WEG W22Xdb C 355, W22Xdb B 315, W22Xdb B 355, W22Xdb M 315, W22Xdb M 355 Instruction Manual

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WEGeuro - Indústria Eléctrica, S.A.
W22Xdb B/C/M 315 W22Xdb B/C/M 355 W22Xdb B/C/M 400 W22Xdb B/C/M 450 W22Xdb B/C/M 500 W22Xdb B/C/M 560
Manual de Instruções Instructions Manual
110.11 Rev: 09 05/2019
PRT-ING
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Schedule Drawing
No modifications allowed without reference to
the Notified/Certification Body
Ref. 110.11 Rev: 09 – 05/2019
Name: Luís Araújo Signature: ____________________ Responsible Engineer
Manual de Instruções
Motores e geradores assíncronos trifásicos antideflagrantes
Instructions Manual
Three-phase asynchronous flameproof motors and generators
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Índice / Index
1 NOTAS PRÉVIAS ......................................................................................................... 5
2 INSPEÇÃO GERAL ....................................................................................................... 7
3 SEGURANÇA................................................................................................................ 8
4 TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO ......................................................................... 9
5 INSTALAÇÃO ............................................................................................................. 11
6 COLOCAÇÃO EM SERVIÇO ...................................................................................... 13
7 PROTEÇÕES ................................................................................................ .............. 21
8 MANUTENÇÃO ........................................................................................................... 22
9 MONTAGEM E DESMONTAGEM .............................................................................. 24
10 MARCAÇÃO ............................................................................................................ 24
11 PEÇAS DE RESERVA ............................................................................................. 29
12 INFORMAÇÕES ADICIONAIS ................................................................................. 30
13 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE ................................ ................................ .... 30
ANEXO I ............................................................................................................................ 31
1. PRELIMINARY NOTES ............................................................................................... 34
2. GENERAL INSPECTION ............................................................................................ 36
3. SAFETY INSTRUCTIONS .......................................................................................... 36
4. TRANSPORTATION AND STORAGE ........................................................................ 37
5. INSTALLATION ........................................................................................................... 39
6. START UP .................................................................................................................. 41
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7. MOTOR PROTECTIONS ............................................................................................ 49
8. MAINTENANCE .......................................................................................................... 50
9. ASSEMBLING AND DISASSEMBLING ...................................................................... 52
10. MARKING ................................................................................................................ 52
11. SPARE PARTS ........................................................................................................ 57
12. ADDITIONAL INFORMATION ................................................................................. 57
13. DECLARATION OF CONFORMITY ........................................................................ 58
ANNEX I ............................................................................................................................ 59
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EN 60079-14 : 2014
IEC 60079-14: 2013/ISH 1: 2017
EN 60079-17 : 2014
IEC 60079-17 : 2013
EN 60079-19 : 2011/ A1: 2015
IEC 60079-19: 2010/A1: 2015
Manual de Instruções
Motores e Geradores Assíncronos Trifásicos
Antideflagrantes
1 NOTAS PRÉVIAS
1.1 Obrigado pela preferência por motores WEGeuro. Para que deles se possam tirar os melhores resultados aconselha-se que se sigam as
instruções seguintes, especialmente importantes para motores instalados em áreas perigosas. O seu não cumprimento compromete a segurança do produto e da sua instalação.
1.2 As operações de Instalação e Manutenção devem ser executadas por pessoas devidamente qualificadas e com formação para intervir neste tipo de motores. As pessoas envolvidas nestas operações devem estar familiarizadas com as regras de segurança e exigências em vigor e, nomeadamente com o conceito de proteção.
1.3 Para reduzir ao mínimo os riscos de ignição devido à presença de material elétrico em zonas perigosas, deve ser garantida a inspeção e a manutenção eficazes do material.
1.4 Os motores WEG são concebidos para serem montados, postos em funcionamento e utilizados de acordo com as regras deste Manual de Instruções o qual deve ser lido conjuntamente com as normas:
Nenhuma responsabilidade poderá ser imputada à WEGeuro pelo seu não cumprimento.
1.5 Os motores WEG têm marcação de conformidade “CE” e cumprem todos os requisitos da Directiva ATEX 2014/34/UE e do esquema IECEx. Estão previstos para serem utilizados em atmosferas explosivas – Categorias 2G, 2GD ou M2 – Zonas 1 e 2; 21 e 22.
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1.6 O utilizador deve assegurar-se da compatibilidade entre as indicações constantes da chapa de características, a atmosfera explosiva presente, a zona de utilização e as temperaturas ambiente e de superfície. A correta classificação da área de instalação e das características do ambiente é da responsabilidade do utilizador.
1.7 Os motores antideflagrantes WEG são fornecidos, na execução padrão, com caixas de terminais antideflagrantes Ex db. Em opção, podem ser fornecidos com caixas de terminais de Segurança Aumentada Ex eb. Neste caso a designação do tipo de protecção do motor é Ex db eb.
1.8 Os motores Ex db são fabricados de acordo com as normas EN 60079­0:2012/A11:2013, IEC 60079-0:2011, EN 60079-1:2014, IEC 60079-1:2014 e os motores Ex db eb” estão, para além destas, conformes às normas EN 60079-7:2015 e IEC 60079-7:2015. Os motores com equipamento de segurança intrínseca Ex i estão também de acordo com as normas EN 60079-11:2012 e IEC 60079-11:2011. O grupo de gases será IIB, IIC ou I consoante o tipo de motor.
1.9 A instalação deve estar em conformidade com as normas EN 60079-14:2014, IEC 60079-14:2013, EN 60079-25:2010/AC:2013 e IEC 60079-25:2010 para segurança intrínseca.
1.10 As juntas antideflagrantes dos motores WEG podem ter valores mais restritos do que os valores mínimos impostos pelas normas EN/IEC 60079-1. Assim, os reparadores autorizados, sempre que necessitem de informações detalhadas relativamente a estas juntas, deverão contatar o Serviço Após Venda da WEG. Para utilização no grupo I (minas), o utilizador deve ter em consideraçãoque estes foram sujeitos apenas a um impacto correspondente a uma energia de baixo risco.
1.11 Os motores com protecção IP65 ou IP66, concebidos para serem utilizados em atmosferas explosivas com poeiras combustíveis (Ex tb IIIC T125ºC ou T135ºC Db IP65 ou IP66), estão também em conformidade com as normas EN 60079-31:2014 e IEC 60079-31:2013.
1.12 Os motores podem ser equipados com intercalares, montados no topo das carcaças ou noutros intercalares, permitindo a montagem de caixas de terminais adicionais em diferentes posições. Os intercalares podem ter proteção antideflagrante
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Ex db ou de segurança aumentada Ex eb e permitem montar caixas de terminais antideflagrantes Ex db ou de segurança aumentada Ex eb.
No caso de motores equipados com caixas de terminais de fases segregadas ou fases isoladas com protecção de segurança aumentada Ex eb, a montagem é feita num intercalar com proteção de segurança aumentada Ex eb e podem ser utilizadas em temperaturas ambiente minimas até -20ºC.
1.13 Sempre que os motores são equipados com componentes de segurança intrínseca Ex i, para proteção térmica da bobinagem e/ou rolamentos e deteção e/ou controlo de vibrações, os seus circuitos, nas caixas de terminais auxiliares, estão separados dos circuitos que não são de segurança intrínseca. Estes circuitos são visualmente diferentes (com terminais na cor azul) e estão devidamente identificados, devendo ser conectados a barreiras de segurança adequadas em função dos parâmetros de entrada destes componentes.
Os componentes de segurança intrínseca são ligados, no interior das caixas de terminais auxiliares, a terminais montados em calha DIN com o cabo de terra devidamente conectado ao terminal de terra existente para esse efeito.
1.14 Quando os motores são equipados com componentes de segurança intrínseca Ex i, deverá ser consultada a informação sobre os parâmetros de entrada destes componentes, referida no Anexo I deste manual, necessária para a definição da barreira zener de segurança intrínseca.
Ver Anexo I para detalhes.
2 INSPEÇÃO GERAL
2.1 Verificar se as caraterísticas do motor, indicadas na chapa de caraterísticas, estão de acordo com o pedido na encomenda. Deve ser dada atenção especial ao tipo de proteção e/ou EPL (nível de proteção do equipamento) do motor. Se forem detetadas não-conformidades, estas devem ser reportadas de imediato aos Serviços Comerciais da WEG.
2.2 Estes motores são fabricados para funcionar num ambiente que apresente risco de explosão. É portanto, indispensável controlar rigorosamente, durante a receção do
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material, todas as peças exteriores (carcaça, tampa, chumaceira, caixa de terminais e tampa da caixa de terminais).
2.3 Qualquer anomalia detetada deve ser assinalada, comunicada aos Serviços Comerciais da WEG e devidamente analisada, de forma a garantir que os motores possam funcionar sem risco neste ambiente. Se necessário, devem substituir-se as peças danificadas ou que possam vir a apresentar qualquer risco, mesmo que a longo prazo.
3 SEGURANÇA
3.1 Os motores para áreas classificadas são especialmente projetados para atender às regulamentações oficiais referentes aos ambientes em que serão instalados. Uma aplicação inadequada, conexão errada ou outras alterações, por menores que sejam, podem colocar em risco a fiabilidade do produto e a segurança da instalação.
3.2 Qualquer componente adicionado ao motor pelo utilizador, como por exemplo, bucim, tampão, encoder, etc., deve ser selecionado em conformidade com o tipo de proteção
do invólucro, o “nível de proteção de equipamento” (EPL) e o grau de proteção do
motor, de acordo com as normas indicadas no certificado do produto.
3.3 O símbolo “X” junto ao número do certificado, informado na placa de identificação do motor, indica que o mesmo requer condições especiais de instalação, utilização e/ou manutenção do equipamento, sendo estas descritas no certificado e fornecidas na documentação do motor. A não observação destes requisitos compromete a segurança do produto e da instalação.
3.4 Para motores do Grupo IIC é necessário ter atenção à espessura total de tinta que tem de ser inferior ou igual a 200µm. Se o esquema de pintura selecionado exceder este valor, é colocada no motor uma placa de aviso , com a informação de que existe o risco de cargas eletrostáticas (ver ponto 8.6).
No caso de motores para os grupos IIB, I e IIIC não existe esta limitação porque a espessura total de tinta pode ter até 2mm.
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4 TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO
4.1 Os motores não deverão ser submetidos a ações prejudiciais durante o transporte e armazenamento.
4.2 Na receção do motor, verificar se ocorreram danos durante o transporte. Na ocorrência de qualquer dano, registar por escrito junto do agente transportador, e comunicar imediatamente à companhia seguradora e à WEG. A não comunicação pode resultar no cancelamento da garantia.
4.3 Todos os motores com rolamentos de rolos cilíndricos e com rolamentos de esferas de contacto oblíquo são equipados com um dispositivo de travamento do rotor para o transporte, colocado em regra no lado dianteiro. Alguns motores poderão ter dois dispositivos de travamento, um no lado dianteiro e outro no lado traseiro.
4.4 Na receção do motor devem ser removidos os dispositivos de travamento do veio que deve ser rodado manualmente para verificar se roda livremente. Caso o motor seja para armazenar, deverão colocar-se novamente os dispositivos de travamento do veio.
4.5 Se o motor não for instalado de imediato, deve ser armazenado num local limpo, seco e sem vibrações, com uma humidade relativa não excedendo 60% e uma temperatura ambiente entre 5ºC e 40ºC, sem variações rápidas de temperatura, sem poeiras, gases ou agentes corrosivos. O motor deve ser armazenado na posição horizontal a menos que tenha sido projetado para operar na vertical.
4.6 Se bem que as superfícies trabalhadas – ponta de veio, face da flange, etc. – estejam protegidas com uma camada de produto anticorrosivo (ANTICORIT BW 366 da FUCHS, ou equivalente), se for previsto um armazenamento prolongado, essas superfícies deverão ser examinadas e, se necessário, aplicada nova camada.
4.7 As superfícies das juntas antideflagrantes devem ser protegidas com uma camada de massa anti-corrosão que não endureça com o envelhecimento e não contenha solventes (MOBIL Polyrex EM, Lumomoly PT/4, Molykote 33 ou outra equivalente recomendada pela WEG). Estas superfícies devem ser examinadas periodicamente e, se necessário, nova camada deve ser aplicada nomeadamente nas juntas das caixas de terminais, se estas já foram abertas.
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4.8 Para períodos de armazenamento longos recomenda-se que o rotor seja rodado periodicamente para evitar a deterioração dos rolamentos.
4.9 Se o motor for equipado com chumaceiras deve ser armazenado na sua posição original de funcionamento, e com óleo nos mancais. O nível do óleo deve ser respeitado, permanecendo na metade do visor de nível. Durante o período de armazenamento, deve-se retirar o dispositivo de travamento do veio e, mensalmente, rodar o veio manualmente 5 voltas (e a 30 rpm, no mínimo), para que o óleo recircule e conservar o mancal em boas condições de operação. Caso seja necessário movimentar o motor, o dispositivo de travamento do veio deve ser reinstalado. Para motores armazenados por mais de seis meses, os mancais devem ser relubrificados, antes da entrada em operação. Caso o motor fique armazenado por período maior que o intervalo de troca de óleo, ou não seja possível rodar o seu veio, o óleo deve ser drenado e aplicada uma proteção anticorrosiva e desumidificadores.
4.10 Se o motor estiver equipado com resistências anti-condensação, estas devem estar ligadas durante o período de armazenamento.
4.11 A resistência de isolamento do motor deve ser medida periodicamente (ver valores em 6.1) durante o período de armazenamento e antes de o ligar pela primeira vez. Verificar os procedimentos e valores na secção 6 deste manual.
4.12 A movimentação do motor deve ser feita utilizando os olhais de suspensão conforme indicado na figura:
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4.13 Levantar o motor sempre pelos olhais de suspensão, que foram projetados apenas para o peso do motor. Nunca devem ser usados para levantamento de cargas adicionais acopladas. Os olhais de suspensão dos componentes, como caixa de ligação, tampa defletora, etc., devem ser utilizados apenas para manusear estas peças quando desmontadas. Informações adicionais sobre os ângulos máximos de suspensão estão indicados no manual geral disponível no website da WEG, em
www.weg.net.
5 INSTALAÇÃO
5.1 Durante a instalação, os motores devem estar protegidos contra arranques acidentais. Confirmar o sentido de rotação do motor, ligando-o em vazio antes de acoplá-lo à carga.
5.2 Os motores só devem ser instalados em aplicações, ambientes e forma construtiva informados na documentação do produto. Deve ser respeitado o tipo de proteção e o EPL indicado na chapa de identificação do motor, de acordo com a classificação da área onde o motor será instalado.
5.3 O dispositivo de travamento do veio deverá ser retirado durante a montagem do motor.
5.4 Os rotores dos motores são equilibrados dinamicamente com meia-chaveta. Por esta razão, o acoplamento a montar na ponta de veio deve também ser equilibrado com meia-chaveta, de acordo com a norma IEC 60034-14.
Quando especificamente solicitado, os motores poderão ser equilibrados com chaveta inteira.
5.5 Para a montagem do acoplamento na ponta de veio, aquecer o acoplamento a cerca de 80ºC.
Se necessário, a montagem pode ser feita com o auxílio de um parafuso que é roscado no furo da ponta de veio.
Nota – Nunca fazer a montagem do acoplamento com recurso a pancadas, pois podem danificar os rolamentos.
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Tamb. (ºC)
40
45
50
55
60
65
70
75
80
Fator de correção da potência nominal do motor
1
0.95
092
0.88
0.83
0.77
0.70
0.62
0.53
5.6 No caso de acoplamento direto, o motor e a máquina acionada devem ser alinhados respeitando os valores de alinhamento paralelo e angular, preconizados pelo fabricante do acoplamento. Não esquecer que quanto mais rigoroso for o alinhamento mais longa será a vida dos rolamentos.
No caso de uma transmissão por correias, estas terão que ser, anti-estáticas e dificultar a propagação da chama. Não deverão ser utilizadas polias de diâmetro muito pequeno ou de largura superior ao comprimento da ponta de veio. Ter em atenção que a tensão das correias não deve ultrapassar os valores de cargas radiais recomendadas para os rolamentos. Se estas recomendações não forem respeitadas existe o risco de danificar os rolamentos ou de fraturar o veio.
5.7 Os motores WEGeuro para os grupos IIB e I (minas) podem operar em temperaturas ambiente entre -55ºC e +80ºC. Os motores para o grupo IIC podem operar em temperaturas ambiente entre -55ºC e +60ºC.
Salvo indicação em contrário na chapa de caraterísticas, os motores estão preparados para funcionar a uma temperatura ambiente de -20ºC a +40ºC.
Para temperaturas fora do intervalo anterior, a WEGeuro deverá ser consultada para verificar se são requeridas execuções e/ou certificações especiais.
5.8 Salvo indicação em contrário, as potências nominais fornecidas pelos motores são para operação em serviço contínuo S1 de acordo com as normas IEC/EN 60034-1 nas condições seguintes:
- Temperatura ambiente de -20ºC a +40ºC;
- Altitudes até 1000 m acima do nivel do mar.
Para temperaturas de operação acima de +40ºC e até +80ºC, os fatores de correção indicados na tabela abaixo deverão ser aplicados à potência nominal do motor para determinar a potência de saída disponível (Pmax).
Pmax = Pnom x factor de correção
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Tensão nominal dos
enrolamentos do motor (V)
Tensão contínua para ensaio da
resistência de isolamento (V)
< 1000
500
1000 – 2500
500-1000
2501 – 5000
1000 – 2500
5001 - 12000
2500 – 5000
> 12000
5000 – 10000
Para altitudes acima de 1000 m, haverá também uma redução da potência fornecida. Neste caso, consultar a fábrica para indicação do fator de correção a aplicar.
5.9 Não cobrir ou obstruir a ventilação do motor. Manter uma distância mínima livre de ¼ do diâmetro da entrada de ar da defletora em relação à distância das paredes. O ar utilizado para refrigeração do motor deve estar à temperatura ambiente, limitada ao intervalo de temperatura indicado na placa de identificação do motor (quando não indicado, considerar de -20°C a +40°C).
5.10 Para evitar acidentes, garantir, antes de ligar o motor, que o aterramento foi realizado conforme as normas vigentes e que a chaveta está bem fixa.
5.11 Conectar o motor corretamente à rede elétrica através de contatos seguros e permanentes, observando sempre os dados informados na placa de identificação, como tensão nominal, esquema de ligação, etc.
5.12 Quando utilizado terminal, todos os fios que formam o cabo multifilar devem estar presos dentro da luva. O isolamento dos cabos dos acessórios deve ser mantido até 1mm do ponto de conexão do conector.
6 COLOCAÇÃO EM SERVIÇO
6.1 Se o motor teve um armazenamento prolongado ou se, após montagem, esteve por um longo período de tempo fora de serviço, aconselha-se a medida da resistência de isolamento antes do arranque.
A resistência de isolamento deve ser medida utilizando um Megaohmímetro. A tensão de ensaio dos enrolamentos do motor deve ser a indicada na tabela abaixo, conforme a norma IEEE43.
Estas medidas deverão ser feitas antes de se ligarem os cabos de alimentação.
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TEMPERATURA DE ENROLAMENTO TENSÃO DE SERVIÇO
< 1,1 kV
> 1,1kV
20º C
20 MΩ
400 MΩ
30º C
10 MΩ
200 MΩ
40º C
5 MΩ
100 MΩ
Megaohmímetro
Um possível esquema para efetuar a medida da resistência de isolamento é o que se mostra na figura abaixo, devendo efectuar-se a leitura do Megaohmímetro 1 minuto após a aplicação da tensão contínua.
Os valores mínimos recomendados para a resistência de isolamento, de acordo com a norma IEEE 43, corrigidos para a temperatura de 40ºC, são os seguintes:
5 MΩ, para motores de baixa tensão (U < 1,1kV)  100 MΩ, para motores de média tensão (1,1kV < U < 11kV)
O valor da resistência de isolamento varia, principalmente em função da temperatura do enrolamento conforme se mostra no quadro seguinte:
Se o valor da resistência de isolamento for inferior aos valores indicados, verificar primeiramente se o isolamento da bobinagem do motor está afetado por humidade ou depósito de poeiras. Se necessário, limpar os enrolamentos da bobinagem e secar o motor a uma temperatura inferior a 100ºC. Se estas medidas não forem suficientes deve ser solicitada ajuda técnica especializada. A tensão de ensaio para as resistências anti-condensação, protectores térmicos e outros acessórios é de 500 VCC.
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6.2 Verificar se a tensão indicada na chapa de caraterísticas é a mesma da rede onde será ligado o motor. Respeitar sempre os esquemas de ligação incluídos na caixa de terminais face à tensão disponível e/ou velocidades pretendidas.
Ver esquemas de ligação mais comuns no final deste manual.
6.3 Os enrolamentos dos motores estão ligados de tal modo que o motor roda no sentido dos ponteiros do relógio, quando se vê o motor do lado da ponta de veio principal, e quando a ordem alfabética das extremidades do enrolamento do motor (U,V,W) corresponde à ordem de sucessão das fases no tempo (L1, L2, L3). Para rodar no sentido contrário devem permutar-se dois dos três cabos de alimentação.
No caso de o motor apenas poder rodar num único sentido terá uma placa com uma seta a indicar esse sentido.
6.4 Nos motores com caixas de terminais Ex eb, os isoladores deverão ser equipados com cerra-cabos ou com chapas de travamento para manter o cabo sempre na posição inicial fixada durante o seu aperto.
6.5 Como padrão, os isoladores nas caixas de terminais Ex eb são equipadas com chapas de travamento. A utilização das chapas de travamento não altera a capacidade de curto-circuito (Icc) das caixas de terminais.
Nos isoladores com chapa de travamento é necessário garantir um alinhamento entre a chapa e o terminal olhal que permita a correta saída dos cabos de ligação, tal como representado nas figuras seguintes.
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Rosca
Mínimo [N.m]
Máximo [N.m]
M10 8 13
M12
15
30
Cabo de Ligação
Terminal Olhal
Porca baixa
Face de bloqueio da Chapa de Travamento
Exemplo de uma montagem Ex eb com chapas de travamento.
Para a correta saída dos cabos de ligação, a face de bloqueio da chapa de travamento em conjunto com a porca baixa imediatamente abaixo, devem estar paralelos ao terminal olhal onde o cabo de ligação é cravado.
Detalhe do alinhamento entre a chapa de travamento e a saída do cabo de ligação. Os binários de aperto para a parte superior dos terminais isoladores são:
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M16
30
50
M20
50
80
M24
130
186
Ponteira em cobre
Cabo eléctrico com isolamento
Montagem do cabo com ponteira no cerra-cabos
6.6 Opcionalmente, os motores com caixas de terminais “Ex eb”, podem ser equipados com cerra-cabos distintos das chapas de travamento. Neste caso deve ser garantido um aperto perfeito do cerra-cabos ao isolador e do cabo no interior do cerra-cabos.
Nestas caixas, as pontes de ligação (shunts) devem ser desmontadas ou montadas cuidadosamente conforme as instruções fornecidas no final deste manual, sem que o posicionamento dos cerra-cabos seja alterado.
Nas caixas equipadas com cerra-cabos, a capacidade de curto-circuito (Icc) é reduzida face à capacidade de curto-circuito da mesma caixa com isoladores sem cerra-cabos.
6.7 Para fazer a ligação do cabo de alimentação ao cerra-cabos deve aplicar-se uma ponteira no cabo descarnado e de seguida fazer o aperto no cerra cabos, conforme as imagens seguintes.
Para os parafusos dos cerra-cabos, recomenda-se que sejam utilizados os seguintes valores de binário:
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Binário de aperto (Nm)
A - Parafusos aperto do
cabo no cerra-cabos
B - Parafuso aperto do
cerra-cabos ao terminal
50
25
90ºC para temperatura ambiente de 50ºC 100ºC para temperatura ambiente de 60ºC 110ºC para temperatura ambiente de 70ºC 120ºC para temperatura ambiente de 80ºC
100ºC para temperatura ambiente de 40ºC 110ºC para temperatura ambiente de 50ºC 120ºC para temperatura ambiente de 60ºC
6.8 Junto a cada orifício roscado previsto para entrada de cabos é colocada uma placa com o tipo de rosca e respetivas dimensões.
6.9 Os cabos e bucins utilizados devem ser compatíveis com a temperatura ambiente indicada na placa de certificado sempre que o seu valor é superior a 80ºC.
6.9.1 Quando os bucins são fixados na caixa de terminais:
6.9.2 Quando os bucins são fixados na placa de obturação em motores
alimentados por cabos soltos:
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130ºC para temperatura ambiente de 70ºC 140ºC para temperatura ambiente de 80ºC
Material/classe de
resistência
Aço / 12.9
Aço inox / A2-70
Aço inox / A4-80
Parafuso
Binário Admissível (Nm)
M8
41
17
25
M10
83
34
49
M12
145
57
86
M14
230
91
135
M16
355
141
210
M18
485
195
290
M20
690
274
410
M22
930
372
550
M24
1200
474
710
6.10 Os bucins a utilizar devem ter certificação ATEX no caso de motores ATEX e IECEx no caso de motores com certificação IECEx e protecção (Ex d ou db IIB, Ex d ou db IIC, Ex e ou eb II, Ex d ou db I ou Ex e ou eb I) idêntica à da caixa de terminais, e um grau de proteção mecânica IP pelo menos igual ao da caixa de terminais.
6.11 Antes de fechar as caixas de terminais, garantir que o interior está completamente livre de poeiras.
6.12 Os Binários recomendados para os parafusos de aperto das tampas das caixas de terminais às suas caixas de terminais e das tampas do motor ao mesmo são os seguintes:
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6.13 Antes da entrada em funcionamento, verificar que as ligações foram efectuadas de acordo com os esquemas constantes neste manual ou fornecido na caixa de terminais, tendo em consideração o tipo de motor e enrolamento.
6.14 As entradas de cabos da caixa de terminais de potência, da caixa auxiliar e das caixas das proteções de rolamentos/chumaceiras não utilizadas devem ser sempre obturadas com tampões roscados com certificação ATEX / IECEx e com proteção (Ex d ou db IIB, Ex d ou db IIC, Ex e ou eb II, Ex d ou db I ou Ex e ou eb I) idêntica à da caixa de terminais.
6.15 A ligação de motores com cabo(s) solidário(s) (sem caixa de terminais) deve ser realizada fora da zona com atmosfera explosiva ou protegida por um tipo de proteção normalizado.
6.16 Os motores equipados com rolamentos de contato oblíquo não deverão rodar sem carga axial e apenas usados na posição de montagem prevista (ver IM na chapa de caraterísticas).
6.17 Motores com chumaceiras lisas (não previstos para o grupo IIC) devem ser acoplados diretamente à máquina acionada. Os acoplamentos polia/correia não são recomendados para este tipo de motor. Estes motores não podem ser utilizados para temperaturas ambiente superiores a +60ºC.
Quando o motor estiver acoplado à máquina acionada, verificar os deslocamentos axiais da chumaceira do motor e da máquina acionada, bem como a folga axial máxima do acoplamento.
Os motores com este tipo de chumaceira não podem, em circunstância alguma, funcionar com forças axiais nas chumaceiras pois não estão preparados para as suportar.
Motores com chumaceiras devem ser acoplados garantindo-se o alinhamento axial do seu rotor. O design padrão possui um jogo axial máximo de ± 3 mm, quando a seta indicadora aponta para a marcação central do veio (conforme imagem abaixo).
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