSMISSÃO FINAL/
EIXO DE TRANSMISSÃO RODAS/PNEUS
FREIOS
SISTEMA ELÉTRICO
CHASSIS
MOTOR
SUSPENSÃO DIANTEIRA/ SISTEMA DE DIREÇÃO
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
SUSPENSÃO TRASEIRA
CHASSI
FUNDAMENTOS DE ELETRICIDADE BATERIA/SISTEMA DE CARGA/
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO SISTEMAS DE IGNIÇÃO PARTIDA ELÉTRICA/
EMBREAGEM DE PARTIDA LUZES/INSTRUMENTOS/INTERRUPTORES
19 20 21 22 23 24 25
SUPLEMENTO
26
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
7.
INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 7-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 7-1
DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS 7-2 INSPEÇÃO DOS SISTEMAS 7-5

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

a
• Todas as mangueiras usadas no sistema de alimentação secundária de ar são numeradas para facilitar a identificação (consulte o Manual do Modelo Específico).
• Consulte o Manual do Modelo Específico sobre a aplicação do sistema de controle de emissão.

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

O motor perde força, partida difícil, marcha lenta irregular
• Mangueiras do sistema de controle de emissão defeituosas
Combustão retardada ao utilizar o freio motor
• Sistema de alimentação secundária de ar defeituoso
• Mangueiras do sistema de controle de emissão defeituosas
Baixo rendimento (dirigibilidade) e alto consumo de combustível
• Mangueiras do sistema de controle de emissão danificadas ou mal conectadas
Para impedir qualquer tipo de dano, retire sempre os diafragmas antes de limpar as passagens de ar e combustível com ar comprimido.
7-1
7
7-2

DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS

FONTES DE EMISSÃO
O processo de combustão produz monóxido de carbono e hidrocarbonetos. O controle dos hidrocarbonetos é muito importan­te porque, sob certas condições, os hidrocarbonetos reagem para formar a fumaça fotoquímica quando são submetidos à luz solar. O monóxido de carbono não reage da mesma maneira, mas é tóxico.
A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA., utiliza regulagens de mistura pobre no carburador, bem como outros sistemas, para reduzir as emissões de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos.
SISTEMA DE CONTROLE DE EMISSÕES DO MOTOR
O sistema de controle de emissão do motor encaminha as emissões de gases da carcaça do motor para a câmara de com­bustão através do filtro de ar. Os vapores condensados da carcaça do motor são acumulados em um separador de ar/óleo e em um tubo de dreno que deve ser esvaziado periodicamente. Consulte a tabela de manutenção sobre cada modelo específico. O tubo de dreno neces­sita de uma verificação mais freqüente quanto a acúmulo de óleo, se o veículo for submetido a uso constante em alta velocida­de ou em tempo de chuva.
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
FILTRO DE AR
SEPARADOR DE AR/ÓLEO
SEÇÃO TRANSPARENTE
BUJÃO DE DRENO
AR FRESCO
GÁS DE ESCAPE
TUBO DE DRENO
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
7-3
SISTEMA DE CONTROLE DE EMISSÃO PELO ESCAPAMENTO (SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO SECUNDÁRIA DE AR)
O sistema de controle de emissão pelo escapamento é composto de regulagens de mistura pobre no carburador e não deve sofrer ajustes, a não ser a regulagem da marcha lenta através do parafuso de aceleração.
O sistema de controle de emissão pelo escapamento está composto de um sistema de alimentação secundária de ar, que in­troduz o ar filtrado nos gases de escapamento através do orifício de escape. O ar fresco é aspirado pelo orifício de escape sempre que houver um pulso de pressão negativa no sistema de escape. Esta carga de ar fresco ajuda a queimar os gases de escapamento e altera uma quantidade considerável de hidrocarbonetos e monóxido de carbono, transformando-os em dió­xido de carbono e água.
Uma palheta impede o fluxo inverso do ar através do sistema. A válvula de controle de injeção de ar reage ao vácuo do coletor de admissão e corta o suprimento de ar fresco durante o processo de desaceleração do motor, impedindo assim a combustão retardada no sistema de escapamento.
Não devem ser feitas regulagens no sistema de alimentação secundária de ar, embora seja recomendada uma inspeção pe­riódica dos componentes.
FILTRO DE AR
ORIFÍCIO DE ESCAPE
TUBO DE VÁCUO
VÁLVULA DE PALHETA
VÁLVULA DE CONTROLE DE INJEÇÃO DE AR
7-4
SISTEMA DE CONTROLE DE EMISSÃO DE RUÍDOS
É PROIBIDO ALTERAR O SISTEMA DE CONTROLE DE RUÍDOS: (1) É proibido remover ou deixar o sistema de controle de ruí­dos inoperante com outros propósitos que não sejam de manutenção e reparo, ou substituir qualquer dispositivo ou elemento de projeto incorporado em qualquer veículo novo para controle de ruídos, antes da venda ou entrega do veículo ao comprador final ou enquanto o veículo estiver em uso. (2) É proibido também usar o veículo depois que tal dispositivo ou elemento do pro­jeto tenha sido retirado ou neutralizado.
ENTRE AS AÇÕES CONSIDERADAS COMO ALTERAÇÃO NÃO AUTORIZADA ESTÃO AS SEGUINTES:
1. Remoção ou perfuração do silencioso, das chicanas, dos tubos coletores ou de qualquer outro componente que seja con­dutor de gases de escape.
2. Remoção ou perfuração de qualquer componente do sistema de admissão.
3. Falta de manutenção apropriada.
4. Substituição de qualquer peça móvel do veículo ou peças do sistema de escape ou de admissão por peças diferentes das que são especificadas pelo fabricante.
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
SISTEMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO
7-5

INSPEÇÃO DOS SISTEMAS

SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO SECUNDÁRIA DE AR
Ligue o motor e aqueça-o até chegar à temperatura normal de funcionamento.
Desligue o motor e retire o elemento do filtro de ar. Verifique se os orifícios secundários de entrada de ar estão lim-
pos e isentos de depósitos de carvão. Verifique se os orifícios da válvula de palheta da passagem de
ar secundária estão sujos de carvão. Desconecte a mangueira da válvula de controle de injeção de ar
(VCIA) da carcaça do filtro de ar. Retire o tubo de vácuo do coletor de admissão do carburador.
Instale um bujão para evitar a entrada de ar. Conecte uma bomba de vácuo à mangueira de vácuo. Ligue o motor e abra levemente o acelerador para certificar-se
de que o ar é aspirado através da mangueira do filtro de ar/VCIA.
Se o ar não é aspirado, verifique se a mangueira do filtro de ar/VCIA e a mangueira de vácuo estão obstruídas.
Com o motor em funcionamento, aplique gradualmente vácuo à mangueira de vácuo.
Verifique se o orifício de admissão de ar pára de aspirar o ar e se há fugas.
VÁCUO ESPECIFICADO: Consulte o Manual do Modelo Especí­fico.
Se o ar ainda é aspirado ou se o vácuo especificado não é man­tido, instale uma nova VCIA.
Se ocorrer combustão retardada no momento da desaceleração, mesmo quando o sistema de alimentação secundário de ar esti­ver normal, verifique se o funcionamento da válvula redutora de ar está correto.
VCIA
VÁLVULA DE PALHETA
ORIFÍCIO SECUNDÁRIO
VCIA
CARCAÇA DO FILTRO DE AR
BUJÃO
BOMBA DE VÁCUO
VÁLVULA DE PALHETA
MANGUEIRA (FILTRO DE AR/VCIA)
Loading...