Honda Nx4 Falcon Manual Mecтnico Sistema de alimentacao [pt]

8. SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO 8-1 DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS 8-2 DESCRIÇÃO DO SISTEMA 8-3 BOMBA DE ACELERAÇÃO 8-7 VÁLVULA REDUTORA DE AR 8-7 VÁLVULA DE PALHETA 8-7 CONDUTOS DE COMBUSTÍVEL 8-8 VÁLVULA AUTOMÁTICA
DESMONTAGEM/INSPEÇÃO DO CARBURADOR 8-9
MONTAGEM DO CARBURADOR 8-14 REGULAGEM DO PARAFUSO
DE MISTURA (OU DE AR) 8-19 REGULAGEM DA BOMBA
ALTITUDES 8-22

INFORMAÇÕES DE SERVIÇO

c
• Trabalhe em locais com ventilação adequada. Mantenha a gasolina afastada de chamas, fagulhas ou fontes de calor, para evitar incêndio ou explosão.
a
• Consulte no Manual do Modelo Específico os procedimentos para remover e instalar os carburadores e o tanque de combustível.
• Quando desmontar os carburadores, observe a posição dos anéis de vedação e juntas. Substitua-os por novos durante a montagem.
• Drene as cubas dos carburadores antes de efetuar a desmontagem dos carburadores.
• Após a remoção dos carburadores, feche as entradas dos coletores de admissão com um pano limpo ou fita adesiva para impedir a entrada de qualquer material no interior do motor.
NOTA
Se houver necessidade de manter a motocicleta imobilizada por mais de um mês, drene as cubas dos carburadores. A gasolina que permanecer nas cubas dos carburadores pode obstruir os giclês, dificultando a partida e o funcionamento do motor.
• Não dobre nem torça os cabos de controle. Cabos de controle danificados podem prejudicar o acionamento dos
carburadores, resultando em perda do controle da motocicleta.
• Retire os diafragmas dos carburadores antes de limpar as passagens de ar e gasolina com ar comprimido. Os
diafragmas podem ser danificados.
A gasolina é extremamente inflamável e explosiva sob certas condições.
8-1
8
8-2

DIAGNÓSTICO DE DEFEITOS

O motor não pega

• Falta de combustível no carburador – Filtro de combustível obstruído – Tubo de combustível obstruído – Válvula da bóia presa – Nível da bóia incorreto – Tubo (ou orifício) do respiro do tanque de combustível
obstruído – Defeito na bomba de combustível – Defeito na válvula automática de combustível
• Excesso de combustível passando para o motor – Filtro de ar obstruído – Carburador afogado
• Entrada falsa de ar no coletor de admissão
• Combustível contaminado/deteriorado
• Circuito da marcha lenta ou circuito do afogador obstruído

Mistura pobre

• Giclês de combustível obstruídos
• Válvula da bóia defeituosa
• Nível da bóia muito baixo
• Conduto de combustível obstruído
• Orifício (ou tubo) de passagem do ar do carburador obstruído
• Entrada falsa de ar no coletor de admissão
• Defeito na bomba de combustível
• Defeito na válvula automática de combustível
• Defeito no pistão de vácuo (somente para tipo CV)
• Defeito da válvula do acelerador

Mistura rica

• Válvula do afogador ou válvula auxiliar de partida na posição ON
• Válvula da bóia defeituosa
• Nível da bóia muito alto
• Giclês de ar obstruídos
• Elemento do filtro de ar contaminado
• Carburador afogado

Falhas durante a aceleração

• Defeito na bomba de aceleração

O motor perde potência, partida difícil, marcha lenta irregular

• Conduto de combustível obstruído
• Defeito no sistema de ignição
• Mistura do combustível muito pobre/muito rica
• Combustível contaminado/deteriorado
• Entrada falsa de ar no coletor de admissão
• Marcha lenta incorreta
• Defeito na bomba de combustível
• Defeito na válvula automática de combustível
• Parafuso da mistura ou parafuso de ar desajustado
• Circuito da marcha lenta ou circuito do afogador obstruído
• Nível da bóia incorreto
• Tubo (ou orifício) de respiro do tanque de combustível obstruído
• Mangueiras do sistema de controle de emissões defeituosas

Combustão retardada ao utilizar o freio motor

• Defeito na válvula redutora do ar
• Mistura pobre no circuito de marcha lenta
• Sistema de alimentação secundária de ar defeituoso.
• Mangueira do sistema de controle de emissões defeituosa

Retorno de chamas ou falha de ignição durante a aceleração

• Sistema de ignição defeituoso
• Mistura de combustível muito pobre

Baixo rendimento do motor e consumo excessivo de combustível

• Sistema de combustível obstruído
• Sistema de ignição defeituoso
• Mangueiras do sistema de controle de emissões danificadas ou mal conectadas.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
8-3

DESCRIÇÃO DO SISTEMA

CARBURADOR

Quando o pistão inicia seu curso de descida na fase de admis­são (período em que a mistura de ar/combustível é aspirada), a pressão no cilindro diminui, originando um fluxo de ar do filtro de ar, através do carburador, para dentro do cilindro. A função do carburador é pulverizar o combustível criando uma mistura de ar e combustível.
Como se pode ver nas figuras ao lado, o ar aspirado para dentro do carburador passa pela constrição A, onde ganha velocidade. Esta constrição é conhecida como seção venturi do carburador. Esse aumento de velocidade de vazão vem acompanhado de uma queda de pressão no venturi que é usado para extrair o combustível pela saída. O combustível é pulverizado e aspirado para dentro do venturi sob influência da pressão atmosférica, e então é misturado com o ar que entra pelo filtro de ar.
Os carburadores são equipados também com mecanismos de regulagem de ar e do volume da mistura. Uma válvula de acelerador (borboleta) é usada para regular o fluxo da mistura ar/combustível e uma válvula do afogador é incorporada para ajustar a corrente de ar de acordo com as condições de partida do motor.

Tipos de carburadores

Os carburadores que alteram o diâmetro do venturi por meio do movimento da borboleta do acelerador são conhecidos como carburadores do tipo venturi variável. A Honda usa esse tipo de carburador nas motocicletas e motonetas. Os carburadores que não alteram o diâmetro do venturi são chamados carburadores do tipo venturi fixo. O venturi variável sofre alteração continuamente no seu diâmetro, de baixa para alta velocidade, proporcional ao volume de ar de admissão para proporcionar uma aspiração suave em baixa velocidade e maior potência em alta velocidade. As motocicletas da Honda, bem como as motonetas, usam um desses dois modelos de venturi variável:
1. Tipo de venturi constante (CV): o diâmetro do venturi é alterado automaticamente pelo movimento do pistão de vácuo que sobe e desce para alterar o diâmetro. (A válvula do acelerador é instalada como um mecanismo separado).
2. Válvula de pistão ou cursor plano: utiliza um pistão controlado pelo acelerador para alterar o diâmetro do pulverizador.
Princípio do venturi constante acionado por pistão de vácuo (CV)
Ao se dar a partida no motor, abrindo-se a válvula do acelera­dor, o fluxo de ar na passagem principal exerce forte pressão negativa sobre a parte inferior do pistão de vácuo (ver a teoria do carburador). Neste momento, o ar é aspirado para fora da câmara de vácuo do carburador e a pressão na câmara diminui. O diafragma é suspenso devido à pressão atmosférica e o pis­tão de vácuo sobe.
Quando a válvula do acelerador é fechada, o fluxo de ar na passagem principal é obstruído. A pressão na câmara retorna ao valor da pressão atmosférica e o pistão de vácuo desce devido à ação da mola.
VÁLVULA DO ACELERADOR
VENTURI
COMBUSTÍVEL
GRANDE QUEDA DE PRESSÃO
FLUXO DE AR
PEQUENA QUEDA DE PRESSÃO
BORBOLETA DO ACELERADOR
VÁLVULA DO AFOGADOR
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
FLUXO DE AR
FLUXO DE AR
FLUXO DE
AR
CÂMARA DE VÁCUO
PASSAGEM PRINCIPAL
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
COMBUSTÍVEL
PISTÃO DE VÁCUO
DIAFRAGMA
MOLA
TIPO VÁLVULA DE PISTÃO
VÁLVULA DO ACELERADOR
TIPO CV
PRESSÃO
ATMOSFÉRICA
8-4

Funcionamento dos sistemas

O carburador é composto de um sistema de partida que utiliza uma válvula do afogador ou uma válvula auxiliar de partida, um sistema de bóia que controla o nível do combustível e um con­junto de giclês de marcha lenta e principal, etc.
A alimentação de combustível varia conforme a abertura do ace­lerador. Em marcha lenta ou em baixas rotações (acelerador to­talmente fechado até 1/4 de abertura), o fluxo de combustível é controlado pelo giclê de marcha lenta e o volume de ar através do parafuso da mistura. Na faixa de abertura média do acelera­dor (1/8 a 1/2 de abertura) o fluxo de combustível é controlado pela parte reta da agulha do giclê. Aumentando-se a abertura do acelerador (1/4 a 3/4), o fluxo passa a ser controlado pela parte cônica da agulha até o limite determinado pela trava da agulha. Quando o acelerador está totalmente aberto (1/2 até abertura total) o fluxo de combustível é controlado pelo giclê principal.

Sistema de bóia

O carburador deve fornecer sempre a mistura adequada de combustível e ar, segundo as solicitações que estão sendo im­postas ao motor (baixas ou altas rotações, abertura média ou máxima do acelerador, etc.). Para que isso aconteça, é neces­sário que o nível de combustível na cuba do carburador seja mantido constante e correto, o que é possível graças à bóia e à válvula da bóia.
O combustível chega ao carburador pelo conduto de alimenta­ção e penetra na cuba pela abertura superior existente entre a sede da válvula e a válvula da bóia. A bóia irá subir até que seu braço empurre a válvula para cima, bloqueando a entrada de combustível. Quando o nível da cuba baixar, a válvula da bóia abre, permitindo novamente a entrada de combustível até o nível especificado. Deste modo, consegue­se manter constante o nível de gasolina na cuba do carburador.
A válvula da bóia dispõe de uma mola que a comprime leve­mente, de tal maneira que não seja desalojada do seu assento pela vibração quando o veículo estiver em funcionamento. Para manter o interior da cuba em pressão atmosférica, há uma liga­ção para a parte de fora do carburador conhecida como passa­gem de respiro de ar.
Um tubo de drenagem descarrega o excesso de combustível para fora do carburador, caso a válvula e o assento da válvula fi­quem separados devido à penetração de sujeira ou de outros materiais estranhos.

Sistema de partida

Para melhorar a partida do motor, quando este estiver frio e o combustível não estiver suficientemente vaporizado, o carburador está equipado com um afogador ou uma válvula auxiliar de partida para enriquecer a mistura.

Sistema de afogador

Uma válvula é instalada no lado da entrada de ar no carburador. A válvula fecha a passagem de ar durante a partida para reduzir o fluxo de ar e criar aumento de pressão negativa nas passagens de ar e no coletor de admissão. A mistura resultante será rica, contendo um volume de ar proporcionalmente baixo.
A válvula do afogador é equipada com um mecanismo de alívio que limita o vácuo criado no carburador, que impede a formação de uma mistura excessivamente rica.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
VÁLVULA DO AFOGADOR
GICLÊ PRINCIPAL
Totalmente fechado
Totalmente aberto
AGULHA (Posição da presilha)
GICLÊ DA LENTA E PARAFUSO DA MISTURA
AGULHA (Parte reta)
COMBUSTÍVEL
VÁLVULA DA BÓIA
PINO DA VÁLVULA
FLUXO DE AR
BRAÇO DA BÓIA
ALTURA
COMBUSTÍVEL
TUBO DE DRENAGEM
VÁLVULA DA BÓIA
BÓIA
MOLA
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
8-5

Válvula auxiliar de partida (manual)

Quando a válvula auxiliar de partida é aberta, o circuito auxiliar de partida é ligado ao coletor de admissão. No momento da par­tida forma-se vácuo no coletor de admissão, o ar e o combustí­vel serão aspirados respectivamente pelo giclê de ar e giclê de combustível da válvula auxiliar de partida e injetados no coletor de admissão para enriquecer a mistura. Como aumenta a entrada da corrente de ar desviada pela válvu­la do acelerador, a válvula auxiliar de partida tem também a fun­ção de aumentar a rotação de marcha lenta.

Válvula auxiliar de partida automática

A válvula auxiliar de partida automática é um dispositivo incor­porado ao carburador com a finalidade de enriquecer a mistura ar/combustível, facilitando a partida. O dispositivo é constituído de um elemento de aquecimento, sensor térmico, um meio líqui­do, pistão, bucha, mola, válvula de agulha e giclê. O princípio de funcionamento é o seguinte: Quando o motor está desligado e não há produção de corrente elétrica no alternador, a válvula de agulha é mantida aberta pela ação da mola. Nessa posição, o giclê de enriquecimento de mistura fica aberto. Quando o motor é ligado, o combustível é enviado diretamente para o coletor de admissão através do giclê de enriquecimento de mistura. Ao mesmo tempo, o alternador transmite corrente elétrica para o elemento de aquecimento. O aumento de temperatura do ele­mento de aquecimento é detectado pelo sensor térmico que co­meça a dilatar-se. O movimento de dilatação é transmitido atra­vés do meio líquido para o pistão, bucha e a mola, pressionando a válvula de agulha e fechando o giclê de enriquecimento após alguns minutos.

Sistema de marcha lenta

Quando o acelerador está fechado ou levemente aberto (até 1/4 de abertura) e o motor funcionando em baixa rotação, a baixa pressão de admissão permite o retorno de gases residuais de combustão para o coletor de admissão, onde se diluem com a mistura fresca do carburador, empobrecendo-a.
Devido à baixa rotação do motor, reduz-se a compressão no interior do cilindro, o que exige uma mistura mais rica para aumentar a velocidade de combustão. Para permitir que o motor funcione em marcha lenta e, em baixas velocidades, o carburador dispõe de um sistema de alimentação de marcha lenta (giclê de marcha lenta) separado do sistema de alimentação principal.
BY-PASS
VÁLVULA AUXILIAR DE PARTIDA
FLUXO DE AR
GICLÊ DE AR DA VÁLVULA AUXILIAR DE PARTIDA
GICLÊ DE COMBUSTÍVEL DA VÁLVULA AUXILIAR DE PARTIDA
DO ALTERNADOR
AQUECEDOR PTC
SENSOR TÉRMICO
MEIO LÍQUIDO
MOLA DE AJUSTE
DO FILTRO DE AR
PARA O COLETOR DE ADMISSÃO
VÁLVULA DE AGULHAS
DIAFRAGMA
PISTÃO BUCHA
AGULHA
GICLÊ
MOLA
Motor ligado. (Gera corrente no alternador)
O motor aquece. (A válvula auxiliar de partida fecha o circuito de enriquecimento do combustível)
A válvula auxiliar de partida entra em operação. (Corta o combustível do giclê)
Molas
Buchas
Pistão entra em operação
Meio líquido
Aquecedor PTC aquece
Sensor térmico dilata. (Aquecedor PTC detecta a temperatura)
VÁLVULA DO ACELERADOR
PARAFUSO DE ACELERAÇÃO
GICLÊ DA MARCHA LENTA
PARAFUSO
DA MISTURA
AR LENTO
8-6
As válvulas do acelerador do tipo pistão têm um corte no lado de admissão. Quanto maior for o corte, tanto maior será o volu­me de ar de admissão e mais pobre será a mistura.

Sistema principal (abertura média do acelerador)

Quando a válvula do acelerador é aberta para elevar a rotação do motor, é necessário um volume maior de mistura ar/combustí­vel do que para a marcha lenta. O carburador está equipado com o sistema principal para essa finalidade. O grau de abertu­ra da válvula do acelerador é dividido em dois estágios. Com o grau de abertura de 1/8 a 1/2, o fluxo de ar no coletor de admissão facilita a aspiração do combustível do espaço existen­te entre a agulha e o giclê da agulha (ver Teoria do Carburador). O combustível é pulverizado pelo ar que penetra nos orifícios de sangria de ar do pulverizador através do giclê principal.
Com o grau de abertura de 1/4 a 3/4, o fluxo de combustível as­pirado é regulado pela seção cônica da agulha do giclê. Quanto maior for a abertura da válvula do acelerador, o movimento para cima da seção cônica da agulha será maior, aumentando a área de passagem de combustível e a quantidade de combustível admitida. Nas válvulas de acelerador de tipo pistão, a agulha do giclê dispõe de ranhuras para posicionar a presilha em cinco estágios (estágio 1, 2, 3, etc., contando de cima para baixo). Au­mentando o número da posição da presilha, com a mesma aber­tura do acelerador, a área de passagem de combustível e con­seqüentemente a alimentação de combustível serão maiores.
O tamanho do giclê principal não afeta a relação da mistura de ar/combustível neste estágio, uma vez que o fluxo de combustí­vel no giclê principal é maior do que no giclê da agulha.

Sistema principal (totalmente aberto)

Com o grau de abertura do acelerador de 1/2 até totalmente aberto, o diâmetro do venturi e o fluxo da massa de ar elevam­se ao máximo. Neste momento, o espaço entre o giclê da agu­lha e a agulha se torna muito grande e não será mais possível regular o fluxo de combustível aspirado. Quando a folga entre o giclê da agulha e a agulha se torna muito grande, a capacidade de vazão de combustível no giclê de agulha excede a capacida­de de vazão de combustível no giclê principal.
Embora a folga entre o giclê e a agulha aumente muito, a mistu­ra não enriquecerá mais do que o necessário, porque o fluxo de combustível será controlado pelo giclê principal.
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
Combustível é controlado neste ponto
VÁLVULA DO ACELERADOR (TIPO VÁLVULA DE PISTÃO)
NÚMERO ESTAMPADO (Indica o corte) Quanto maior for o número, mais pobre será a mistura
CORTE
PULVERIZADOR
CÔNICO
AGULHA
FOLGA GRANDE
GICLÊ DE AGULHA
FOLGA PEQUENA (A passagem de combustível é estreita)
GICLÊ PRINCIPAL
GICLÊ PRINCIPAL
AR PRINCIPAL
GICLÊ DE AGULHA
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
8-7

BOMBA DE ACELERAÇÃO

Quando a válvula do acelerador é aberta bruscamente, a mistu­ra ar/combustível aspirada para dentro do cilindro torna-se mo­mentaneamente pobre. Isto ocorre porque o vácuo e o fluxo de ar no venturi diminuem, e o volume de combustível aspirado tor­na-se muito pequeno em relação ao volume de ar. Para evitar o empobrecimento da mistura nessas condições, uma bomba de aceleração é usada para o enriquecimento momentâneo da mis­tura. O princípio de funcionamento da bomba é o seguinte: Quando a válvula do acelerador é aberta, o diafragma da bom­ba é pressionado para baixo pela haste da bomba. Nesse mo­mento, a válvula de retenção de entrada fica fechada, de tal ma­neira que na cuba da bomba haja aumento de pressão. A válvu­la de retenção de saída é então aberta e o combustível enviado para o coletor de admissão através do orifício da bomba. Quando a válvula do acelerador é fechada, o diafragma da bomba de aceleração retorna à posição original, pela ação da mola. Nesse momento, a válvula de retenção de admissão é aberta e o combustível entra na cuba da bomba. A válvula de retenção de saída é fechada nesse ponto para impedir que o ar seja aspirado através do orifício da bomba.

VÁLVULA REDUTORA DE AR

Durante a desaceleração, quando o freio motor é aplicado, a mistura ar/combustível torna-se pobre repentinamente. Os gases não queimados são descarregados no tubo de escapamento, provocando uma combustão retardada. Para impedir este fenô­meno, a válvula redutora de ar fecha a passagem de ar para o giclê de marcha lenta, tornando a mistura ar/combustível tempo­rariamente mais rica.
Com a válvula do acelerador fechada, aumenta a pressão nega­tiva no coletor de admissão. A depressão criada é suficiente para vencer a força da mola e acionar o diafragma fechando a passagem do ar.
Com a redução da pressão negativa do coletor de admissão, a mola move o diafragma de volta para a posição anterior e abre a passagem do ar.

VÁLVULA DE PALHETA

INSPEÇÃO

Consulte o Manual do Modelo Específico quanto à remoção e instalação da válvula de palheta.
Verifique se a válvula de palheta está gasta ou danificada e substitua-a em conjunto se for necessário.
Verifique se o assento das palhetas está danificado ou com fol­ga excessiva e substitua todo o conjunto se for necessário.
NOTA
Substitua a válvula de palheta como um conjunto. A desmon­tagem ou empenamento do fixador da palheta causará pro­blemas ao motor.
FIXADOR DA PALHETA
• Válvula do acelerador abre:
• Válvula do acelerador fecha:
PULVERIZADOR DO ACELERADOR
DIAFRAGMA DA BOMBA DE ACELERAÇÃO
VÁLVULA DE RETENÇÃO DE SAÍDA
VÁLVULA DE RETENÇÃO DE ENTRADA
CÂMARA DE VÁCUO
DIAFRAGMA
PALHETA
ASSENTO
PASSAGEM DE AR
VÁLVULA REDUTORA DE AR
MOLA
VÁCUO
Move-se para a esquerda para fechar a passagem de ar.
Loading...
+ 16 hidden pages