Rosemount Guide: O guia completo da API 2350, 5ª ed. Manuals & Guides

O guia completo da API 2350, 5ª ed.
Conteúdo
03. Uma introdução à API 2350
06. Motivando proteção robusta contra transbordamento
09. Implementação da API 2350
18. Equipamentos e operações
19. Sistema automatizado de prevenção contra transbordamento (AOPS)
21. Resumo e conclusões
22. Apêndice
A. Soluções de equipamentos
B. Lista de verificação de conformidade com a API 2350
C. Perguntas frequentes
2
Uma introdução à API 2350
O transbordamento de tanques é uma grande preocupação para a indústria petrolífera. Na melhor das hipóteses você precisa limpá-los. Na pior das hipóteses é necessário fechar a empresa, e é possível ir parar no tribunal. Como resposta a isso, a indústria tem trabalhado em conjunto para criar a Norma API 2350: “Proteção contra transbordamento para tanques de armazenamento em instalações petrolíferas”. Esta norma é uma descrição dos requisitos mínimos necessários para estar em conformidade com as práticas recomendadas modernas nesta aplicação
especíca. Obviamente, o principal objetivo é evitar transbordamentos,
mas outro resultado comum da aplicação dessa norma é o aumento da
eciência operacional e maior utilização de tanque.
A API 2350 foi criada pela indústria para o setor com contribuições de uma ampla gama de representantes do setor, incluindo: proprietários e operadores de tanques, transportadores, fabricantes e especialistas em segurança. Isso juntamente com o fato de que ela destaca uma
aplicação especíca (grandes tanques de armazenamento de petróleo não pressurizados acima do solo) e um caso especíco de uso (prevenção contra transbordamento) tornam esta norma
única. Ela não compete com outras normas de segurança mais genéricas, e sim tem por objetivo complementá-las. A utilização de Sistemas Instrumentados de Segurança (SIS) projetados de acordo com a IEC61511 é um exemplo de como cumprir alguns dos requisitos da API 2350.
Espera-se que a taxa de adoção da indústria à esta norma seja muito alta devido aos seus benefícios óbvios, combinados com a necessidade cada vez maior do mundo por mais segurança. A questão para um proprietário ou operador de tanque é se eles podem se dar ao luxo de não implementar a API 2350. Devido à natureza genérica da norma, espera-se também que seja
aplicável a tanques próximos fora do escopo especíco da norma, contendo, por exemplo,
produtos químicos ou líquidos de petróleo da Classe 31.
As operações de tanques são semelhantes em todo o mundo, e muitas empresas operam em um ambiente multinacional. A API 2350, apesar da referência à “América”, foi escrita sob uma perspectiva internacional. Portanto, tem por objetivo ser igualmente válida e aplicável em todo o mundo.
Este guia fornecerá os elementos básicos necessários para um proprietário/operador de tanque de petróleo para aplicar a API 2350 a instalações de tanques novas ou existentes com esforço mínimo e ganhos máximos. Você deve ler o guia, pois essa nova norma deve se tornar um divisor de águas dentro da prevenção contra transbordamento, e ao ler o guia sua empresa também pode colher os benefícios que vêm da aplicação das práticas recomendadas mais recentes. A norma em si está disponível por uma pequena taxa no site da API (www.api.org).
1
NFPA Associação Americana de Proteção Contra Incêndio. Os líquidos da Classe 1 têm pontos de fulgor abaixo de 100 °F. Os líquidos da Classe 2
têm pontos de fulgor iguais ou acima de 100 °F e abaixo de 140 °F. Os líquidos da Classe 3 têm pontos de fulgor acima de 140 °F.
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Objetivo
O público-alvo deste guia são proprietários e operadores de terminais de distribuição de
combustível, renarias, plantas químicas e quaisquer outras instalações que recebam petróleo
ou produtos químicos em armazenamento. Qualquer pessoa responsável por operações seguras
na comercialização de combustíveis, terminais de distribuição, renarias, manuseio de petróleo
ou empresas de gasodutos deve aproveitar a prevenção contra transbordamento de tanques de última geração que será discutida neste guia. Embora o escopo da API 2350 se aplique ao
enchimento de produtos à base de petróleo associados à comercialização, reno, tubulação e
instalações terminais, seus princípios podem ser aplicados a qualquer operação de tanques onde haja o risco de transbordar o tanque.
A maioria das aplicações conforme a API 2350 envolve tanques atmosféricos ou ligeiramente pressurizados, mas os princípios da API 2350 também podem ser usados para armazenamento de pressão mais alta. O escopo da API 2350 se aplica à proteção contra transbordo para líquidos da NFPA2 da Classe 1 e Classe 2 e também é recomendado para conformidade em relação a líquidos da Classe 3. O “Escopo da API 2350” (veja abaixo) apresenta uma discriminação mais detalhada.
Em relação a líquidos inamáveis classicados por códigos de incêndio (líquidos da Classe 1) a API
2350 pode mitigar a probabilidade de derramar esses produtos perigosos e o provável incêndio nas instalações resultantes. Uma vez que derramamentos de líquidos orgânicos não voláteis,
como óleos lubricantes ou produtos asfálticos pesados são muitas vezes considerados um risco
ambiental, os transbordamentos desses produtos também são abordados pela norma API 2350.
Escopo da API 2350
A API 2350 se aplica a tanques de armazenamento de petróleo associados à
comercialização, reno, dutos, terminais e instalações similares que contêm líquidos
de petróleo da Classe I ou Classe II. A API 2350 recomenda incluir líquidos da Classe III.
A API 2350 não se aplica a:
• Tanques de armazenamento subterrâneos
• Tanques terrestres de 1320 galões americanos (5000 litros) ou menos
• Tanques terrestres em conformidade com a PEI 600
• Tanques (tanques de processo ou uxo similar através de tanques) que são parte
integrante de um processo.
• Tanques contendo líquidos não petrolíferos
• Tanques armazenando GLP e GNL
• Tanques em postos de gasolina
• Carregamento ou entrega de veículos com rodas (como caminhões-tanque ou vagões-tanque)
PEI RP 600 Práticas recomendadas para prevenção contra transbordamento em relação a tanques terrestres pré-fabricados para proteção contra transbordo, quando aplicável, para tanques terrestres fora do âmbito da API 2350.
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NFPA Associação Americana de Proteção Contra Incêndio. Os líquidos da Classe 1 têm pontos de fulgor abaixo de 100 °F. Os líquidos da Classe 2
têm pontos de fulgor iguais ou acima de 100 °F e abaixo de 140 °F. Os líquidos da Classe 3 têm pontos de fulgor acima de 140 °F.
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Quinta geração da API 2350
A norma API 235033 se aplica ao enchimento de tanques com produtos à base de petróleo, tendo como objetivo evitar transbordamentos. A atual edição da API 2350 se baseia nas práticas recomendadas tanto da indústria petrolífera quanto de outras indústrias e as aplica diretamente à proteção contra transbordo de tanques.
Um evento importante e inuente que moldou edições posteriores da API 2350 foi a conagração de Bunceeld decorrente de um transbordamento de tanque de petróleo no Terminal de
Armazenamento de Petróleo de Hertfordshire (HOSL) perto do aeroporto de Heathrow. Em 11 de dezembro de 2005, o fogo envolveu 20 tanques, resultando na destruição total do terminal e das instalações próximas. Este incêndio foi o pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O incidente de Bunceeld também foi um dos eventos de transbordamento de tanques mais
intensamente estudados de todos os tempos. Felizmente, as lições aprendidas com este incidente foram registradas pela HSE4 do Reino Unido em relatórios5 que abrangem este incidente.
A API 2350 representa as práticas recomendadas mínimas atuais para que os proprietários e operadores de tanques possam agora se preparar para o que será, sem dúvida, a referência para boas práticas geralmente reconhecidas no setor de armazenamento de petróleo.
Aprendendo com experiências passadas
A seguinte citação da investigação de Bunceeld do Health Safety Executive do Reino Unido
mostra, sem surpresas, que as falhas nos sistemas de gestão são a principal causa dos incidentes de transbordamento de tanques.
“Os sistemas de gestão em vigor no HOSL relativos ao enchimento dos tanques eram decientes
e não eram devidamente seguidos, apesar de os sistemas terem sido auditados de forma independente. As pressões sobre os funcionários estavam aumentando antes do incidente. O local era alimentado por três dutos, dois dos quais os funcionários da sala de controle tinham
pouco controle em termos de taxas de vazão e tempo de recebimento. Isso signicava que os funcionários não tinham informações sucientes facilmente disponíveis para gerenciar precisamente o armazenamento de combustível de entrada. A produção aumentou no local.
Isso pressionou mais a gestão do local e a equipe e degradou ainda mais a capacidade de
monitorar o recebimento e o armazenamento de combustível. A pressão sobre os funcionários
aumentou pela falta de apoio de engenharia da Matriz.”
Infelizmente, os cenários descritos acima que levam a este incidente são muito comuns. Mas, felizmente, o Comitê de API que desenvolve a nova API 2350, integrou totalmente as lições
aprendidas com Bunceeld, bem como outros incidentes e as combinou com as práticas
recomendadas para operações de enchimento de tanques de todos os setores da indústria petrolífera.
O comitê de API é uma organização de desenvolvimento de normas baseada em consenso e a edição atual da API 2350 garante uma perspectiva mundial sobre proteção contra transbordo de tanques. As práticas recomendadas em todo o mundo, de diferentes países, agências reguladoras e empresas foram estudadas e compiladas na norma API 2350.
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Proteção contra transbordo para tanques de armazenamento em instalações petrolíferas, ANSI/API Norma 2350-2012, Quinta edição,
setembro de 2020
4
HSE Health Safety Executive é uma agência governamental de segurança no Reino Unido responsável pela saúde e segurança do público e dos
trabalhadores
5
http://www.buncefieldinvestigation.gov.uk/reports/index.htm
5
Motivando proteção robusta contra transbordamento
Redução de prejuízos
Claramente, a prevenção contra transbordamentos é um benefício signicativo e óbvio para os
proprietários/operadores de tanques. Todos os proprietários/operadores de tanques sabem que a proteção da saúde e segurança do público e dos trabalhadores, do meio ambiente e dos ativos são importantes. Mas o que pode não ser tão óbvio para eles são os benefícios resultantes ao aplicar o pensamento mais recente relacionado aos transbordamentos de tanques. As novas práticas de sistema de gestão incentivadas pela API 2350 podem realmente melhorar as operações normais
diárias e a eciência de uma instalação.
Os transbordamentos de tanques são eventos relativamente raros, então por que esses raros eventos geram preocupação? O motivo é que as consequências dos transbordamentos podem exceder a maioria, se não todos os outros cenários potenciais em uma instalação de petróleo. Embora raros, os incidentes graves normalmente geram riscos para os proprietários/operadores de tanques que são considerados inaceitáveis. O fato de que pode haver danos materiais, lesões ou até mesmo mortes é apenas o início do cenário de acidentes. Prejuízos de vários tipos podem se
estender por muitas páginas, como mostra uma análise dos relatórios de incidentes de Bunceeld. Em alguns casos, ser forçado a fechar a empresa é o resultado nal, como no caso do incidente da
Caribbean Petroleum em Porto Rico (23 de outubro de 2009).
Outros benefícios
Além da redução de prejuízos, há benefícios que impactam a eciência operacional e a conabilidade gerais da instalação, como mencionado acima. Melhorias operacionais em geral
podem ser resultado de:
• Resposta simplicada e esclarecida aos alarmes
• Capacidade de tanque mais utilizável (explicado posteriormente)
• Compreensão generalizada e uso do processo de Gerenciamento de Mudanças (MOC)
• Treinamento e qualicação de operadores
• Inspeção, manutenção e testes
• Procedimentos para condições normais e anormais
• Lições aprendidas usadas para desenvolver melhores práticas operacionais, de manutenção e de instalação
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Principais componentes da API 2350
Os principais elementos da API 2350 podem ser considerados para compor os seguintes elemen­tos:
• Sistema de Gestão (Processo de Prevenção contra Transbordamento ou OPP)
• Sistema de avaliação de risco
• Parâmetros operacionais – Níveis de preocupação (LOCs) e alarmes – Categorias – Tempo de resposta – Atendimento
• Procedimentos
• Sistemas de equipamentos
Os dois primeiros elementos são adições importantes que estavam ausentes em edições
anteriores. A API 2350 dene o Sistema de Gestão como sendo o Processo de Prevenção contra
Transbordamento (OPP). Em outras palavras, quando você lê ou ouve o termo OPP, basta pensar no conceito do sistema de gestão.
Em seguida, Parâmetros Operacionais foi um termo criado para designar os dados especícos de
tanque necessários para usar a norma. Eles incluem o valor de Níveis de Preocupação (LOCs) de níveis líquidos importantes, como Alto Crítico (CH), Tanque Muito Alto (HH) e Nível Máximo de Trabalho (MW). Também estão incluídas as Categorias de sistemas de proteção contra transbordo
que são designados pelo tipo e conguração do equipamento que está sendo usado para proteção
contra transbordo. Outro parâmetro operacional são o Tempo de Resposta (RT) e o Atendimento. Todos esses parâmetros operacionais são discutidos em detalhes posteriormente. Eles devem ser considerados como os dados sobre as instalações de tanques necessários para usar a API 2350 de
forma eciente.
Finalmente, a adoção de orientações aplicáveis aos Sistemas Instrumentados de Segurança que podem automatizar a terminação de um recibo no caso de o LOC HH ser excedido. Esses sistemas às vezes são chamados de “sistemas automatizados de desligamento de segurança” ou “sistemas instrumentados de segurança”, mas na API 2350 são chamados de “Sistemas Automatizados de Proteção Contra Transbordo (AOPS)”.
Sistemas de gestão
Um Sistema de Gestão permite que uma organização gerencie seus processos ou atividades para que seus produtos ou serviços atendam aos objetivos e termos estabelecidos. Os objetivos podem variar de; satisfazer os requisitos de qualidade do cliente, cumprir as normas ou atender aos objetivos ambientais e sistemas de gestão, o que muitas vezes têm vários objetivos. Muitas empresas utilizam sistemas de gestão para reduzir os incidentes de segurança, saúde e meio ambiente ao mais baixo possível, dada a tecnologia de ponta em relação às práticas recomendadas de operações empresariais hoje em dia.
A API 2350 está alinhada com o pensamento atual da indústria, exigindo a aplicação do Processo de Prevenção Contra Transbordamento (OPP). O OPP é a população e os equipamentos associados às operações de enchimento de tanques para manter um sistema otimizado para alto
desempenho sem transbordamentos. A inclusão do OPP é signicativa no sentido de que a norma
não está mais falando apenas sobre como projetar, operar e manter tais sistemas, mas sim sobre como a empresa deve executar seus processos e procedimentos associados às operações de enchimento de tanques.
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Embora a API 2350 exija um sistema de gestão para prevenção e proteção contra
transbordamento, ela não especica como desenvolver ou implementar um sistema.
As organizações normalmente dependem de sistemas de gestão que foram desenvolvidos como resultado de incidentes graves no passado. Esses sistemas de gestão são relativamente comuns entre organizações de grande e médio porte. Essas organizações aprenderam a usar esses sistemas para reduzir sistematicamente, controlar e gerenciar incidentes, bem como para melhorar
outros aspectos de seus negócios. Para serem ecazes, esses sistemas devem ser integrados à “cultura corporativa” e devem ser adequados para a nalidade. Mesmo os sistemas mais simples
exigem muito tempo, energia e recursos e devem ser apoiados ativamente pelo nível mais alto da organização. Sem o apoio ativo e a promoção da alta gestão, não há esperança para um sistema de gestão de trabalho.
Recomenda-se que as organizações que não utilizam qualquer forma de sistema de gestão de segurança considerem o desenvolvimento e a implementação de um sistema básico e adequado para a gestão de segurança. Em seguida, garantem que o sistema de gestão de segurança incorpore os princípios relevantes da API 2350. Essa recomendação é especialmente importante para as empresas que estão crescendo ou aquelas que estão adquirindo outras empresas em seu ciclo de crescimento. Qualquer aquisição é potencialmente de alto risco até que todos os seus sistemas de gestão, bem como seus sistemas de equipamentos e operações sejam integrados.
Avaliação de riscos
A API 2350 exige o uso de um sistema de avaliação de riscos. Cada tanque ao abrigo desta norma deve ter uma avaliação de risco realizada para determinar se a redução de risco é necessária. A avaliação de risco é um meio de combinar a consequência e a probabilidade de
um transbordamento ou outros acidentes, geralmente para duas nalidades. Em primeiro lugar, uma metodologia comum de escala ou classicação precisa ser aplicada aos diferentes cenários
possíveis de acidentes ou perdas a que uma instalação está exposta. Por exemplo, o risco de um funcionário desonesto tentar sabotar uma instalação é diferente do risco de transbordamento de um tanque. Sem avaliação de risco não há uma maneira racional de entender qual cenário pode ser pior. Em segundo lugar, como os recursos são sempre escassos, a avaliação de riscos, através do
processo de gestão de riscos, permite que uma empresa compare-os e priorize-os com a nalidade
de alocação de orçamentos e recursos para mitigar os riscos mais graves primeiro.
Um bom ponto de partida para recursos de avaliação de riscos pode ser encontrado na IEC 61511-3 Parte 3: “Orientação para a determinação dos níveis de integridade de segurança exigidos – informativos” e IEC/ISO 31010 “Gestão de Riscos – Técnicas de Avaliação de Riscos”.
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Implementação da API 2350
Visão geral
O principal mecanismo de habilitação que permite a adoção da API 2350 é o endosso e o apoio
da alta gestão para o sistema de gestão de segurança (OPP). Isso signica que processos formais
para todos os elementos abordados em “Sistemas de Gestão” (veja abaixo) serão documentados, criados, revisados e formalmente colocados em prática usando uma estrutura formal de programa corporativo.
Sistemas de gestão
Elementos especícos dos sistemas de gestão para prevenção contra transbordamento
• Procedimentos e práticas operacionais formais escritas, incluindo procedimentos de segurança e procedimentos de resposta a emergências
• Pessoal operacional treinado e qualicado
• Sistemas de equipamentos funcionais, testados e mantidos por pessoal qualicado
• Inspeção programada e programas de manutenção para instrumentação e equipamentos contra transbordamento
• Sistemas para lidar com condições operacionais normais e anormais
• Um processo de gerenciamento de mudanças (MOC) que inclui mudanças de pessoal e equipamentos
• Um sistema para identicar, investigar e comunicar quase acidentes e incidentes de
transbordamento,
• Um sistema para compartilhar lições aprendidas
• Um sistema de acompanhamento para abordar qualquer mitigação necessária de circunstâncias que levem a quase acidentes ou incidentes
• Protocolos de sistemas de comunicação dentro da organização do Proprietário/Operador e entre o Transportador e o Proprietário/Operador que são projetados para funcionar em condições anormais e normais
Benefícios dos sistemas de gestão
• Segurança e proteção ambiental
• Otimização do local de trabalho e das práticas operacionais
• Inspeção, testes e manutenção
• Seleção e instalação de equipamentos e sistemas
• Práticas de trabalho seguras, procedimentos de emergência e treinamento
• Programas de gerenciamento de mudanças relativos à proteção contra transbordo de tanques
• Inclusão de tecnologias e práticas atuais relativas ao controle de processos e sistemas instrumentados de segurança automatizados
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A Figura 1 (veja abaixo) - “Plano de Gestão Conceitual para implementação da API 2350” -
Processo de gerencia­mento de dados e banco de dados de tanque
1)2)
Processo de avaliação de riscos
3)
Configuração em conformidade com a API 2350 (configuração aceitável)
4)
Avaliação de 5)
Sistemas de tanque modificados e configuração com riscos aceitáveis em conformidade com API 23508
8)
Processo de Gestão de Riscos
6)
Estabelecer parâmetros de operação e dados do tanque:
• Categoria do tanque
• LOCs
• Alarmes
• Alertas
• Tempo de resposta
• Atendimento
• AOPS, se aplicável
• Solucionadores de problemas lógicos
• Elementos finais
• Detalhes do tanque
• Dados de risco
Execução do projeto para encerramento de lacunas
7)
Configuração do sistema de tanques existentes (todos os tanques)
COMEÇAR
TERMI
Programação para execução do
fornece o conceito geral associado à implementação da API 2350. Um primeiro passo é a criação de um processo de gestão de dados associado ao programa de proteção contra transbordo de
tanques. A conguração do tanque existente deve ser entendida. A conguração do tanque
é o tipo de instrumentação que o tanque tem, seus LOCs, sistemas de alarme e medição e os
parâmetros operacionais, incluindo quaisquer informações relevantes para o OPP. Isso signica
que todos os dados relevantes para cada tanque precisam ser coletados e um processo para mantê-los atualizados deve ser estabelecido. As “Considerações de Risco para Análise de Risco” (ver página 12) analisam algumas das considerações de informação necessárias para estabelecer riscos. O banco de dados (1)(2) envolve todos os tanques dentro do escopo a serem incluídos no programa de proteção contra transbordo de tanques.
Os dados fornecerão informações sobre parâmetros operacionais, informações especícas de
tanques e quaisquer outras informações relevantes para estabelecer o cumprimento da norma.
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Embora algumas congurações de tanques possam ter risco residual aceitável, outras podem
não ter. Somente após um processo de avaliação de risco (3) ser aplicado a cada tanque, que a
conguração aceitável pode ser estabelecida. Cada sistema de transbordamento de tanque será então classicado (4) como em conformidade ou não em conformidade com a API 2350. Em
outras palavras, o risco é aceitável ou inaceitável.
A classicação resulta na capacidade de fazer um plano de avaliação de lacunas (5) que mostrará
quais mudanças são necessárias para levar os tanques para um risco aceitável e em conformidade com a API 2350. Uma vez compreendida a escala de mudanças necessárias para colocar o sistema de tanques em conformidade, um processo de gestão de riscos (6) pode ser usado para priorizar
riscos e determinar quanto nanciamento é necessário para diminuir as lacunas e colocar todos os
tanques em conformidade.
Figura 1: Plano de gestão conceitual para implementação da API 2350
(Observação: O diagrama mostra conceitualmente como se pode abordar o gerenciamento do processo de levar tanques existentes e novos propostos para as instalações existentes em conformidade com a API 2350)
Considerações de riscos para análise de risco
Fatores de probabilidade ou probabilidade
• Frequência, taxa e duração do enchimento
• Sistemas usados para medir adequadamente e dimensionar recebimentos para tanques
• Calibração precisa do tanque (tanto cintagem quanto Alto Crítico vericado)
• Sistemas usados para monitorar recebimentos
• Extensão do monitoramento/supervisão da medição manual e automática do tanque
• Impacto da complexidade e do ambiente operacional na capacidade do Pessoal Operacional de executar tarefas de prevenção contra transbordamento – Enchimento de vários tanques simultaneamente – Troca de tanques durante o recebimento.
Fatores de consequência – Impacto da liberação de materiais perigosos em exposições vulneráveis Características de risco do material (produto) na
volatilidade do tanque, inamabilidade, dispersão, potencial VCE
• Número de pessoas no local que podem ser afetadas por um tanque transbordando
• Número de pessoas fora do local que podem ser afetadas por um tanque transbordando
• Possibilidade de um tanque transbordar, resultando em (escalada) de eventos perigosos no local ou fora do local
• Possibilidade de impacto em receptores ambientais sensíveis próximos
• Propriedades físicas e químicas do produto liberado durante o transbordamento
• Taxas de vazão máximas de transbordamento potencial e duração
Uma vez concluído o processo de gestão de riscos (6), as fases de engenharia e execução do projeto (7) para implementação das mudanças podem começar. Diminuir as lacunas levará algum tempo e é um princípio fundamental da gestão de riscos que os piores riscos devem ser reduzidos primeiro. O plano de diminuição de lacunas deve ser desenvolvido com este princípio em mente. Em última análise, o processo visa manter o proprietário/operador em conformidade com as regulamentações(8).
O processo acima também abordará os novos tanques propostos que são adicionados ao sistema. Eles devem ser avaliados com os mesmos critérios e passar pelo processo, mas ao contrário dos tanques existentes, eles normalmente serão desenvolvidos para estar em conformidade durante a construção.
A fase de execução do projeto deve, naturalmente, usar os processos de Gerenciamento de Mudanças (MOC) e interagir com o sistema de gestão de dados para garantir que as informações no banco de dados do tanque sejam atualizadas quando as mudanças forem feitas. Veja mais detalhes sobre esses passos.
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Parâmetros operacionais
Inicialização
Parte do processo de gestão de dados é a determinação do que a API 2350 chama de parâmetros operacionais. Os proprietários/operadores de tanques que adotam a API 2350 devem estabelecer ou validar os parâmetros de operação do tanque. Estes incluem conhecimento sobre as categorias de tanques, Níveis de Preocupação (LOCs), alarmes, alertas, Sistema Automático de Prevenção Contra Transbordamento (AOPS) (se aplicável) e tipo de atendimento.
Categorias
Todos os tanques devem ser categorizados de acordo com a API 2350, conforme mostrado na
Figura 2 (veja abaixo) - “Denição de Categorias de Sistema de Proteção Contra Transbordo” . As categorias são um meio de agrupar todas as diferentes congurações possíveis de medição de tanques em três grandes categorias de conguração. Embora a norma não diga nada sobre qual categoria é “melhor” armamos que, de maneira geral, quanto maior o número da categoria, mais conável é o sistema de medição e alarme.
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Categoria 0
(somente medidor manual)
Categoria 2
(alarme woth do sensor de nível)
Figura 2: Definição de categorias do sistema de proteção contra transbordo
Categoria 1
(leitura de nível local)
Categoria 3
(ATG mais alarme independente)
Categoria 0
Os tanques de categoria 0 não têm ATG disponível para monitorar os movimentos de nível durante o enchimento. Considerações de segurança podem proibir a medição manual durante o recebimento do produto e 30 minutos após o enchimento estar concluído (ver API 2003). A única prevenção contra transbordamento em um sistema de categoria 0 vem do planejamento de recebimentos menores do que o volume disponível. Os tanques de categoria 0 devem ser operados como uma instalação monitorada localmente para recebimentos, com monitoramento contínuo durante a primeira hora de recebimento, a cada hora durante o recebimento, e continuamente durante a última hora do recebimento. Para um tanque de categoria 0, não há recursos de monitoramento remoto pelo transportador para informações de alarme ou nível.
Categoria I
Os sistemas de categoria 1 requerem um instrumento de nível local, por exemplo, medidor de nível ou medidor automático de tanque com um mostrador local ou leitura. Os sistemas de categoria 1 só podem ser utilizados para uma operação totalmente assistida. A categoria 1 não deve ser usada quando o operador não puder se concentrar totalmente na conclusão do recebimento ou estiver distraído com outras tarefas ou responsabilidades. As distrações podem ocorrer nos locais onde há recebimentos frequentes ou na instalação ou terminal que têm operações complexas. A adição de um AOPS e/ou upgrade para tanques de categoria 2 ou Categoria 3 deve ser considerada quando o risco não atender aos critérios de risco do proprietário/ operador.
Categoria 2
Os sistemas de categoria 2 têm a capacidade de transmitir informações de nível e alarme para um centro de controle centralizado ou remoto. Mas o alarme é dependente, de forma que uma falha no ATG pode causar uma perda total de informações sobre os níveis do tanque e os alarmes. Os sistemas de categoria 2 não têm redundância e, portanto, só devem ser usados se a taxa de falha do sistema ATG e nível for extremamente baixa (ou seja, a melhor tecnologia disponível). A categoria 2 é permitida apenas para instalações assistidas e semi-assistidas. Os tanques de categoria 2 devem ser operados como tanques semi-assistidos ou totalmente assistidos. No mínimo, os funcionários devem estar na instalação com tanques nos primeiros e últimos 30 minutos de uma operação de recebimento e transferência (início denotado pela vazão do produto, e por último denotado pela terminação da vazão).
Categoria 3
Os sistemas de categoria 3 são como sistemas de categoria 2, mas são caracterizados por ter
um alarme independente. Os sistemas de categoria 3 são considerados a melhor conguração e
tecnologia disponível para operações de enchimento de tanques e sistemas de alarme. Eles podem ser usados em uma instalação assistida, semi-assistida ou sem supervisão. O instrumento LAHH independente (um nível de ponto ou dispositivo de nível contínuo) pode ser conectado a um segundo ATG, ao sistema de alarme comum ou ao sistema SCADA somente se esses outros sistemas forem supervisionados eletricamente e fornecerem alarmes de diagnóstico ao transportador.
Sistema automático de prevenção contra transbordamento (AOPS)
Observe que o AOPS é um sistema independente do Sistema de Controle de Processo Básico (BPCS). O AOPS na Figura 2 (página 17) pode ser combinado com qualquer uma das categorias, no entanto, na maioria dos casos, faria sentido combiná-lo com um sistema de prevenção contra transbordamento de categoria 2 ou 3.
Outras configurações
A API 2350 faz uma classicação ampla de sistemas, mas não pode abranger todos os casos. Por exemplo,
alguns proprietários/operadores de tanques usam 2 ATGs em vez de um único ATG e alarme de nível de ponto. Essas congurações devem ser consideradas categoria 3, uma vez que esta conguração é usada
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CH é o nível em que ocorre dano ou transbordamento
Nível do AOPS causa conclusão do recebimento
HH requer um alarme
Alerta é um auxílio operacional e pode estar localizado aqui
Não encha acima desse nível em operações normais
Conguração mínima
Todos os tanques
CH Alto Crítico
Sensor opcional
LAHH Alarme Muito Alto
Sensor necessário
Sensor opcional
NFL Trabalho máximo
Conguração opcional
Adicionar (LAH) e (MWL)
LAHH
(LAH) (Alerta alto)
NFL
Conguração opcional
Adicionar (AOPS)
(AOPS) Sistema Automático de Proteção Contra Transbordo
LAHH
NFL
Colocação do sensor
Nenhum
(Sim)
(Sim)
(Sim)(LAH)
Nenhum
(MWL) (Trabalho mínimo)
Observações: 1. Recomenda-se que um nível mínimo de trabalho (MWL) seja estabelecido em todos os tanques.
2. Recomenda-se que considere procedimentos de controle de nível baixo para controle de nível baixo.
3. A menos que o sistema de medição de tanques e alarme seja altamente conável, tanto LAG quanto
LAHH devem ser aplicados.
4. Apenas um alerta LAH é exibido, mas tantos alertas em qualquer local podem ser instalados conforme desejado.
5. O AOPS, quando selecionado como meio de redução de risco, deve estar em conformidade com os
requisitos da API 2350.
6. O AOPS é adicionado de forma independente aos sistemas de categoria 2 ou 3.
7. Quando utilizado, o AOPS deve ser denido em ou acima de LAHH.
(MWL)
Nenhum
Figura 3: API 2350 Níveis de Preocupação (LOCs) do Tanque – Configurações de categoria 2 e 3
da mesma forma que um sistema de categoria 3. No entanto, ela é mais robusta devido às informações de nível extra disponíveis. Por exemplo, um sistema ATG duplo não pode alarmar
apenas no HH, mas em uma variação entre os dois ATGs dando outra dimensão de conabilidade.
A API 2350 não pode abranger todos os casos diferentes e, nesses casos, a norma poderia ser usada como guia. Soluções alternativas além das recomendadas neste guia podem ser aprovadas se forem melhores e mais seguras do que o sugerido na norma.
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Níveis de Preocupação (LOCs)
Os LOCs são níveis teóricos. Ou seja, eles não têm que ter equipamentos associados a eles. São apenas posições de nível líquido que são registradas na documentação dos operadores,
como em mesas de cintagem, nos displays ou procedimentos da sala de controle.
Alto Crítico
Por exemplo, vamos começar com o LOC mais alto. Este é o nível líquido no qual um transbordamento ou dano pode ocorrer e é chamado de Alto Crítico (CH). Veja a Figura 3 acima. Observe que não há nenhum equipamento relacionado à medição de tanques colocado neste nível.
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Associação Americana de Proteção contra Incêndios 30 líquidos inflamáveis e combustíveis
Muito Alto
Descendo para o próximo LOC temos o Muito Alto (HH). Este é o alarme de nível alto. É também o único alarme exigido pela API 2350. Atualmente, a maioria dos operadores usa um alarme Alto e Muito Alto. A API 2350 exige apenas um alarme. Um “alerta” pode ser usado em vez do alarme Alto, se desejar.
Dito isto, uma razão especíca para car com o método anterior de dois alarmes pode ser devido à falta de conabilidade dos sensores de alarme. Se eles não forem altamente conáveis, o segundo
sensor dará ao operador uma “segunda chance” ao continuar a alarmar, mesmo que um dos sensores tenha falhado.
Essa conabilidade aprimorada foi introduzida no negócio de tanques nas edições anteriores da
API 2350, bem como no Código de Incêndio da NFPA6 30, que usava o conceito de redundância de sistemas de sensores.
No entanto, usando os sensores altamente conáveis que estão no mercado hoje em dia, um único alarme de alta conabilidade pode ser melhor do que dois alarmes não conáveis e, portanto,
apenas um alarme é necessário e obrigatório. A decisão de aproveitar a exigência de um alarme deve ser baseada em muitos fatores, mas talvez, o mais importante, em um gerenciamento de mudanças formal para os sistemas contra transbordamento de tanques.
Nível Máximo de Trabalho (MW)
Descendo novamente, o nível MW pode ou não ter sensores de nível. Um alerta pode ser usado neste nível se o operador optar.
Nível do Sistema Automatizado de Proteção Contra Transbordo (AOPS)
Se um AOPS for aplicado, ele será denido em ou acima de HH. O nível em que o AOPS é denido é
chamado de nível AOPS.
Atualização e Gerenciamento de Mudanças (MOC)
De acordo com o OPP, os LOCs devem ser periodicamente revisados e atualizados. Um MOC deve ser usado sempre que ocorrerem alterações como as listadas em “Alguns Gatilhos de Gerenciamento de Mudanças (MOC)” (veja abaixo).
Alguns gatilhos de gerenciamento de mudanças (MOC)
Modicações do tanque que causam MOC
• Novo tanque
• Mudança nos selos do tanque de teto utuante
• Instalação de cúpulas geodésicas ou outros tipos de tetos xos (por exemplo, quando tanques com teto utuante externos recebem coberturas de retrot).
• Novo teto utuante interno ou externo
• Alterações na ventilação lateral
• Extensões do revestimento
• Novo fundo do tanque
• Adição de equipamentos auxiliares, como câmaras de espuma
• Recalibração ou nova cintagem do tanque
• Mudança do equipamento de medição de tanques
• Adição de um tubo de medidor com datum ou alteração na placa datum/strike
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Mudanças operacionais que causam MOC
• Mudança no produto
• Mudança nas linhas de entrada ou saída
• Mudança nas taxas de vazão,
• Mudança no serviço se impactar a integridade estrutural (corrosão, reparos temporários etc.)
• Mudança nas operações, como: tanque paralelo, sucção utuante ou alta, operação
de misturador contínuo
• Mudança no tempo de resposta resultante de trocas de pessoal, operação ou equipamentos
Atendimento
As instalações de tanques são agrupadas de acordo com se o pessoal designado está nas instalações continuamente durante toda a operação de recebimento (totalmente assistido), nas
instalações apenas durante o início e no nal do recebimento (semi-assistido) ou não presente
durante qualquer parte do recebimento (sem supervisão). O proprietário/operador do tanque
deve garantir que a operação da instalação seja consistente com essa denição para que a
categoria correta do tanque descrito em seguida possa ser atribuída a esses níveis de atendimento. A Tabela 1 (veja abaixo) - “Acompanhamento do Recebimento do Produto” - apresenta requisitos de atendimento para acompanhamento dos recebimentos.
Tabela 1: Monitoramento do recebimento do produto
Categorias vs Nível de Atendimento
Categoria 0
Deve ser atendido Deve ser atendido Se semi-assistido Se sem supervisão
Continuamente durante a primeira hora de recebimento
Instalações de
categoria 1
Continuamente durante a primeira hora de recebimento
Instalações de
categoria 2
Condições de emergência (mau funcionamento do equipamento ou falha de energia) podem exigir a operação como uma instalação de categoria 1 (ver 4.5.3.6)
Continuamente durante os primeiros 30 minutos de recebimento
Instalações de
categoria 3
Condições de emergência (mau funcionamento do equipamento ou falha de energia) podem exigir a operação como uma instalação de categoria 1 (ver 4.5.3.6)
Sem requisitos locais de monitoramento. Para instalações sem supervisão, monitoramento contínuo durante o recebimento pelo operador, transportador ou por computador.
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A cada hora durante o recebimento
Continuamente durante a última hora de recebimento
A cada hora durante o recebimento
Continuamente durante a última hora de recebimento
Por hora não aplicável Veja acima
Continuamente durante os últimos 30 minutos de recebimento
Veja acima
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