26. SUPLEMENTO
COMO USAR ESTE SUPLEMENTO
Este suplemento descreve os procedimentos de
serviço e informações técnicas para as motocicletas
Honda produzidas a partir de 1993.
Verifique na primeira parte deste Manual de
Serviços os procedimentos não descritos neste
suplemento.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA.
Departamento de Serviços Pós-Venda
Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES,
PROCEDIMENTOS E ESPECIFICAÇÕES
APRESENTADAS NESTA PUBLICAÇÃO SÃO
BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS
RECENTES DISPONÍVEIS SOBRE O PRODUTO
NO MOMENTO DA APROVAÇÃO DA
IMPRESSÃO.
A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA.
RESERVA-SE O DIREITO DE ALTERAR AS
CARACTERÍSTICAS DO PRODUTO A
QUALQUER MOMENTO E SEM PRÉVIO AVISO,
SEM QUE ISTO INCORRA EM QUAISQUER
OBRIGAÇÕES.
NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAÇÃO PODE
SER REPRODUZIDA SEM AUTORIZAÇÃO
PRÉVIA POR ESCRITO.
ÍNDICE
CBR1000F ................................................................................. 26-1
CB500........................................................................................ 26-17
NSR125R................................................................................... 26-19
RC45.......................................................................................... 26-21
CBR900 ..................................................................................... 26-41
CBR600F ................................................................................... 26-43
ST1100A.................................................................................... 26-51
CBR900RR (98)......................................................................... 26-75
XR250R/XR400R........................................................................ 26-77
CBR1100XX............................................................................... 26-79
CBR600F (98)............................................................................ 26-99
26
SUPLEMENTO
CBR1000F
AVISO IMPORTANTE DE SEGURANÇA
c
a
NOTA
As descrições detalhadas dos procedimentos padrão de oficina, princípios de segurança e operações de serviço não estão
inclusas neste manual. É importante observar que este manual apresenta algumas advertências e precauções sobre certos
métodos de serviço específicos que podem causar FERIMENTOS PESSOAIS ou danos à motocicleta. As advertências e
precauções aqui apresentadas não cobrem todos os procedimentos para a realização de um serviço, recomendado ou não
pela HONDA, nem seus perigos potenciais. Entretanto, qualquer pessoa que estiver seguindo os procedimentos de serviço ou
ferramentas, recomendados ou não pela HONDA, deve estar ciente de que a segurança pessoal e da motocicleta será
prejudicada pelos métodos de serviço ou ferramentas utilizadas.
Apresenta informações importantes.
Indica a possibilidade de danos à motocicleta se as instruções não forem seguidas.
Indica grandes possibilidades de ferimentos pessoais ou até mesmo morte se as instruções não forem seguidas.
SUPLEMENTO
26-1
CARBURADORES TIPO VP
O primeiro carburador tipo VP foi introduzido na CBR600F em
1991:
Vantagens:
• Melhor resposta do acelerador;
• Aceleração mais linear;
• Construção mais compacta.
CBR1000F
MENOR RESISTÊNCIA
PISTÃO DO NOVO
CARBURADOR TIPO VP
PISTÃO DO CARBURADOR
TIPO VD
VD
ÁREA DO PISTÃO
VP
ÁREA DO PISTÃO
>
➪
PISTÃO PLANO
PISTÃO NORMAL
W
F
Fmáx
Fmáx = W x (µ)
PARA A
FRENTE
SUPLEMENTO
26-2
SISTEMA DE FREIO DUPLO COMBINADO
Aprender a conduzir uma motocicleta é sobretudo aprender a
utilizar os freios.
Veja a seguir alguns elementos principais do sistema de freios
convencionais:
• FORÇA DE FRENAGEM
O peso (W) em cada roda e o coeficiente de atrito (µ)
determinam a força máxima de frenagem (Fmáx), disponível
para essa roda.
Quando a força de frenagem (F) exceder os limites, a roda será
bloqueada. Isto acontece especialmente na roda DIANTEIRA.
• MUDANÇAS NA DISTRIBUIÇÃO DO PESO
Quando o freio dianteiro é aplicado, o peso da motocicleta (e do
piloto) se desloca para a frente.
A carga da roda dianteira aumenta e a da roda traseira diminui.
O gráfico mostra este “deslocamento de peso” para uma
determinada condição de carga e para uma determinada
motocicleta.
Quanto mais elevado for o centro de gravidade da motocicleta e
mais inclinadas forem estas linhas, maior será o “deslocamento
de peso”.
• Isto significa que o piloto deve controlar, a cada instante, a
força de frenagem em ambas as rodas, de acordo com a
superfície da pista e a desaceleração.
CBR1000F
PORCENTAGEM DE DESACELERAÇÃO A (m/s2)
CONDUÇÃO
FRENAGEM
FORÇA MÁXIMA DE FRENAGEM
DIANTEIRA
TRASEIRA
Fmax (kN)
SUPLEMENTO
26-3
• INFLUÊNCIA DA SUPERFÍCIE DA PISTA
• Os pilotos experientes aplicam o freio dianteiro com muito
mais força em superfícies regulares e secas.
• Em uma superfície escorregadia, a diferença é muito menor.
• FRENAGEM DIANTEIRA E TRASEIRA
A distância para frear é bastante diferente ao se aplicar
separadamente os freios dianteiro e traseiro.
TRASEIRO
DIANTEIRO
DIANTEIRO E TRASEIRO
• A força de aplicação da alavanca ou do pedal do freio deve
ser continuamente controlada.
CBR1000F
VELOCIDADE DA MOTOCICLETA (m/s)
SECA (µ ELEVADO)
ÚMIDA (µ BAIXO)
VELOCIDADE DA
MOTOCICLETA
FORÇA (N)
TEMPO (s)
FORÇA DE
APLICAÇÃO
DA ALAVANCA
FORÇA DE
APLICAÇÃO
DO PEDAL
SUPLEMENTO
26-4
• CARACTERÍSTICAS IDEAIS
A Honda efetuou vários testes a fim de observar a relação entre
as forças de frenagem dianteira e traseira.
• Diferentes superfícies (coeficiente de atrito µ alto ou baixo)
• Pilotos com diferentes níveis de experiência (principiante experiente)
• O gráfico à direita mostra os resultados obtidos.
Esta é a relação ideal entre as forças de frenagem dos freios
dianteiro e traseiro a fim de obter a desaceleração máxima.
FORÇA DE FRENAGEM DIANTEIRA (KN)
VALORES MEDIDOS DO TESTE
VALORES
CALCULADOS
0
FORÇA DE FRENAGEM TRASEIRA (KN)
• SISTEMA DE FREIOS COMBINADOS EXISTENTES
A partir de 1984, começou a ser utilizado na Goldwing um
sistema tipo CBS, conhecido como sistema unificado de
frenagem.
A válvula de controle proporcional (PCV) reduz a pressão do
cáliper do freio traseiro, conforme mostrado no gráfico.
O sistema utilizado na GL1200 e GL1500 está unicamente ligado
ao funcionamento do pedal do freio traseiro.
ZO
N
A
D
D
E TRA
A
RO
VA
D
A
M
D
EN
IA
N
TEIRA
FORÇA DE FRENAGEM DO FREIO DIANTEIRO
0
FORÇA DE FRENAGEM DO FREIO DIANTEIRO
TO
SOMENTE O FREIO
TRASEIRO
µ = 0,5
ZONA DE
TRAVAMENTO DA
RODA DIANTEIRA
DISTRIBUIÇÃO IDEAL
(SOMENTE PILOTO)
SUPLEMENTO
26-5
• PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO DO “CBS” DUPLO
• Dois sistemas hidráulicos independentes.
• Funcionamento “normal”. Não é necessário experiência na pilotagem.
• Não deve haver uma grande desaceleração quando o pedal e a alavanca forem aplicados.
• Percepção “normal” da alavanca e do pedal (sensação de firmeza).
• DIAGRAMA BÁSICO DO “CBS”
CBR1000F
CÁLIPER
TRASEIRO
CILINDRO MESTRE DIANTEIRO
VÁLVULA DE CONTROLE
PROPORCIONAL (PCV)
CILINDRO
MESTRE
SECUNDARIO
E CONEXÕES
CÁLIPERES DIANTEIROS
CILINDRO MESTRE
TRASEIRO
SUPLEMENTO
26-6
• COMPONENTES PRINCIPAIS
MECANISMO HIDRÁULICO
Uma conexão mecânica transmite a força do cáliper do freio dianteiro para o cilindro mestre secundário.
A pressão hidráulica criada pelo cilindro mestre principal aciona o freio traseiro através da válvula de controle proporcional.
CILINDRO MESTRE SECUNDÁRIO
SUPLEMENTO
26-7
• CILINDRO MESTRE DIANTEIRO PRINCIPAL E TRASEIRO
CBR1000F
CILINDRO MESTRE DIANTEIRO CILINDRO MESTRE TRASEIRO
SUPLEMENTO
26-8
• VÁLVULA DE CONTROLE PROPORCIONAL (PCV)
Desenvolvida especialmente para a utilização em motocicletas.
Baseada na PCV utilizada em automóveis.
• Adicionando-se os pistões de descompressão e de corte obtêm-se uma característica de frenagem em três fases:
• A característica de distribuição de frenagem mostrada no gráfico abaixo será a obtida:
CBR1000F
FORÇA DE FRENAGEM DIANTEIRA
PCV CONVENCIONAL
UTILIZADA EM AUTOMÓVEIS
PARA O CÁLIPER TRASEIRO
PISTÃO DE DESCOMPRESSÃO
DO CILINDRO MESTRE SECUNDÁRIO
PISTÃO DE CORTE
ENTRADA
SAÍDA
FORÇA DE FRENAGEM TRASEIRA
FUNCIONAMENTO DO PISTÃO DE CORTE
FUNCIONAMENTO DO PISTÃO
DE DESCOMPRESSÃO
PCV EM FUNCIONAMENTO
PCV DESLIGADA
SUPLEMENTO
26-9
• CÁLIPERES DE TRÊS PISTÕES (2 DIANTEIROS E 1 TRASEIRO)
Os cáliperes de três pistões são controlados por dois sistemas hidráulicos independentes:
CBR1000F
PASSAGEM DE INTERLIGAÇÃO
CONEXÃO
• CONEXÃO
SUPLEMENTO
26-10
• DIAGRAMA HIDRÁULICO
NOTA
• Linha de retorno do cilindro mestre secundário (do
reservatório para o cilindro mestre traseiro).
• Necessário somente para a sangria de ar e durante a
frenagem em uma superfície inclinada (O lado de pressão
torna-se lado de entrada).
CBR1000F
CILINDRO MESTRE
TRASEIRO
CILINDRO MESTRE
SECUNDÁRIO
CÁLIPER DIANTEIRO
ESQUERDO
CÁLIPER
DIANTEIRO
DIREITO
* Ver nota
CÁLIPER TRASEIRO
PCV NOVA
CILINDRO MESTRE
DIANTEIRO
SUPLEMENTO
26-11
CBR1000F
• PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO
FREIO DIANTEIRO
Alavanca do freio dianteiro
• Cilindro mestre dianteiro
• Pistões externos do cáliper dianteiro
Conexão – Cilindro mestre secundário
• PCV
• Pistões externos do cáliper traseiro
SUPLEMENTO
26-12
CBR1000F
FREIO TRASEIRO
Pedal do freio traseiro
• Cilindro mestre traseiro
• Duas linhas:
➛
Pistão central do cáliper traseiro
➛
Pistões centrais do cáliper dianteiro
➛
O mesmo que no freio dianteiro
SUPLEMENTO
26-13
• FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA DE CONTROLE PROPORCIONAL
FASE DE ACIONAMENTO DA PCV
• A PCV, do tipo utilizada em automóveis, reduz o aumento da
saída de pressão. Na verdade, a pressão de saída aumenta
em várias fases:
(consulte a página a seguir)
FASE DE LIGAÇÃO DIRETA
• A pressão de entrada é transmitida livremente pela válvula de
uma via, que é mantida aberta.
• Pressão de saída = pressão de entrada
CBR1000F
PISTÃO DE CORTE EM FUNCIONAMENTO
FORÇA DE FRENAGEM TRASEIRA
FORÇA DE FRENAGEM DIANTEIRA
PISTÃO DE DESCOMPRESSÃO
EM FUNCIONAMENTO
PCV DESLIGADA
PCV EM FUNCIONAMENTO
SUPLEMENTO
26-14
• Antes do funcionamento da PCV, a válvula de corte se
fecha (*).
• Quando a pressão de entrada aumenta ligeiramente (P
entrada), o cilindro da PVC se desloca para cima, enquanto a
válvula de corte se mantém na mesma posição, abrindo a
passagem e aumentando um pouco a pressão de saída (P
saída). Este aumento de pressão força o cilindro da PCV para
baixo, fechando novamente a válvula de corte.
• Devido à força da mola na parte inferior do cilindro da PCV, o
aumento da pressão de saída é menor que o aumento da
pressão de entrada. (P saída < P entrada).
• Este ciclo se repete três vezes até o início da fase 3.
VÁLVULA
DE CORTE
PCV
MOLA
BUJÃO
∆P SAÍDA
∆P ENTRA
2
1
*
FASE DE ACIONAMENTO DO PISTÃO DE
DESCOMPRESSÃO
• A uma determinada pressão de entrada, o pistão de
descompressão é puxado para baixo contra a força da mola,
provocando a diminuição da pressão de saída que ocorre
devido ao aumento do volume.
NOTA
• À medida que a pressão diminui, o pistão de corte retorna
para sua posição inicial (para baixo).
• No entanto, a válvula de corte permanece fechada devido à
alta pressão, que a empurra para cima.
FASE DE ACIONAMENTO DO PISTÃO DE CORTE
• Assim que a pressão de saída aumentar suficientemente para
vencer a força da mola, a fim de levantar o pistão de corte, a
válvula de 1 via se manterá fechada para que a pressão de
saída permaneça constante.
CBR1000F
PRESSÃO
MANTIDA
AUSÊNCIA
DE FLUXO
PISTÃO DE
CORTE
MOVIMENTOS
FLUXO DE
RETORNO
MOVIMENTOS
PISTÃO DE
COMPRESSÃO
SUPLEMENTO
26-15
• DISTRIBUIÇÃO DA FORÇA DE FRENAGEM DIANTEIRA E TRASEIRA: CARACTERÍSTICAS RESULTANTES
• Em uma situação de carga máxima, a distribuição da força do freio traseiro é superior à distribuição ideal da força de
frenagem.
• Com o piloto sendo a única carga, a distribuição da força do freio dianteiro é inferior à distribuição ideal da força de
frenagem.
• Caso os dois freios sejam acionados simultaneamente, o resultado obtido encontrar-se-á nos dois extremos.
• O CBS duplo distribui a força de frenagem dianteira e traseira de forma quase ideal.
CBR1000F
FORÇA DE FRENAGEM DIANTEIRA
SEM PCV
AMPLITUDE DO ACIONAMENTO DA PCV
AMPLITUDE DO ACIONAMENTO DO PISTÃO DE CORTE
AMPLITUDE DO ACIONAMENTO DO PISTÃO DE DESCOMPRESSÃO
FORÇA DE FRENAGEM TRASEIRA
SOMENTE O FREIO TRASEIRO
SOMENTE O
FREIO DIANTEIRO
DISTRIBUIÇÃO IDEAL:
CARGA MÁXIMA
DISTRIBUIÇÃO IDEAL:
SOMENTE COM O PILOTO
SUPLEMENTO
26-16
• O gráfico abaixo mostra as condições de travamento da roda de acordo com determinadas situações (motocicleta especial):
As zonas de travamento das rodas são indicadas, teoricamente, de acordo com duas condições de aderência da pista.
A característica de distribuição ideal é indicada através de pontos, exatamente onde as rodas dianteira e traseira não são
travadas. (Um ponto para cada µ).
Conforme mostrado na página anterior, a condição ideal de frenagem irá se situar sempre entre as características de ‘somente
o freio traseiro’ e ‘somente o freio dianteiro’.
RESULTADOS
• Ao acionar a alavanca do freio, a roda dianteira será a primeira a ser travada.
(A força de frenagem da roda dianteira será maior do que quando o pedal for acionado).
• Ao acionar o pedal do freio, a roda traseira será a primeira a ser travada.
(A força de frenagem da roda traseira será maior do que quando a alavanca for acionada).
CONCLUSÃO
• Para utilizar este sistema, não é preciso que o piloto seja experiente.
SOMENTE O
FREIO TRASEIRO
ZONA DE TRAVAMENTO
DA RODA TRASEIRA
SOMENTE
O FREIO
DIANTEIRO
ZONA DE TRAVAMENTO
DA RODA DIANTEIRA
ZONA DE TRAVAMENTO
DA RODA TRASEIRA
DISTRIBUIÇÃO
IDEAL (SOMENTE
O PILOTO)
ZONA DE
TRAVAMENTO DA
RODA DIANTEIRA
µ = 0,5
µ = 1,0
SOMENTE O
FREIO TRASEIRO
TRAVAMENTO
A RODA TRASEIRA
µ = 0,5
NTE
EIRO
ZONA DE TRAVAMENTO
DA RODA DIANTEIRA
µ = 0,5
N
1000
500
0
2000 4000 N
FORÇA DE FRENAGEM DIANTEIRA
FORÇA DE FRENAGEM TRASEIRA
CB500
MOTOR
• Motor de 499 cilindradas, arrefecido a água, com dois cilindros paralelos.
• Quatro válvulas por cilindro acionadas diretamente pelas árvores de comando. Estas, por sua vez, são acionadas através de
corrente.
• O tensionador da corrente de distribuição é semelhante ao utilizado na CBR900RR.
• Um balanceiro com somente um contra peso compensa o desequilíbrio primário de cada cilindro.
• Carburadores tipo VP
26-17
COMPRESSÃO EXPANSÃO ESCAPAMENTO ADMISSÃO COMPRESSÃO EXPANSÃO
0° 360° 720°
TT
N° 1
(LE)
EXPANSÃO ESCAPAMENTO ADMISSÃO COMPRESSÃO EXPANSÃO ESCAPAMENTO
TT
N° 2
(LD)
SUPLEMENTO
26-18
INTERVALO DE IGNIÇÃO
Nº 1 – 540° – Nº 2 – 180° – Nº 1
Devido à utilização de uma árvore de manivelas de 180°, os
intervalos de ignição são irregulares:
BALANCEIRO
As forças de inércia são equilibradas em motores que
apresentam dois cilindros em linha com uma árvore de
manivelas de 180°.
No entanto, devido à distância entre os dois mancais das
extremidades, ocorre um efeito de torção, que provoca uma
vibração na rotação. Para reduzir esta vibração, utiliza-se um
balanceiro, que cria um efeito de rotação oposta. O balanceiro é
apoiado por dois mancais lisos, que não necessitam ser
combinados.
CB500
NSR125R
CHASSI
O chassi em forma de Z de alumínio fundido (Chassi Alcast Zeta) foi utilizado, pela primeira vez, nesta motocicleta. Este chassi
é composto por duas seções separadas, unidas por parafusos de aço especial que não necessitam de solda.
A forma em Z do chassi facilita a manutenção e possibilita o posicionamento ideal do motor, devido à mudança do centro de
gravidade (17 mm mais baixo e 7 mm para a frente).
A tecnologia utilizada permite uma maior precisão dos instrumentos da motocicleta e um melhor posicionamento dos
componentes, ambos trazendo benefícios em termos de estética e de redução dos níveis de ruído.
As mesas superior e inferior são feitas de alumínio.
26-19
SUPLEMENTO
26-22
LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES
NOTA
Ao remover os parafusos de aceleração, marque-os com os números de 1 a 4 para que sejam reinstalados em suas
posições iniciais. Os conectores da fiação também são numerados.
RC45
SENSOR DA PRESSÃO
ATMOSFÉRICA (Pa)
SENSOR DO ÂNGULO
DO CHASSI
RELÉ DO INTERRUPTOR
DE EMERGÊNCIA
RELÉ DE CORTE
DE COMBUSTÍVEL
PARAFUSOS DE
ACELERAÇÃO
SENSOR Pb TRASEIRO
SENSOR Pb DIANTEIRO
SUPLEMENTO
26-23
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL
O combustível sob pressão é bombeado, filtrado e enviado aos injetores. Ao receber um sinal vindo da ECU, cada injetor se
abre para injetar o combustível.
O regulador mantém a pressão a 2,55 kg/cm
2
acima da pressão no coletor de admissão, enviando o excesso de combustível
de volta ao tanque.
CIRCUITO DE ALIMENTAÇÃO
A alimentação para a bomba de combustível é controlada pela ECU, através de um relé. A bomba é alimentada durante
alguns segundos quando a ignição é ligada e o motor está em funcionamento.
A alimentação para o relé é controlada pelo sensor do ângulo do chassi, sendo interrompida quando a motocicleta forma um
ângulo maior que 60° (estaticamente).
RC45
BOMBA DE
COMBUSTÍVEL
RELÉ DO
INTERRUPTOR
DE EMERGENCIA
SENSOR DO
ÂNGULO DO
CHASSI
RELÉ DE CORTE
DE COMBUSTÍVEL
UNIDADE DE
CONTROLE
DO PGM-FI
INTERRUPTOR DE
EMERGÊNCIA
INTERRUPTOR
DE IGNIÇÃO
R/W
R
R/W
R/G
R/Bl
W/Bl
Bl/P Bl/W
Bl
30A
30A
20A
10A
SUPLEMENTO
26-24
SENSOR DO ÂNGULO DO CHASSI
A bomba de combustível apresenta uma válvula de retenção e uma válvula de saída.
A válvula de retenção se abre quando a bomba está em funcionamento e se fecha quando a bomba pára, a fim de manter a
pressão residual nos tubos de combustível, o que facilita a partida do motor.
A válvula de saída permanece normalmente fechada. Caso o fluxo esteja obstruído no lado de saída, a válvula se abre para
que o combustível flua até o orifício de entrada, evitando um aumento excessivo na pressão do combustível.
BOMBA DE COMBUSTÍVEL
RC45
GRAXA DE SILICONE
MICRO-INTERRUPTOR
INTERFACE
TRANSISTOR
+12 V
ÍMÃ
BOBINA DO RELÉ
DO INTERRUPTOR
DE EMERGÊNCIA
NA POSIÇÃO INCLINADA, O IMÃ
ACIONA O MICRO-INTERRUPTOR
LINHA DE ALIMENTAÇÃO
LINHA DE RETORNO
SENSOR DE RESERVA
DE COMBUSTÍVEL
BOMBA DE COMBUSTÍVEL
CARCAÇA
BOBINA
CARCAÇA
ROTOR
RANHURAS
ORIFÍCIO DE ENTRADAORIFÍCIO DE SAÍDA
ROTOR
ORIFÍCIO DE ENTRADA
TAMPA DA BOMBA
VÁLVULA
DE SAÍDA
ORIFÍCIO
DE SAÍDA
VÁLVULA DE RETENÇÃO
SUPLEMENTO
26-25
REGULADOR DE PRESSÃO
O volume de combustível injetado é controlado pela variação do
tempo de abertura do injetor.
(A diferença de pressão ao longo do injetor deve permanecer
constante.
O regulador de pressão mantém o combustível a 2,55 kg/cm
2
acima da pressão no coletor.
A mola tenta manter a válvula fechada, enquanto o vácuo do
coletor, que atua no diafragma, e comprime para abrí-la.
O equilíbrio entre estas duas forças determina a pressão de
abertura.
Quando a válvula se abre, o combustível é liberado para a linha
de retorno, diminuindo a pressão.
INJETOR
O injetor é do tipo “acionado por solenóide de curso constante”.
RC45
PRESSÃO DO
COMBUSTIVEL
PRESSÃO NO
COLETOR
COLETOR DE
ADMISSÃO
TUBO DE
COMBUSTÍVEL
BOBINA DO
SOLENÓIDE
PISTÃO/VÁLVULA
DE AGULHA
CORPO DA
VÁLVULA
BOBINA DO
SOLENÓIDE
PISTÃO/VÁLVULA
DE AGULHA
FILTRO
DIAFRAGMA
VÁLVULA
MOLA
RETORNO
NÚCLEO
SUPLEMENTO
26-27
VÁLVULAS DE ACELERAÇÃO
Existe uma válvula de aceleração por cilindro, ou seja, duas válvulas para cada conjunto de cilindros instalados num mesmo
eixo.
As quatro válvulas são conectadas e foram ajustadas na fábrica, de maneira que todas elas se fecham completamente
quando a manopla do acelerador está na posição totalmente fechada.
Não há necessidade de sincronização!
c
Será praticamente impossível retorná-las às suas posições originais.
A borda de cada válvula de aceleração é revestida com um vedador cinza para assegurar uma boa vedação de ar entre a
válvula e a carcaça do acelerador.
c
• Não tente remover o vedador.
• Caso o vedador seja removido, haverá vazamento de ar, o que fará com que a marcha lenta fique irregular.
Não tente apertar as porcas pintadas de branco.
RC45
SUPLEMENTO
26-28
SISTEMA DE CONTROLE DOS DUTOS DE ADMISSÃO
Este sistema melhora o desempenho do motor em baixas e
médias rotações, devido à melhora na eficiência da admissão.
Um ou dois dutos de admissão são fechados ou abertos através
de uma válvula acionada por vácuo.
O solenóide de controle é acionado de acordo com as rotações
do motor “engatado” (não em ponto morto).
Abaixo de 5000 rpm:
A ECU permite a passagem de corrente através da válvula
solenóide, abrindo a passagem de vácuo para o diafragma de
controle e fechando o duto de admissão “B”.
Acima de 5000 rpm:
A ECU corta a corrente para a válvula solenóide e o duto de
admissão se abre.
Condições para a abertura do duto de admissão “B”:
• Em qualquer marcha (exceto em ponto morto).
• Com a alavanca da embreagem solta.
• Acima de 5000 rpm.
NOTA
A rotação de abertura e fechamento são ligeiramente diferentes:
Abertura: 5200 rpm
Fechamento: 5000 rpm
RC45
ECU
VÁLVULA
SOLENÓIDE
DE CONTROLE
COLETOR DE
ADMISSÃO
ACUMULADOR
DE VÁCUO
ENTRADA
PARA A ATMOSFERA
SAÍDA